Não é fácil gostar-se muito do Bairro Alto e não se ter por familiar este rosto. Não me imagino a fazer Rua da Atalaia, a meio da tarde ou dum longo serão, sem me cruzar com o Rui. Há pessoas que se tornam personagens na nossa cabeça. Que mesmo sem as conhecermos, têm direito a imagens e argumentos no nosso imaginário. De tanto reparar nas pessoas, sinto-me capaz de escrever pequenos contos sobre gente que nunca se deve ter sequer dado conta da minha existência. E estou convencido que nesse meu imaginário de que vos falo, o Rui me apareceria com umas calças amarelas, de um amarelo vivo, a condizer com uma boina à Bob Marley e a cor do cabelo dumas turistas com quem o devo ter visto a conversar um dia
Mais que quaisquer créditos técnicos nas fotografias que aqui aparecem, acho que o meu mérito é conseguir que alguém com quem nunca tinha falado 30 segundos antes, consiga posar naturalmente e despreocupado q.b., com o que vai fazer um estranho que se lhe acabou de apresentar e o convida a participar no seu blogue. Parte dessa abordagem passa por fotografar a pessoa na posição, pose ou atitude com que mais confortável se sentir. O Rui, mesmo sem os tons jamaicanos com que aparece no meu imaginário, estava afinal igual a si próprio. Sem eu ter feito sequer qualquer sugestão entendeu que devia saltar. Saltou ao pé-coxinho, a pés juntos, brandiu a camisola e sei lá mais o quê. E eu, salvo talvez em uma fracção de segundo de estupefacção, não perdi tempo a pensar porquê. Posso não o ter apanhado com as cores vivas com que me habituei a vê-lo mas que o consegui apanhar igual a si próprio (…desculpem lá a presunção…), ai isso ninguém me tira. No fundo…“we're jamming”
Mais que quaisquer créditos técnicos nas fotografias que aqui aparecem, acho que o meu mérito é conseguir que alguém com quem nunca tinha falado 30 segundos antes, consiga posar naturalmente e despreocupado q.b., com o que vai fazer um estranho que se lhe acabou de apresentar e o convida a participar no seu blogue. Parte dessa abordagem passa por fotografar a pessoa na posição, pose ou atitude com que mais confortável se sentir. O Rui, mesmo sem os tons jamaicanos com que aparece no meu imaginário, estava afinal igual a si próprio. Sem eu ter feito sequer qualquer sugestão entendeu que devia saltar. Saltou ao pé-coxinho, a pés juntos, brandiu a camisola e sei lá mais o quê. E eu, salvo talvez em uma fracção de segundo de estupefacção, não perdi tempo a pensar porquê. Posso não o ter apanhado com as cores vivas com que me habituei a vê-lo mas que o consegui apanhar igual a si próprio (…desculpem lá a presunção…), ai isso ninguém me tira. No fundo…“we're jamming”
19 comentários:
Sem comentários.
Brilhante.
Aliás, como quase todos os posts a que me tenho vindo habituando a espreitar.
Adoro.
Agora vou ficar com a música na cabeça o resto da noite lol
Grande personagem, o Rui!
eu também gosto de observar as pessoas, tanto no próprio metro como na baixa/chiado, e imaginar a vida delas, quem são, o que fazem, fizeram e vão fazer.
Muito muito bom! Tens de vir a Londres um dia destes, acho que nalguns dias consegues tirar fotos para dois ou três meses! Abraço André B
Pensei e escrever "muito muito bom"...mas com o André já o fez não vou escrever nada.
:)
Um grande abraço.
Rui Quinta
não sabia que era rui... conheço-o como "maninho"... pensava eu que havia certas pessoas em lisboa que tornavam lisboa mais... lisboa. pessoas como o rui ou o senhor que diz adeus. fico com um sorriso na cara por perceber agora, graças ao teu blog, que somos todos nós... :)
espero cruzar-me contigo um dia destes e que me tires uma fotografia.
beijinhos e a sério muito obrigada por refrescares a ideia que tinha desta cidade que amo tanto.
Muito bom. Este Rui deve ser uma pessoa muito alegre e só de o ver assim já nos põe alegres... :-))
ehh.. o senhor que diz adeus tb merece um foto neste magnifico blog!
começa na avenida do restelo e vai para picoas. digo-lhe sempre adeus :)
pastel
Sempre muito bem...
:-)
OLÀ.
FOI HOJE A PRIMEIRA VEZ QUE ESTIVE A OLHAR O TEU BLOG. HÁ UMS MESES QUE ESTOU A LER BLOGS DE GENTE DE LISBOA. ADORO.E SEMPRE ESCREVO NELES QUE ADOREI OU QUE GOSTEI, E SEMPRE PENSO QUE NÃO VOU ATOPAR OUTRO MELHOR, MAS SEMPRE ACHO UM MELHOR QUE O ANTERIOR.
GOSTEI INFINITAMENTE,
(desculpas pelo meu portugues)
li o teu texto, cheguei ao fim e fui ate ao link da musica. tive de ler outra vez o texto e só agora é que percebi bem o que queres dizer :) ElGonga
Que sorriso lindo!
Adoro este blog :)
Catarina
Por esta altura é o Alfaiate que está a "jammar".
Aquele abraço,
M.
A foto tem movimento. Mais uma vez, genial.
Apetece dançar também!
O Rui! Cruzei-me uma vez com ele e tem ,decididamente, uma alegria contagiante.
Gracias por esta rememoração:)
Blogue curioso. Encheu-me as medidas. Fico por cá. :)
Captura genial...e adorei o texto. Tornas-te cada vez mais um poeta de imagens e cada vez menos um fotógrafo poético...
Acertas-te!! Assim mesmo é o Rui!! Genial!!
Mto bom trabalho!
Anan
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