quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nova Iorque e a normalidade

Nova Iorque

Tenho para mim que a forma como nos vestimos não é mais que uma forma particular de nos expressarmos. Uma forma de estar, de comportar e comunicar com os outros. E, seguramente, quanto mais amplo e diversificado for o meio em que nos encontrarmos, mais disponíveis e confortáveis nos deveremos sentir para fazer o que melhor entendermos ou, concretizando a premissa anterior, para vestirmos aquilo que mais nos apetecer. Numa cidade onde a malha urbana é de perder de vista, a população jovem, o ambiente diverso e ecléctico e a ambiência racial hiper-diversificada, o receio pela censura ou olhares críticos não parece ter expressão. Como me disse o português em casa de quem tive o prazer de passar o Domingo de Páscoa “sempre desejei sair à rua de pijama vestido e sentir que não houvesse quem se dignasse a tomar nota disso”. E nesse sentido damo-nos conta que aqui a liberdade de cada um não parece terminar na (hipotética) falta de tolerância do próximo. Damo-nos conta que o direito à indiferença parece ser a 1ª das emendas constitucionais que cada nova-iorquino traz na sua própria cabeça. E é precisamente isso que faz desta cidade uma das mais inspiradoras que já conheci. Porque aqui, o receio pela censura não passa duma formulação teórica que não parece ganhar forma nas ruas por onde passo. Porque aqui, o reconhecimento do exibicionismo dá lugar ao direito à indiferença. Porque é precisamente esse (aparente) detalhe que faz de Nova Iorque um apelo vivo à criatividade e à experimentação. Porque é isso que a torna tão inspiradora. É que andar por aqui parece ser, em si mesmo, um convite a fazer o que nunca se fez antes. Metermo-nos com quem segue à nossa frente, vestirmo-nos como nunca tivemos coragem de o fazer, comunicarmos com o próximo colando-lhe post-its no corpo ou o que quer que seja que nunca fizemos antes mas cuja vontade já experimentámos. Porque aqui tudo parece fazer sentido ou, para ser mais rigoroso, nada nos parece sugerir que ele mesmo – o sentido – não possa ser encontrado na mais inusitada das ocorrências. Aqui parece haver sentido para a imprensa local publicar artigos sobre onde devemos sair para conhecer gente nova, fazer amigos, dormir acompanhados, arranjar namoradas ou namorados, sair num date, num 1st, num 2nd, num 3rd, num outro que sirva para pôr fim aos três anteriores ou ainda um outro onde se decida se ficamos amigos, amantes, compadres ou enteados. Porque aquilo que poderia parecer absurdo noutra parte qualquer deste estado, país, continente ou planeta reúne boas chances de ser uma mera banalidade nesta ilha. E é esse entendimento tão lato da normalidade que faz com que cada uma desta pessoas tão (aparentemente) diferentes entre si possam conviver sem aparentes clivagens ou diferendos. E é essa concepção alargada daquilo que temos por normalidade que faz com que fotografar estranhos na rua seja um acto tão normal como outro qualquer. Porque tudo aqui parece encaixar na normalidade. Normal como a Sarah se plantar ao meu lado numa paragem de autocarro. Normal como pedir-lhe que me explicasse porque raio não paravam os números para ali designados. Normal como perguntar-me se eu era fotógrafo. Normal como responder-lhe:
- Não sou. Mas já que perguntas, porque não aproveitas as golas do casaco (cujo padrão bem poderia ser um dos que levo para o trabalho) para te protegeres do vento?
Normal como usar um retrato duma francesa que foi atrás do marido para ilustrar um texto sobre Nova Iorque. Normal como sugerir tirar uma fotografia a um estranho. Normal como limitar-me a ouvir (com a frequência que não ouvi em nenhuma outra cidade) aquela que eu sempre imaginei ser a mais espontânea e sincera de todas as respostas:
- (sim ou não, tanto faz) Obrigado. Obrigado pelo elogio.

terça-feira, 10 de maio de 2011

segunda-feira, 9 de maio de 2011

domingo, 8 de maio de 2011

sexta-feira, 6 de maio de 2011

quinta-feira, 5 de maio de 2011

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Sebastiano

Sebastiano

Ainda no outro dia aqui disse... “Dá-me gozo. Desço a avenida, subo o Carmo, viro à esquerda, sigo à direita e facilmente me cruzo com duas, três ou mais pessoas que já fotografei. Se sabe bem? Sabe pois…faz-me sentir (por mais estranho que o termo me soe) que tenho uma qualquer espécie de  “obra feita” em Lisboa.”. E a verdade é que – desde que não estejamos a falar de encontrar, a ritmo diário, o ex-marido da nossa namorada ou aquele professor que nos chumbou com 9,4 – gosto de coincidências. Ainda em Fevereiro passado em Paris, estava a almoçar numa esplanada quando dei de caras com uma doce recordação parisiense que conheci faz anos em Barcelona, com quem já estive em tantos outros sítios e a quem tive dificuldade de explicar que lhe pretendia fazer uma surpresa quando ela me perguntou que raio fazia eu a tomar uma refeição a 200 metros do trabalho dela sem lhe ter dado cavaco. Ou quando, nos tempos em que estive na Misericórdia e achava piada a uma voluntária que para lá andava comigo e tropeçámos um no outro, meio embaraçados, numa praia duma ilha grega. Com isto já dou de barato todos os lisboetas com quem me cruzo em Madrid ou os próprios madrilenos que fotografo e, horas depois os reencontro, já com uns copos em cima, no Eccola, no Liberata ou no Gabana. Mas como em tudo na vida tenho uma noção de limite. Mas ontem à tarde, enquanto comia uma das muitas fatias de pizza disponíveis no Noho, passou à minha frente o Sebastiano. Talvez não se lembrem dele aqui mas, quer-me parecer, lembrar-se-ão dele aqui. E quem sabe...daqui, dali (e algures daqui) ou de muitos outros sítios a onde aquela fotografia o levou. Cruzar-me em Milão com alguém que conheci da última vez que lá estive é uma algo concebível. Encontrá-lo meses depois em Nova Iorque é que não

domingo, 1 de maio de 2011

(amanhã) A Mercé é mãe

Mercé

[Agosto 2010, Maiorca]

Um calor abrasador, daquele que não se aguenta a mais de 10 metros do mar. Desço com o Gonçalo, lembro o David e o Afonso que deixo a máquina envolta na toalha e dou com a Mercé deitada de olhos fechados, pálpebras fixas no céu, corpo humedecido pela água salina que sobe e desce e mãos submersas na areia. Sussurro “Gonçalo” e indico com o olhar o corpo da Mercé, ali abandonado:
      Foda-se. – murmuramos em coro.
“porque não a fotografas?” pergunta-me. Tento explicar-lhe que a minha lata conhece limites e que, sugerir a uma a mulher semi-nua que se deixe fotografar para uma publicação onde se espera que a roupa seja o tema central, poderá fazer-me passar por uma pessoa (mesmo muito) doente. Ele vem-me com a retórica (que sabe ser-me tão querida) “mas o teu blogue não é apenas roupa” e começo mandá-lo dar uma volta quando principio, eu mesmo, a ceder à sua ideia – porque os melhores amigos são, precisamente, aqueles que têm a presunção e a legitimidade para nos lixarem o juízo até fazermos aquilo que eles entendem ser o melhor para nós – e a lembrar a mim próprio que são momentos como estes que mais pica me dão. Que foi por momentos como este que comecei este blogue. E a verdade é que, se convidar estranhos a tirar uma foto poderá soar estranho, passar a fazê-lo por sistema torna-o quase mundano. Ganha-se o hábito, aprimora-se o jeito e a coisa, mais acerto menos acerto, começa a dar ares de rotina. E como em tantas outras coisas na vida vou experimentando e testando para que, a minha existência – ao menos aqui – não caia também ela num hábito. E foi o que fiz. Aquilo que, precisamente, me apeteceu fazer sempre. Sair da rotina, ficar nervoso como fiquei como quando beijei pela primeira vez alguém com quem achei que poderia querer ficar (para sempre?), como quando me apresentei ao presidente do Comissão Executiva da minha entidade patronal para lhe dizer algo tão estúpido como “tenho um blogue”, como quando tomei para mim próprio que era a última vez que aquele anormal do 7ºC me incluía no lote dos putos mais novos aos quais distribuía caldos gratuitamente e lhe espetei dois murros na tromba à frente da turma inteira (e segui directo para casa com um olho negro e o nariz a sangrar) ou como em tantas outras vezes que fiz o quer que fosse que, feitas as contas, não tinha outro propósito maior que fazer-me sentir vivo. E quando decido comigo fazer cada uma dessas coisas que me fazem sentir que me transcendo... pareço sentir o corpo a fugir-me, tal qual a sensação daquela montanha russa que nos faz perder o pé, o estômago e tudo aquilo que temos por certo e agarrado ao corpo. E o mais curioso (ou talvez o mais óbvio) é pensar na precisa pessoa por quem gritei em cada uma dessas vezes em que entrei num parque de diversão para sentir a adrenalina no corpo:
– A minha mãe.
Foi por ela quem procurei todas as vezes em que senti medo, todas as vezes em que senti a minha frequência cardíaca obstruir-me a audição. É por ela que se procura, em criança, no momento em que se dirige a palavra ao amor pueril da sala do lado, quando, na adolescência, se engole em seco antes de se beijar a primeira miúda ou quando, mais tarde, nos estreamos a despir uma outra. A mesmíssima pessoa em quem pensamos noutro momento qualquer em que nos transcendemos, seja na nossa vida pessoal, profissional ou em qualquer outra, como aquela em que me cheguei perto da Mercé e lhe disse “Hola” enquanto fazia, mentalmente, a contagem decrescente para um momento, um outro, em que haveria de descer da toalha um gajo com 2 metros e muitas ganas de me partir a cara.

Não sei se este retrato será moda... se será a vossa moda. É seguramente a minha. Que a minha moda não é mais do que a minha própria concepção do belo, dos estímulos visuais, empíricos, emocionais ou até, estritamente psicológicos e sociais. E se dúvidas me restassem em como este momento era um momento especial, tirei-as quando, à despedida, a Mercé me diz (e só aí me dei conta):
– Mañana seré madre.
E aí perdi o receio. O receio de publicar esta imagem. Da última imagem que mo deveria causar. A imagem duma mulher que é moda. Não sei se a vossa mas, seguramente, a minha moda

(à minha mãe, à do Gonçalo, à Mercé, à mãe dela e a todas as mães destes putos duma ilha ali em frente. pois foi graças a estes miúdos que, numa noite de insónias – que ainda não me recompus das 5 horas de atraso que levo de Greenwich – arranjei inspiração para escrever um texto para ilustrar uma dada ilustração que ilustrei um dia numa praia em Illetas)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Benjamin the storyteller

Benjamin

Quando se faz um retrato destes fica-se com o coração preenchido. Com a sensação de que se quisesse passar 30 dias sem tirar uma foto o topo desta página ficaria bem entregue. Com a sensação de que por mais retratos que faça dificilmente voltarei a ser capaz de desenhar alguém assim. E por isso, antes mesmo de fotografar o Benjamin lhe disse “já te digo para o que é, deixa-me só tirar a foto que já te digo para o que é”. E por isso mesmo, quando ele me respondeu “não precisas de dizer” insisti:
– Mas eu quero dizer. [Quero que desejes (ser) esta foto. Quero que vejas aquilo que eu vejo e que, quando vires, te sintas feliz por isso. Porque é precisamente isso que eu mais quero, que cada uma das pessoas que fotografo se deseje tal qual a reproduzo. E é precisamente por isso ser que quero que me ignores e continues a fazer aquilo que estavas a fazer. Para que possas ver aquilo que eu vejo. Porque se algum dia vires aquilo que eu vejo agora serás, seguramente, um homem (ainda) mais feliz]

quinta-feira, 21 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

quinta-feira, 14 de abril de 2011

A Internet às vezes é uma coisa bonita

Recebo não sei quantos e-mails de marcas, de agências, deste, daquele, do outro e de um outro outro que já não consigo perceber quem é, quem representa, quem deixa de ser ou representar. Recebi este e-mail hoje. Acordei, não necessariamente bem disposto, a pensar no cliente que tenho que visitar esta manhã e na importância do que está em causa. Entrei na caixa de correio. Vi , li, guardei, respondi e apaguei. Antes de abrir um último e-mail decidi passar pelo spam a ver se encontrava algo que me subisse a moral.  Dou-me conta que já ninguém me escreve a prometer “enlarge your penis” mas continuo a ter gajos de toda a África a insistir que querem que partilhar comigo a sua herança astronómica, ingleses a disponibilizarem-me milhões de libras a um preço de amigos e umas miúdas que vivem do lado de lá da antiga cortina de ferro a dizer “eu sei que este e-mail vai soar estranho mas acho mesmo que fomos feitos um para o outro”. No meio deste admirável mundo novo de foda e dinheiro (muitos teóricos que conheci na noite me disseram que é desses dois temas que a vida dum homem é feita) parei neste e-mail. Como aquela história da gaja que se entra no Metro chega a casa e apanha o marido com outra ou o perde e continua a viver na ignorância. Eu podia ter cagado neste e-mail e a esta hora já estaria de banho tomado a fazer o nó da gravata enquanto bochechava o flúor da manhã e pensava na melhor forma de resolver o problema ao cliente. Enfim...acho a evocação ao Gandhi um tanto ou quanto too much (tenho uma concepção desse senhor grande de mais para sentir legítima qualquer tipo colagem à sua vida e à sua obra) mas vejam só a energia desta introdução. Num dia que for criativo duma merda qualquer (posso sonhar não posso?) hei-de ter uma campanha assim. Com uma música destas, com uma alma destas, com uma energia destas. Num dia em que trabalhe num sítio onde não precise de ter umas meias na gaveta para o caso de ser chamado à Direcção também vou querer fazer coisas assim. Já me esqueci que eles estão a falar de roupa, já me esqueci que me espera um dia lixado. Mas depois de ler isto é seguro. A reunião vai correr bem. E o resto do dia também. Ah...e com um bocado de sorte, os tais teóricos que conheci na noite não percebem um cú do que andam para aí a falar

Sempre que a minha avó não me vê os dentes diz-me "Zé...a beleza das vida está nas mais pequenas coisas". Vou enviar isto à minha irmã e dizer-lhe isso mesmo. Dizer-lhe que que "a beleza das vida está nas mais pequenas coisas". A Inês que me perdoe por merecia mais tempos no topo deste blogue. Mas deixar isto para depois já não me faz sentido. Inês, a tua avó nunca te falou nas "pequenas coisas da vida"? Sei que falou, sei que percebes

quarta-feira, 13 de abril de 2011

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jay - mesmo sítio, mesmo sorriso, ano e meio depois

Jay - mesmo sítio, ano e meio depois

Fora de merdas. Dá-me gozo. Desço a avenida, subo o Carmo, viro à esquerda, sigo à direita e facilmente me cruzo com duas, três ou mais pessoas que já fotografei. Se sabe bem? Sabe pois…faz-me sentir (por mais estranho que o termo me soe) que tenho uma qualquer espécie de  “obra feita” em Lisboa (boa ou má tanto faz, relembro que essa obra tem forma e corpo, que é afinal mais que uma simples página e que tem... mais importante que tudo... que tem vida). Recorda-me que consegui, em dois anos e, curiosamente, a trabalhar a 40km daqui, um apanhado de Lisboa, dos lisboetas, dos que por cá passam, visitam ou espreitam. Se levo alguém amigo ao lado comento baixinho “Estás a ver a aquele senhor ali? Aquela miúda acolá? É a 3ª pessoa com que nos cruzamos hoje que já fotografei”. Dá-me gozo. Penso para mim "$#€%-=@! (que parte de mim que guardo só para eu mesmo não sobrevive sem uma mão cheia de asneiras) esta brincadeira já foi bem mais longe que eu alguma vez teria pensado". E lá sigo contente com aquele sorriso de louco (de quem se ri sozinho por sua conta, risco e ridículo) causado, desta vez, não por uma qualquer demência que faria bem melhor em não a contar aqui mas, simplesmente, por sentir isso mesmo... que tenho a tal obra (boa ou má tanto faz, relembro que essa obra tem forma e corpo, que é afinal mais que uma simples página e que tem... mais importante que tudo... que tem vida). Mas vá… Lisboa deu nome a este blogue, é normal que de tanto a palmilhar me cruze com x ou y, que saque esta ou aquela foto e que vá coleccionando uns  transeuntes com sentido de estilo  e uma dose mínima de confiança num tipo com um ar aciganado que lhes sugere  (mais coisa menos coisa):
– Vai uma foto?

Mas sigo pensando…não faço mais do que aquilo que me propus

Mas toda esta pica tem um gosto especial quando percorro uma rua duma outra cidade, num outro pais, longe do estuário do Tejo, longe dos antigos apeadeiros da Brigada Fiscal, longe de Elvas e Vilar Formoso e vou na rua e dou por uns olhos fixos em mim, e um rosto, e um sorriso grande, daqueles rasgados (que nos confere um ar exótico , um traço oriental, tal é a pressão que exerce sobre os olhos), e oiço um “hola”, um “ciao”, um “salut” ou um “hi” de alguém que já fotografei antes. E foi mais ou menos isso que aconteceu com a Jay. Mas desta vez fui eu que me ri. Fui eu que disse, não “ciao” mas “olá”, porque me lembrava que falávamos (com doses diferente de pronomes e gerúndios) a mesma língua. Ri-me  e perguntei-lhe “não te lembras de mim?”. Também eu estava menos vestido que da última vez que nos havíamos cruzado. Também eu estava a olhar para ela com o tal sorriso (que nos confere um ar exótico , um traço oriental, tal é a pressão que exerce sobre os olhos). Também eu me lembrava daquele vestido esvoaçante. Também eu estava com vontade de repetir a foto. No mesmo sítio, ano e meio depois

quinta-feira, 7 de abril de 2011

segunda-feira, 4 de abril de 2011

quinta-feira, 31 de março de 2011

O lado mais descontraído da Terrugem

O lado mais descontraído da Terrugem

Às vezes perguntam-me “não estás farto de trabalhar na Terrugem?”. Encolho os ombros, solto o impropério da praxe e lá respondo que gosto da terra (do “boa noite” instintivo que troco com quem me cruzo na rua depois de o sol se esconder, da boné que salta da cabeça daqueles velhotes que acenam “como vai Sr. Zé?”) mas que, para quem tem 30 anos e a vida por sua conta, “não é o sítio mais excitante para passar os dias”. Quando comecei o Alfaiate achei que trabalhar nesta simpática localidade podia inviabilizar um blogue dedicado a Lisboa. Até à data tenho mostrado a mim mesmo que estava enganado; só não sei por quanto mais tempo…

Quando olhei para a Rute e para a sua presença tão light naquele baldio imenso lembrei-me daquelas produções da Lacoste (onde os  modelos aparecem suspensos no ar) e pensei “era lindo um salto”. Guardei para mim o pensamento mas ela deve-mo ter lido nos olhos pois perguntou-me entusiasmada:
- Quer que eu salte?
Não sei é o retrato mais fiel da terra onde trabalho mas é seguramente o mais descontraído e fresco que lhe conheço. A Rute agradeceu, pode ser que a Terrugem também

quarta-feira, 30 de março de 2011

Costanza




(esta sequência estava esquecida – tenho até vergonha de o dizer – desde aquela tarde sombria de Dezembro em que foi tirada)

terça-feira, 29 de março de 2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sim são brancas, e depois?

Sim são brancas, e depois?

[momentos antes de me apaixonar pela (colecção da) Teresa Martins]

sexta-feira, 25 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

terça-feira, 22 de março de 2011

Salero

Salero

(e para além de salero a Sami tem também um blog... enquanto se veste)

domingo, 20 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

quinta-feira, 17 de março de 2011

quarta-feira, 16 de março de 2011

O capote parisiense

O capote parisiense

(confeccionado ali para os lados de Elvas quem sabe...)

sábado, 12 de março de 2011