quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Géraldine & Irina (Rue Bonaparte)

Géraldine & Irina (Rue Bonaparte)


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domingo, 27 de novembro de 2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Adoro esta miúda

Sara

Porquê? Sei lá porquê. Foi o Gonçalo quem reparou nela primeiro. “Olha Zé” disse-me ali na Manzoni. Estivemos à conversa e percebemos logo que algo de engraçado havia com ela. São pequenas merdinhas pelas quais se dão conta. Pequenas coisas que importam. Podemos dividir as pessoas de mil e uma formas. Pela altura, largura, tom de pele, tamanho do pé, do peito ou do peito do pé. Podemos dividi-las pelo coração, pelo humor, pela propensão para a parvoíce ou pela sua inclinação para a estupidez. Mas podemos dividi-las também pelas perguntas que fazem. Eu costumo dividi-las entre as que perguntam por aquilo que conseguimos e aquilo que gostamos. Divido-as entre as que me perguntam de onde venho e quem sou. Divido-as entre as que me perguntam o que consegui com este blogue e as que querem saber o que sinto por ele. E a Sara, num date, ou numa festa qualquer... imagino-a a perguntar-me, não pelo meu lugar na hierarquia do banco onde trabalhava, mas pelo meu filme preferido. Não pelos meus conhecimentos junto deste ou daquele mas pelos meus maiores disparates de infância.
Se calhar é disso mesmo que sinto falta. Sinto falta que me perguntem pelo filme preferido. Sinto que as pessoas já não querem saber qual é o filme preferido. Mas sinto que, se houvesse contexto para isso, teria sido por ele – pelo meu filme preferido – que a Sara haveria de ter perguntado.

Hoje estou-me bem a cagar para o que quer que a Sara traz vestido. Não estou sequer a prestar atenção ao facto da Sara – nos últimos dois anos – dedicar uma tarde por semana a aulas “de corte e costura”. De se considerar filósofa mas ter como objectivo ser artesã e confeccionar tudo o que veste. E de me dizer “não percebo, vivo na cidade da moda e todos me parecem tão parecidos com os outros”. Mas neste momento nada disso me interessa. Se querem ver o que tinha ela vestido terão que vir aqui. Porque deste lado tudo o que me interessa é a certeza que, se houvesse contexto para isso, ela ter-me-ia perguntado – não pelas mil merdas que me andam a perguntar há anos – mas por aquilo que já ninguém pergunta. Pelo meu filme preferido

Sara (2)



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terça-feira, 22 de novembro de 2011

A pinta deste senhor

A pinta deste senhor

Lembro-me que já há mais de dois anos a minha mãe, depois de ter passado uma vista de olhos pelo blogue, disse:
Faltam-te mulheres.
Talvez faltassem. Mas deixaram de faltar e o excesso e o defeito acabaram por trocar de lugar algures. Mas a verdade é que nada me dá mais gozo que fotografar um homem bem vestido. Assim como este. Um homem em quem, 90% das pessoas que me lêem neste preciso momento, não teriam sequer reparado. Que para mim este gajo (que a minha paixão por vocabulário vulgar atesta apenas – importa lembrar – a minha própria vulgaridade e não a daqueles a quem faço referência) tem uma pinta do caraças. Tem também um par de sapatos a sugerir uma encantadora banalidade e um clássico da Burberry por "quem" nem sequer se dá conta mas é precisamente por isso que este italiano – a quem 30 segundos depois de ter fotografado já havia esquecido o nome (essa porção de tempo que representa o triângulo das Bermudas da minha memória pois que uma vez de ultrapassada haveria de fixá-lo para perto de todo o sempre) – tem uma pinta do caraças. Desconfio que muitos de vós não farão caso mas é precisamente o que este senhor tem. Uma pinta do caralho

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Alma & Niels - Erasmus flavour

Alma & Niels

Senti que me podia sentar. Sentei-me convencido que já devo adivinhar as palavras certas, no tom certo à hora certa. À espertalhão portanto. Mas tive sorte. E lá devo ter acertado no tom certo, no momento certo para me sentar na mesa do casal certo quando lhes perguntei com um sorriso (quem sabe...com o número de dentes certo a descoberto):
– So... where do you come from?
Fiquei a saber que o Niels vivia em Roterdão onde o quarto ao seu lado estava vago até lá aparecer uma francesa – a Alma – que entre o que o que viu do quarto e de quem lhe calhava ao lado decidiu ficar por lá enquanto cumpria o seu Erasmus. Não lhes perguntei quanto tempo foi preciso para se dar o 1º ou o 2º click ou passarem a ter dois quartos e duas camas mas encontro-os, tempos depois, no final de uma semana em Lisboa onde Paris e Lovaina se juntam para celebrar o que quer que se tenha descoberto meses antes em Roterdão. E lá fui eu contente para casa que, para além duma foto, tinha meia dúzia de linhas para partilhar aqui convosco. Porque lá por não negar que abordei estes dois e tantos outros porque simplesmente lhes gabei uma estética – muito ou pouco particular pouco interessa, uma estética da qual gostei – não significa que não tenha gozo suplementar em destinar nomes às caras que gosto de ver como (bem) mais que cabides da roupa responsável porque os tenha fotografado um dia. Porque é mesmo assim. Não fosse assim e eu provavelmente não estaria, neste preciso momento, a escrever-vos de Milão, da casa de uma amiga que aqui fiz porque, precisamente, partilhei um dia com ela e uns amigos uma mesa e, depois de uns quantos copos disse – já não sei em que língua – “vai uma foto?”

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Time-out (Soho, Tiziana & Justin)

Time-out (Soho, Tiziana & Justin)


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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Oh Ayres!

Ayres

Depois de Madrid, Londres, Nova Iorque e uma passagem pela China já era tempo de estares por cá. Sim, por cá. A ver eléctricos passar? Não. A fazer o que melhor sabes... isto claro

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Fotografar ou não fotografar

Fotografar ou não fotografar

Eu fotografo pessoas nas quais reparo. Pessoas que me roubam a atenção. Mas isso não significa que as fotografe a todas. Ora porque estou a falar com alguém a quem não posso dizer “dê-me dois minutos por favor, vou só ali fotografar aquele senhor” ora porque em quem eu reparo vai longe, a entrar no carro carregado de compras, miúdos ou preocupações. E, essencialmente, gosto de fotografar pessoas que estão sozinhas. Porque já vi pessoas ficarem envergonhadas com a presença dos próprios amigos, familiares ou namorados. Porque já vi pessoas mais embaraçadas com os seus pares que comigo mesmo. E há uma situação particular que me constrange sempre um pouco – a de sugerir uma fotografia a uma mulher que esteja na companhia de um homem. Não consigo deixar de sentir um travo de deselegância. Não me consigo deixar de me sentir algo indelicado. Mas já o fiz. Em momentos como este em que vi um homem descontraído de mais para se melindrar com um miúdo a fotografar-lhe a mulher. Ou neste dia em que, pura e simplesmente, eu tinha que tirar esta foto (“não és homem não és nada Zé não és homem não és nada”) e jamais me perdoaria se não o tivesse feito. Ou nos precisos momentos em que disse aos 2 ou 3 amigos que rodeavam a Ilaria e a Desiré que as levava por alguns minutos. Porque o que todos estes momentos têm em comum não diz respeito ao que se vê em cada uma das fotografias mas à angústia que eu sentiria se não as tivesse tirado. Porque o que eu não me poderia permitir era deixar de fotografar a Ana. Tanto melhor que o amigo sorriu. Tanto melhor que ele gostou. Mas confesso-vos, isso para mim é apenas um detalhe. Certo é que... jamais me perdoaria não tivesse feito este retrato do Porto com travo funchalense


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terça-feira, 8 de novembro de 2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Gala Gonzalez

Gala Gonzalez

A Gala é da Corunha e vive em Londres mas foi em Madrid que a encontrei. Ou melhor, foi em Madrid que – por entre os espaços entre os carros - reparei nas meias da rapariga que seguia pelo outro lado da rua. E a dada altura, a rapariga das meias (que entretanto havia passado para o meu lado da rua) disse-me:
- Yo también tengo un blog
E aí voltei a perguntar “como disseste mesmo que te chamavas”? E já a rir-me da coincidência lhe disse “eu conheço o teu blogue”. Que blogue? Este blogue


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