Acho que o meu Pai esteve mais presente na minha infância do que a maioria dos pais consegue estar. Ainda hoje…comigo quase a roçar os 30, continua a ser a pessoa com quem mais horas passeei de mão dada, com quem mais vezes fui ao cinema e, provavelmente, com quem mais tempo fiquei parado a olhar para uma montra da Lacoste. Cresci a ver o meu Pai usar e abusar daquele Crocodilo e ainda me lembro do dia em que ali mesmo na Baixa, em plena Rua de São Nicolau, fomos comprar o meu 1º Pólo.
“You never really own a Patek Phillippe, you merely take care of it for the next generation.” Este é provavelmente o mais bonito slogan publicitário que conheço. Verdade que aquilo que poderá valer para um relógio de luxo dificilmente se aplicará a uma peça de roupa. Mas no meu grupo de amigos, não sou o único a ter tido o privilégio de usar um Pólo Lacoste que tivesse pertencido um dia, a seu pai ou sua mãe; e não sou capaz de me lembrar doutra peça de algodão, que vá a lavar 20 vezes por cada Verão e consiga aguentar o mesmo ritmo por mais 30 anos. Mas vou mais longe, um pouco mais longe… Desde a minha adolescência que perdi a fixação pelas marcas e, acima de tudo, pela exibição dos seus elementos mais distintivos. Mas houve um desses elementos que resistiu sempre à minha maturação – o Crocodilo. Nunca contei isto a ninguém mas tenho umas calças de pinças em bombazina com o Crocodilo bordado abaixo do cós, e quando as uso certifico-me sempre, tantas quantas as vezes que passar junto a um espelho, que o pull-over que tenho vestido não oculta o meu querido Crocodilo. Não o faço por qualquer estatuto… (aliás quanto a presumíveis estatutos…o dito Crocodilo tanto pode ser visto numa esplanada de Saint-Tropez, como na mais problemática periferia de Paris); faço-o por um certo je ne sais quoi que não encontro em mim sem ele (não é este o core business do Marketing? conceber produtos munidos de atributos, acerca dos quais, o consumidor se sinta simultaneamente, desprovido e identificado?). Por algum motivo a Lacoste é a marca mais contrafaccionada em todo o mundo. Por algum motivo usei aquelas calças no primeiro jantar do meu namoro.
Ainda me lembro da satisfação de carregar o saco – “não Pai, eu levo!” – com o dito Pólo branco, já a imaginar a parelha do dia seguinte. Só agora começo a ter idade suficiente para perceber que os primeiros anos de vida são mais importantes que quaisquer outros. E só agora, já com um início visível de falta de cabelo e parte do que dele resta em tons esbranquiçados, retorno aos tempos em que a figura paterna é o nosso herói e percebo que, quer queiramos quer não, para o bem e para o mal, aquela história da socialização primária (mais redefinição de conceito, menos redefinição de conceito) é mesmo assim – marca-nos para sempre. Ainda no outro dia um amigo me dizia que uma das coisas que o teria induzido a seguir Artes tinha sido o impressionante jeito da mãe para desenhar. Não lho disse mas reparei, que nunca o tinha ouvido falar do seu legado materno com tanto orgulho. Eu e o Rui temos a mesma idade, estudámos no mesmo liceu e disputámos juntos a mesma atenção da mesma professora mais gira (do mesmo liceu)…não me intriga também que agora olhemos por cima do ombro de forma idêntica. Por tudo isto e algo mais não é de admirar que, muito antes de um filho meu vestir aquele Pólo encarnado que ali vêem em cima, sua mãe, em plena gravidez, me faça o favor de vestir um daqueles lindos vestidos piquet, quase tão intemporais quanto o famoso Pólo 1212. Fetiche? Talvez. Legado paterno? Sem dúvida. Crédito do Marketing? Não bolas…é Lacoste
“You never really own a Patek Phillippe, you merely take care of it for the next generation.” Este é provavelmente o mais bonito slogan publicitário que conheço. Verdade que aquilo que poderá valer para um relógio de luxo dificilmente se aplicará a uma peça de roupa. Mas no meu grupo de amigos, não sou o único a ter tido o privilégio de usar um Pólo Lacoste que tivesse pertencido um dia, a seu pai ou sua mãe; e não sou capaz de me lembrar doutra peça de algodão, que vá a lavar 20 vezes por cada Verão e consiga aguentar o mesmo ritmo por mais 30 anos. Mas vou mais longe, um pouco mais longe… Desde a minha adolescência que perdi a fixação pelas marcas e, acima de tudo, pela exibição dos seus elementos mais distintivos. Mas houve um desses elementos que resistiu sempre à minha maturação – o Crocodilo. Nunca contei isto a ninguém mas tenho umas calças de pinças em bombazina com o Crocodilo bordado abaixo do cós, e quando as uso certifico-me sempre, tantas quantas as vezes que passar junto a um espelho, que o pull-over que tenho vestido não oculta o meu querido Crocodilo. Não o faço por qualquer estatuto… (aliás quanto a presumíveis estatutos…o dito Crocodilo tanto pode ser visto numa esplanada de Saint-Tropez, como na mais problemática periferia de Paris); faço-o por um certo je ne sais quoi que não encontro em mim sem ele (não é este o core business do Marketing? conceber produtos munidos de atributos, acerca dos quais, o consumidor se sinta simultaneamente, desprovido e identificado?). Por algum motivo a Lacoste é a marca mais contrafaccionada em todo o mundo. Por algum motivo usei aquelas calças no primeiro jantar do meu namoro.
Ainda me lembro da satisfação de carregar o saco – “não Pai, eu levo!” – com o dito Pólo branco, já a imaginar a parelha do dia seguinte. Só agora começo a ter idade suficiente para perceber que os primeiros anos de vida são mais importantes que quaisquer outros. E só agora, já com um início visível de falta de cabelo e parte do que dele resta em tons esbranquiçados, retorno aos tempos em que a figura paterna é o nosso herói e percebo que, quer queiramos quer não, para o bem e para o mal, aquela história da socialização primária (mais redefinição de conceito, menos redefinição de conceito) é mesmo assim – marca-nos para sempre. Ainda no outro dia um amigo me dizia que uma das coisas que o teria induzido a seguir Artes tinha sido o impressionante jeito da mãe para desenhar. Não lho disse mas reparei, que nunca o tinha ouvido falar do seu legado materno com tanto orgulho. Eu e o Rui temos a mesma idade, estudámos no mesmo liceu e disputámos juntos a mesma atenção da mesma professora mais gira (do mesmo liceu)…não me intriga também que agora olhemos por cima do ombro de forma idêntica. Por tudo isto e algo mais não é de admirar que, muito antes de um filho meu vestir aquele Pólo encarnado que ali vêem em cima, sua mãe, em plena gravidez, me faça o favor de vestir um daqueles lindos vestidos piquet, quase tão intemporais quanto o famoso Pólo 1212. Fetiche? Talvez. Legado paterno? Sem dúvida. Crédito do Marketing? Não bolas…é Lacoste
70 comentários:
Há neste texto tanta sinceridade quanto beleza. De repente, um blogue de "street fashion style raizen snaite[private joke]" passa a ser (não o foi sempre?) um blogue, na sua verdadeira acepção: uma criação de autor, pessoal e transmissível em palavras e imagens.
O Zé, que é um dos meus amigos, chegou neste post a um momento especial. Ele sabe que eu nunca vim aqui ver "modas". Dizem que tenho mau gosto. Vim aqui à procura dele, do Zé. Isso sim.
E hoje encontrei-o. Muito para além dos pólos Lacoste.
Abraço.
Hei Ze, acho que tenho teu la coste azul em casa... agora me lembrei que o meu primo me passou para te dar. Grand post, alta foto! Abraço...
eu tinha umas meias com o crocodilo bordado! também fazia questão que fossem vistas! ahahah
Acho que já aqui falei da minha Lacoste de gola alta amarela, que a minha mãe me comprou no primeiro pronto a vestir cá da terra, o alentejaníssimo " Casa dos Compadres", tinha eu para aí 12 ou 13 anitos e que me durou até os meus filhos serem grandes. E nos polos Lacoste, Ralph Lauren, Fred Perry que o meu filho herdou do meu pai( que já morreu há 11 anos) e que ainda usa? Talvez o filho dele, que nasceu na semana passada e se chama Lucas, os venha a vestir também. Mas este post não é propriamente sobre roupa que dura muito e não passa de moda, pois não? É mais sobre o que ainda dura mais e nunca, nunca, passa de moda: os afectos, o amor incondicional, a admiração, a ternura que nos une para sempre aos nosssos pais, aos nossos avós, que queremos transmitir os nossos netos. Já ´dizia o Principezinho"...criar laços". É o melhor da vida, não é?Acho que estou viciada neste blog, desculpe lá Alfaiate. Isabel I
São daquels pequenos detalhes passados entre gerações e que moldam com suavidade os nossos feitios e maneiras de ser...
Ainda tenho no meu armário o primeiro pólo branco Lacoste herdado da mãe...
:)
**
sem dúvida, o meu preferido até agora. a foto é boa, o texto é tremendo. quem, desde cedo, frequentou a tua casa não pode deixar de sentir alguma ternura. dois abraços: um para ti, outro para o teu pai.
Andava indeciso entre comprar um pólo da Fred Perry ou da Lacoste. Este post resolveu a questão. Não só pela qualidade do dito mas também porque me faz lembrar muito o meu pai e os seus pólos da Lacoste que lhe ficam a matar.
Excelente post.
Mais um grande, grande texto. E o slogan é efectivamente, o melhor slogan publicitário de sempre. Verdadeira poesia.
Já quanto ao pólo, vendi-me ao Fred Perry.
Abracao
Do que te lembras, filho!Obrigado!E para completar a saga das Lacoste, a minha primeira (verde) foi «comprada» no mato, em Cabinda, a troco de uma garrafa de uísque, Monk's (se calhar não se escreve assim!)e cada vez que podia ir à cidade, a levava, por baixo do camuflado, com umas LaFinesse à boca de sino o que, completado com as botas da tropa (o camuflado ficava por baixo do banco do jipe), me fazia sentir um jovem «normal» à hora de saída das meninas do Liceu!!!Bjs
Fantástico!
Achei a foto incrível e depois comecei a o texto que a acompanha. No final, pensei: "aqui está, um caso em que as palavras se sobrepõem à imagem". Voltei acima, para rever a foto e afinal já não estou tão certa disso. Mais um grande post!
Beijinhos grandes
Tenho uns pares de ténis dessa marca, tanto quanto sei, também o teu pai. Classe. Viva ao teu pai. E viva ao meu também.
eu tenho um polo lacoste, oferecido por uma amiga de familia. nunca o usei! vejo o crocodilo bordado com bons olhos,mas não sei se uso aquele por ser verde(diria forescente) se por fazer questão que ele continue assim, por usar...
gostei, para não variar, deste post, mais do texto do que propriamente a foto...gostei da sinceridade e do sentimento que o leitor sente ao ler. e das recordações que me trouxeste!
Parabéns Zé!
De todos este é o meu Post favorito.
Abraço
F
*florescente
Por ser um erro muito comum permita-me que a corrija, Paula Maria. Florescente, de flor, o que floresce, que está em flor, que prospera. O seu polo verde deve ser, portanto, fluorescente, que emite luz, que tem fluorescência.A lingua portuguesa é muito traiçoeira mas é bonita. Isabel I
sempre gostei de vestir peças que foram da minha mãe. tenho algumas dos anos 60/70 que visto e ninguém entende muito bem. gosto ainda mais do legado paterno e do que ele me deu.a foto está óptima e podes mostrá-la aos teus rebentos quando lhes passares os teus pólos com o crocodilo.
o txt valeu todos os minutos que passaste a por as vírgulas no lugar ;)
Que texto mágico. Que foto deliciosa. Que magia de andar no tempo a fazer de conta de que ele não existe.
Poetry num comboio a viajar por mil paragens.
Descendo a Avendida
Fui ligar ao meu pai.
Um abraço para ti e para o Sr. Zé Maria
Sérgio
Legado de pai... é o Legado.
Bom trabalho ;)
Beijos
AC
É impressionante como uma foto pode ganhar vida!! :)
O texto esta mesmo bonito!!
Fez me ter pena de nunca ter herdado nada da minha mãe nem do meu pai!!
*
Nem sei bem o que escrever...vou pensar e já volto!
Rui
já pensaste Rui?
Penso que o polo só serviu de pretexto, ainda que numa boa prosa, para uma demonstração do carinho e admiração sentidos pela figura paterna. Só pode ser um bom pai e só um bom filho o reconhece publicamente. Parabéns aambos
Zé,
Achei este Post tão "delicioso", que não consigo lê-lo novamente sem deixar um novo comentário.
Ainda ontem vesti um polo verde, de mangas compridas, da "Ralph Laurent", que os meus pais me compraram quando andava eu no 8.º ano. Tempos do CVG. O calendário marcava o ano de 1993.
Ao fim de 15 anos e ainda visto esse polo. Está "coçado" nos punhos, é largo, e a Teresa detesta ver-me com ele. Mas eu gosto, e sinto-o como uma segunda pele.
Mas o que me leva a gostar mesmo mesmo deste Post é o teu tributo e a tua capacidade demonstrares o teu carinho para com o teu Pai. Algo que infelizmente a mim me custa fazer, talvez por uma questão de educação...
Porém, também o meu pai já me falou de um polo ("aquele polo") da Lacoste que teve quando tinha os seus 20, 30 anos e sobreviveu a inúmeras lavagens e horas de uso.
Abraço
F
Muito bom este blogue em todo o seu conjunto,fotos, texto e apresentação.
Um verdadeira lufada de boa disposição.
O flagrante de hoje, particularmente interessante.
Parabéns!
Teresa
Posso adiantar que não são as figuras insólitas e tão interessantes que aqui publicas que me fazem sempre voltar. Também não é a moda pela moda. É aquela sinceridade tão especial que muitos dos teus textos têm e o facto de usares a moda como um pretexto (muito bem conseguido) para nos presenteares com temas bem mais humanistas. Gostei deste mais que qualquer outro e segui o conselho de alguém que achou que seria simpático dizer-to.
Ainda estou arrepiado! Quando via a foto pensei: "mais uma oportunidade para falar de uma criação de um ex jogador de ténis"... Mas quando comecei a ler o texto... fiquei sem palavras! É raro encontrar alguém capaz de dizer o que está aqui dito.
Abraço
é engraçado que o meu pai tinha um amarelo clarinho quando tinha uns 20 anos.. que deixou de lhe caber e passou a ser usado pela minha mãe, e a uns 3 anos atrás foi encontrado num saco de roupas antigas passando a ser usado pelo meu namorado, uma vez que se encontrava em perfeito bom estado.. e lhe assentava tão bem como uma luva. Um lacoste tem destas coisas, (veremos se ainda ficará para os filhos!). Excelente texto como sempre! :)
A fotografia está bonita e gosto especialmente do detalhe do foco apontado apenas para o teu pai. Vejo-a também como uma ilustração de um texto, ele sim o protagonista deste post, que marca todos os fãs do site por abordar com muita beleza e humildade um tema bem real que nos toca a todos, as influências dos pais sobre os filhos e os legados que perduram entre gerações. Abraços André B
Belo texto!
Estou a ler o último livro de Mia Couto, "Jesusalém", e há um pedacinho que me parece vir a calhar:
"... a escrita era uma ponte entre tempos passados e futuros...".
Mais do que o elogio da Lacoste, há aqui todo um mundo que se revela, cheio de cumplicidades e afectos. Os tais afectos que são sempre o nosso porto de abrigo mais seguro.
Penso no teu pai e no dia em que, também eu, me senti uma pessoa
(professora) melhor quando me vi reflectida nos teus olhos.
Parabéns pelos textos e pelo blog.
Júlia
Parabéns pelo post. Delicioso...
IB
Adeus Miúdo,olá Homem!
Quem diria que anos de «carolos»_físicos e psic_ resultariam em Ode ao Pai?!
Milagre Lacoste!!!
Que escreves bembonitojá todos notamos;que és tudo menos diletante,também;que mora em ti um sociólogo ,que cresce acada novo post,também;mas um Homem que rende homenagem pública ao seu Pai é surpreendente!Exibir,assim,o seu superego é corajoso...(quiçá despudorado!);mas emocionante,para o alvo visado e...afins.
Parabéns Zés!
Vivam os Carolos+Lacoste
Bêjos daqui e daLisa
Nunca desejei um polo Lacoste, apesar de achar uma marca com grande classe, mas desde à uns tempos para cá que me senti fascinada e já tenho um salmão. Para além dos polos ando fascinada com toda a colecção. btw, a foto está fantástica e gosto do teu sense of style.
Quem um dia disse "Quem nasceu para lagartixa nunca chega a Jacaré", neste caso, estava muito enganado.
Primeiro, porque este blog (tal como uma sócia que um dia vagueava na minha rua) "evoluiu bué!".
Segundo, porque, tirando a boquinha que estás a fazer, já estás ao nível do teu pai, podendo com autoridade usar um polo Lacoste.
Caro amigo, este post está ao nível de "uma cueca e de uma cabra" que se dava num jogo de liceu, mesmo sem se ganhar algum ressalto, vindo sabe-se lá de onde. Havia pessoal que, perante tamanho feito (fazer uma cueca e uma cabra), abandonavam o terreno de jogo. Felizmente para nós, tu vais continuar a dar baile, juntando argumentos e ganhando moral para que, no dia em que fizeres um post mais fracote, tenhas estatuto para dizer "eu sei que enterrei uma beca", sem que ninguém se zangue com isso.
um grande abraço
Belo texto!
Belo sentimento entre pai e filho.
Belo blogue
Vou voltar mais vezes
Gostei de te ler.
A genialidade da foto ultrapassa-me…
;)
Eu e a minnha mulher compramos religiosamente o Expresso ou o Sol. E gostamos mas nem sempre lemos crónicas como esta.
Belo post, belas palavras, very nice brand experience :)
Há coisas fenomenais neste blog... até se fala das modas no CVG, essa grande intituição ( que eu tive a sorte de pertencer) que aos finalistas dava o prazer de recriarem de acordo com um determinado tema uma passagem de modelos, no final do ano... Agora, Zé, não esperava ver aqui o meu Prof. de História, e bem sei que o meu 10ºano tem alguma cota parte naqueles cabelos brancos... Um abraço Prof. Cabral!
Olá João, espero que o matrimónio e a «reforma» agro-pecuária» te estejam de feição! Talvez tenhas razão, ainda apanhei «restos» do teu 10º nas Novas Oportunidades no meu último período da carreira (finda em 30 de Dezembro de 2008), agora já adultos e com família constituída! Um grande abraço, ZéMaria.
Tá tudo a ir de feição... Obrigado, pelo o que o Zé me diz por ai também tudo anda bem!
Lembrei-me agora de uma coisa Zé, lembras te de um POLO LACOSTE russo que doia que o Pedro Morgado, fazia questão de envergar, com o orgulho de dizer que tinha sido do Pai?
Post/fotografia excepcionais.
Um grande elogio a um pai e uma demonstração de verdadeiro bom gosto a todos os niveis. Parabéns.
É uma marca que aprecio, se bem que a roupa feminina nao é grande coisinha. ;)
Mas é uma bonita história de amor paternal.
E depois de ler este post, fui às Amoreiras e comprei um pólo Lacoste...em verde Lacoste. E acho que não vou ficar por aqui.
Olá alfaiate lisboeta,
antes de mais, muitos parabéns pelo post,gostei muito.
Gosto muito da forma como escreves e como expressas tudo o que vês e sentes, com palavras sinceras e humildes.
Quero felicitar-te, pois és uma pessoa cheia de sorte ao ter uma relação tão próxima com o teu pai.
Sinceros cumprimentos
Abraço.
TFarias
Tive de reformular o comentário :$:D
:)
Vou enviar este post a todos os meus amigos que já passaram as suas Lacostes aos filhos. E um deles passou também o Patek que tinham recebido do pai como presente de licenciatura ao filho que se formou há dois anos.
It's all about love...
Ainda ontem fui buscar ao armário um vestido Lacoste que era da minha mãe. Adoro-o. É mesmo intemporal.
No fundo todos nós lhes gostavamos de dizer tudo a toda a hora antes que nos olhem para baixo com tudo por dizer.
Ainda não te consigo dar o meu mais querido comment neste comentário....apesar de tudo. já estive mais longe.
Esse claim está de facto muito bem conseguido... mas traz-me más recordações! Um 6 a semiologia é algo que dificilmente se esquece ;D
Mas o texto está qualquer coisa. Gostei muito.
Também adoro esse slogan da Patekk P. Há muitpos anos veio com uma fotografia absolutamente fantástica de um rapaz a quem faziam a gravata. Será que ainda se encontra? A expressão daquela foto!
*Patek. Vou à procura da foto.
Dos polos do Zé Mª acho que ninguém se esquece... O que agora descubro é que me encanta, Zé G.
Um beijo grande aos dois Zés (e às 2 Marias girézimas também, pois claro :)!
A foto da "aninhas" (que para mim sempre foi a penny) permitiu-me reencontrar uma antiga amiga de uma amiga, e dar-lhe a novidade que está patente na foto e que ela ainda não sabia. Ver a foto da amiga deixou a minha amiga tão feliz...
Em relação aos pólos da Lacoste, sempre foi inerente ao meu pai e é agora inerente ao meu irmão e ao meu namorado. E transmitem-me sempre uma sensação de lucidez, calma e bom senso.
E adorei o blogue, que além de fotografar pessoas, capta-as.
Parabéns.
(magnífica a foto do senhor de Santarém e a subjectivação inerente)
hehe vim até aqui como defensor do Marketing! Como bem foi referido o Marketing neste caso não tem grande importância, a essência da cumplicidade com o crocodilo deve-se simplesmente à evolução natural da vida e a uma pertença com o passado feliz. Parabéns pelo texto!
Abraço
Fábio
Adorei este post!! E até fiquei comovida…pelo amor ao seu pai…
É patético (bem sei!) mas eu nem sabia que era possível aos trinta anos, o pai ser a pessoa com quem mais horas se passeou mão dada…
Um abraço e parabéns! (parabéns tbm ao pai!)
cristina.m.neves@gmail.com
Epá muito muito bom. Pulvilhado com o comentário/inicio de história que adorava ler do teu pai...
Invejo e digo:
*Brilhante* (e quase saía um palavrão).
Abraço.
Parabéns pelo BLOG, principalmente ao originador o famoso “alfaiate Lisboeta” eu não conheço pessoalmente, mas é filho de um grande homem e por isso também o deve ser. Este comentário é mais para o SR da foto (lado esquerdo e com umas barbas de respeito) que de certeza ou estava a ver as “vistas” ou estava à espera de alguém porque para ele não há pressa. O Prof. Zé Cabral (o tal senhor) foi meu Mestre de História durante o Secundário nocturno durante 3 anos e aprendi muito com ele e não só de História, foi das melhores pessoas que conheci e conheço (ainda bem que moro perto dele e de vez em quando dá para beber um “café”. Mas o que me faz comentar isto é porque seja bom ou não a roupa LACOSTE durante os 3 anos que o Prof. Zé me deu aulas nunca o vi vestido sem ser com a Roupa do Crocodilo.
Obrigado Prof.
Luis Vilela
Estou apaixonado por este texto. PARABÉNS!
Parabéns Zé!
Creio que a mais fácil forma de expressar sentimentos e/ou afectos é sem dúvida através da escrita... Pelo menos para mim, é sem dúvida!
Tenho adorado ler o que aqui tens escrito! Tenho adorado ver o que tens fotografado!
Mas, esta foto, este texto... tiveram um fantástico efeito em mim!E por variadíssimas razões!...
De repente, aquela pessoa que "conheço" há já algum tempo e que sempre receei conhecer mais ou melhor por desconfiar se a sua existencia seria real....Está aqui. Puramente descrita numa linguagem simples, mas cheia de tudo! Cheia de tudo o que é mais importante! Afectos, ternura, sentimentos, honestidade, sensibilidade, inteligência... Deixaste-me, quase, sem palavras!
Uma vez mais, parabéns! e um grande beijinho!
Bela merda... blog deplorável... t-shirtzinhas? calcinhas? camisinhas? puta de tristeza...
A liberdade de expressão é um privilégio da democracia, o insulto anónimo um estigma dos atrasados mentais!
this is an absolute breathtaking text...não o sei dizer em português...
Também o meu filho mais velho usa a Lacoste que me foi oferecida por meu Pai, tinha eu 15 anos...
Por vezes tanta doçura com coisas efémeras como roupa não podem ser comentados, podem sim ser comentados os sentimentos que transbordam dessas pequenas coisas que nos fazem sentir tão grandes. A herança dos nossos progenitores é a coisa mais bonita e mostrá-la com orgulho quer seja num crocodilo ou num blogue a propósito desse mesmo crocodilo ainda melhor. Confesso que não sou grande fã desse crocodilo mas recordo com carinho malha que o meu pai usava quando eu era puto e que no momento oportuno me passou esse testemunho intemporal em forma de vestimenta física e emocional. Obrigado por trazeres á memória essas coisas simples..(já agora, eu também trabalho na Terrugem e partilho um pouco desse sentimento estranho que não lhe querendo chamar tristeza nem rebaixar o cariz desta localidade, é perdida no arco-da-velha e foi completamente esquecida pelos selvagens neurónios que temem em não abundar por estas bandas - desabafo..)...
Absolutamente delicioso!
Parabéns pelo blog...
Caro Alfaiate,
Descobri apenas hoje o blog, acidentalmente enquanto procurava uma gravata de malha vermelha.
Já o li, reli, e me emocionei.
Partilho as origens estremocences, e foi nostálgico ver o capote aqui retratado de uma forma actual, adorei.
Mas este post mexeu particularmente comigo, quando me lembrei dos meus dois únicos pólos Lacoste que quando 'herdei' já tinham cerca de 30 anos... Já tinham sido da minha mãe, que os comprou em Badajoz com as economias da mesada de adolescente.
A minha mãe, que nos deixou recentemente, sem ser 'fashion', tinha o gosto (como eu) por coisas bonitas. E foi, e será sempre, uma das mulheres mais elegantes que vi algum dia. É a simplicidade que dá o toque de charme final.
Revi-me em muitos dos textos, obrigada.
Adorei particularmente o gosto pelo detalhe, é único.
La Chemise Lacoste – O legado de meu Pai
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