quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Se “Madrid me mata”? Explico-te já porquê

Se "Madrid me mata"? Explico-te já porquê
Se "Madrid me mata"? Explico-te já porquê (2)

Eu simpatizo com o D. João IV. A sério que sim. E com o 1º de Dezembro. E com o respectivo feriado, à custa do qual costumo aproveitar sempre para zarpar lá para fora. E com o Palácio da Restauração onde fui em miúdo e nunca voltei para conhecer aquele restaurante para o qual a Time Out me convida, todas as 4ªs feiras, a ir almoçar por menos de 15€. Eu adoro tudo isto. Juro-vos que sim. Quase tanto quanto insultar hoquistas espanhóis naquelas finais ibéricas que acabavam invariavelmente à stickada. A sério que sim. Mas nem por isso senti algum dia ódio por Espanha ou lhe prometi menos simpatia do que aquela que sempre lhe tive. Orientei-lhe as minhas preces sempre que assistia a mais uma filha putice da ETA e caíram-me as lágrimas enquanto assistia ao caos em Atocha, meses depois de lá ter dormido aconchegado entre os sacos-cama das duas francesas com quem fui para Marrocos. Aplaudi-lhe os filmes, beijei-lhe as súbditas e tratei por “cabrón” amigos que fiz em viagem. E até a língua lhes respeito. A mesma com a qual a minha partilha “un montón” de provérbios. Aquela que não sendo a mais bonita é certamente a mais expressiva. Não escutei nunca um idioma onde qualquer que fosse a mensagem, esta me soasse tão genuína ou pujante como em castelhano. Como se o que quer que se verbalizasse em castelhano jamais pudesse ser reproduzido com igual vigor noutro idioma ou dialecto. Mas curiosamente, nunca o achei tão bonito como no Mar Adentro, onde o galego, com a sua quota-parte de ADN lusitano, gozava duma dose certa de suavidade que jamais lhe poderia ter sido feita chegar pela sua língua mãe. E nesta foto, como em todas as outras que tirei a mulheres espanholas, lidei antes que tudo com 5 ou 10 segundos de desconfiança. A desconfiança de quem necessita de me olhar com cuidado para perceber se aquilo que lhe digo faz ou não sentido. Porque ao contrário do que se pensa não sou eu que olho de alto a baixo aqueles que fotografo. São eles que me avaliam a mim, como ponderando se lhes faz sentido eu ter um blog, um blog onde publique imagens de pessoas que me dizem algo, um blog onde publique imagens de pessoas cuja aparência me atrai. Felizmente que não é Agosto e a temperatura não ronda os 40º. Felizmente que não estou de havaianas e t-shirt de alças. (Felizmente) que não me corre uma gotícula de suor na fronte. Porque talvez assim ela não acreditasse em mim. Porque parece ser a minha aparência cuidada que a faz deliberar consigo mesma “que esta diciendo la verdad”. Acaba por aceitar a sugestão com um sorriso. E tudo isto não foram mais que 10 segundos, os tais 5 a 10 segundos em que já lhes consigo ler a mente. Sugiro-lhe que dê uns passos para o lado – “el encuadramiento es importante” asseguro-lhe – e começo a fotografar. Falo-lhe enquanto disparo e dou-me conta que já deixou para trás das costas a hesitação que ainda há pouco a prendia. Já se esqueceu daqueles 10 segundos em que se entreteve a questionar quem raio era aquele português e quais as suas intenções. Mostro-lhe o resultado e grita-me “Qué chulo!!” enquanto me agarra o braço e balança o corpo para trás. E fá-lo já com os olhos rasgados, não por qualquer exotismo étnico mas pelo sorriso que os esmaga e lhes confere aquela forma. Despedimo-nos “encantados

Mas nem sempre acaba assim. E é aqui que Madrid cresce para mim. É aqui que Madrid me parece dizer “quédate por aquí”. É quando me fazem perguntas. Quando me acabam dizendo “dame tu numero”. Quando me escrevem no dia seguinte “hemos quedado para tomar algo en Calle Ponzano (…). Puedes venir con quien quieras!”. E dou por mim a arrebatar os gins tónicos que me privo de beber em Lisboa numa festa caseira para a qual fui convidado por alguém que me foi apresentado pela pessoa que fotografei de véspera. Eu e o Gonçalo trocamos impressões sobre financiamentos e projectos com um yuppie veterano que acabámos de conhecer. Estamos fascinados por aquele charme pós-40. “tu mujer es lindísima” dizemos-lhe a meio da conversa. “No passa nada...” que ele é inteligente o suficiente para distinguir um elogio duma provocação. E tudo isto começou porque alguém me despertou a atenção, alguém que gostaria de vos trazer aqui. Estamos por Salamanca mas alguém lembra que àquela hora a festa de máscaras que a Mercedes está a dar em Malasaña já deve estar ao rubro. Já nem estamos nas mãos de um madrileno. É uma parisiense ali migrada, amiga de alguém que nos foi apresentado entretanto, que nos guia pela cidade. Madrid é isto mesmo. E por isso mesmo custa-me sempre deixá-la. A Mercedes vive com um tipo que passa metade do ano em Miami. Confesso-lhe que a sua segunda cidade não me traz boas vibrações mas ele assegura-me num tom meio demente, enquanto aponta para uma Cleópatra pneumática que se passeia na sua sala, “te gustaria (R)osé, te gustaria!!”. No dia seguinte tenho números gravados de pessoas de quem não me lembro e dou conta de trocas de mensagens que, à luz do dia, não me fazem grande sentido. Para isto não preciso de ir a Madrid. Mas para conhecer 100 pessoas numa noite e ficar com o contacto de 20 talvez precise. A cidade não pára e quem lá está também não. Talvez uma estadia prolongada nos faça cair no vazio mas não consigo deixar de pensar para mim – esquecido que me faço deste tempo de abolição de privilégios e direitos adquiridos – se não deveríamos todos ter direito a viver ali durante uns meses. Uns meses que fossem, a porção necessária de tempo para podermos sentir o vento na cara sem que ele se tenha que fazer sentir. O vento criado pela sucessão de episódios e correspondente mudança de cenários que cada situação nos exige. Porque uma brisa na cara enquanto caminhamos na rua é porventura a sensação mais libertadora que conheço. Porque sempre que vou a Madrid consigo senti-la, até mesmo na calidez asfixiante daquele Verão continental. Até mesmo, meteorologicamente falando, na sua evidente inexistência. Porque sempre que vou a Madrid regresso de lá louco. Dou por mim a murmurar comigo mesmo “respira Zé...respira fundo”. Porque em Madrid, não dá tempo sequer para o fazer. Porque em Madrid, quando damos por terminada uma boa história para contar, já nos deparámos com uma outra e ao terceiro dia na cidade já se torna difícil recordar com exactidão o que raio nos aconteceu no primeiro. É frenética, e não parece parar nunca. Jamais. Porque se andas por Madrid e não te estás a divertir… Vai por mim, algo de mal se passa contigo

Já estou na Portela a ver se apanho um táxi e ainda insisto comigo mesmo “
respira Zé...respira fundo”. Serve-me de nada, não passou ainda tempo suficiente para que isso possa acontecer

49 comentários:

João Roque disse...

Eu vou lá passar o fim de ano, e bem acompanhado...

Unknown disse...

Acho que nunca li um post tão longo...

mas mui bom!

As fotos são apaixonantes..

e Madrid.. estoy loca para conhecer!



besitos*

Jade disse...

A foto é gira ,mas o teu texto consegue captar Madrid na perfeição :)

Bluebluesky disse...

Alfaiate, parabéns pelas palavras sobre Madrid. Madrid é...é isto. É muito mais também, mas é isto. E só quem vai pode sabê-lo e vivê-lo assim. Mais do que a foto, amei o post.

Nessuno disse...

Vou ser sincero: Madrid foi uma surpresa. A cidade onde passei a minha infância e adolescência era próxima da fronteira e isto contribuiu bastante para que desde pequeno fosse confrontado com a cultura espanhola. Desenhos animados, filmes de terror, notícias, músicas, tudo entrava pela TVE à velocidade da luz. Madrid suscitou-me desde então, por incrível que pareça, a mesma sensação que Lisboa. Ainda os meus pais se lembram COMO em pequeno dizia "Mãe qual é o símbolo de Lisboa?(...)Mãe qual é o símbolo de Madrid". A resposta parecia vir nos cromos do Gil que saiam em 97..onde o boneco azul marinho aparecia ao lado do Escorial, que nem sequer é dentro de Madrid. Isto ao pé de qualquer Torre Eiffel ou Coliseu deixava-me desmotivado, mas a realidade é que estas cidades não primam pelo símbolo, primam pela vida que há dentro delas, pelo seu carácter forte e característico e pela sua luz. Quantas beira-tejo ou Sols não valem mais que um Big Ben, só pela pulso que fazem sentir? Isto tudo para chegar a um ponto: quando a minha irmã foi viver para Madrid, eu pensei a medo: será que vou gostar? E lá fui eu, podendo recordar um dos fins-de-semana mais alucinantes de sempre. E tenho saudades, tenho saudades das minhas visitas, de sentir o cheiro a fritos doces e chocolate no Inverno, dos restaurantes retro e de fusão, das pessoas aos berros no café, das enchentes ao domingo à tarde com as lojas fechadas, de passear tranquilamente durante a siesta, de ver os comboios a passar no príncipe pio, de pisar a relva molhada dos jardins do palácio, de descobrir uma loja de pianos, dos passeios largos, dos enfeites de natal incandescentes, do cheiro a primavera na periferia da cidade, de jantar à meia-noite, das prostitutas nas transversais da Gran Via mesmo em frente à esquadra, enfim.

Mata-me e guardo um carinho muito grande.

J Almeida Barros disse...

Depois deste post do Nessuno nao ha muito mais a dizer.. Como Madrid nao ha nada, e dizer que hoje é uma das mais interessantes cidades do mundo para visitar é como dizer que o Alfaiate entra como um distinto e familiar opinion maker que nos faz sentir em casa mesmo quando estamos fora. a movida é tua alfaiate. Nao pares nunca. Almeida

Anónimo disse...

Primeiro como espanhola que adora Portugal, gosto de que a tua opinião seja boa com respeito a Espanha, nem todos os portugueses nos acham assím (dizem de nós que somos meio arrogantes, e muitas vezes têm razão). Depois, aínda que eu não goste especialmente de Madrid, porque não me sinto identificada com ela e é muito diferente a onde eu moro, adorei imenso este "carinho" que tens.
Imagino quantas festas desfrutaste!
Y Me alegro un montón!!

Puedo comprenderte porque me pasa lo mismo con Porto (me gusta tanto que me he venido unos meses para la ciudad Invicta)o con Lisboa, tan diferente de Porto, pero tan especial. El mes de agosto en Lisboa fue de las mejores cosas que me han pasado en la vida. Y joder!En esos momentos es cuando me olvido de los prejuicios,y los clichés, si es que alguna vez los he tenido.
Y para finalizar: es que me encanta tu blog!!!!!!!

P.S. O meu filme favorito é Mar Adentro. Um filme da minha terra, da minha gente!!

abraço

ELENA

Elisa disse...

um dia encontra-me pelas minhas ruas perdidas, pq estas fotos são uma dádiva (:

blog de uma perfeição imensa .

beijo, Elisa

Unknown disse...

Seu blog é lindíssimo.. As fotos então, maravilhosas!
Um beijo, Isabella do Brasil

Maria João Ferreira disse...

Parabéns pelo blogue e pelas fotografias extraordinárias que partilha. Adorei o post que redigiu com tanto preciosismo sobre uma cidade que - vê-se (lê-se) - o deleita. É sempre agradável ler um texto bem escrito. Cptos.

Anónimo disse...

Grande texto. Lê-se corrido e satisfaz!!

tepidez crónica disse...

Alfaiate..it's never too late..

Perdoa-me o cliché.

Um abraço

p.s: um dos melhores textos que li aqui thumbs up..definitely

rosaamarela disse...

Aquí sentada à secretaria a falar com “eles” todos os dias a cada hora sinto o que estás dizendo imagina “lá”….

Gracias por el post, por sinal muy bueno, “encantada de leerte todos los días.”

cosmonauta disse...

Caro Alfaiate,
Tive a previlégio de poder trabalhar em Madrid durante pouco mais de um ano. Tive a sorte de viver bem no centro da cidade, onde partilhei casa com mais europeus. Devo ainda dizer que guardo desses dias que já passaram, algumas das melhores recordações de vida que tenho. Assino por baixo tudo o escreves, porque Madrid é assim mesmo, apetece a toda a hora.
Um abraço.

DG disse...

Gosto especialmente do "sorriso que os esmaga e lhes confere aquela forma".

Mais um texto muito bom!

Grande abraço,
DG

Anónimo disse...

Magnífico post. José, quédate por aquí. Javier Divisa.

Lorena disse...

Concordo com a Elena em tudo. Eu também sou espanhola e também adoro Portugal. Lisboa roubou-me o coração para sempre após morar lá uns meses.
Como barcelonesa também não me identifico muito com Madrid, mas gosto de lá ir porque adoro a vida que fazem nas ruas, as vezes parece que as casas todas devem estar vazias. E gostei muito da forma em que a descreveste, claro.

Felictats per la teva feina, és collonuda ;)

Una abraçada!

Bluebluesky disse...

[plagiei-te] :-)

Vandinha Chibeles disse...

De facto é a minha Cidade! alucinante, actual. divertida e descontraída..

gostei de ler o seu post.. fica se com a ideia clara do que pensa e vive nesta cidade..

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Parabéns, "Zé". É muito bom ler textos destes sobre Madrid. Costumo dizer que é a melhor cidade do Mundo, sem conhecer sequer metade das cidades do Mundo.

Vou lá no início de Dezembro, tão certa de que voltarei lá mil e uma vezes mais do que a qualquer outra cidade que não a minha. Madrid é isso mesmo.

"Encantada"

P.s. Vou roubar uma parte deste texto e pôr aqui (com os devidos direitos de autor): http://blogautentico.blogspot.com/

rosaamarela disse...

"Sim embargo" gosto mais de BCN é mais cosmopolitana.

Bom fds

Cátia Pereira Matos disse...

Apaixonei-me primeiro pelas fotos, mais uma vez muito bem conseguidas, e depois por estas palavras, que parecem surgir de forma tão natural, tão espontânea. Madrid não pára.
Parabéns pelo (execelente) post.

Juana disse...

o texto deste post superou a foto. parabéns.

Marisa disse...

Descobrir este blog agora mesmo por meio de uma revista (Lux Woman), e estou encantada com o blog, esta espectacular! E ainda bem que há pessoas que fazem este genero de coisas, e não põe só aqui o que aparece nas passereles, e modelos sempre belas... Todos os dias nos deparamos com pessoas lindissimas (tanto exterior como interior), e essas pessoas também merecem aparecer e mostrar-se ao mundo, não é so os famosos e modelos lindissimos que devem!
E ainda fiquei mais contente quando vi que apareceu Serpa ( a minha linda terra) com uma mulher lindissima!! Mas o que mais me encantou não foi a senhora, confesso, ela é linda, mas o que mais me encantou foi Serpa estar presente num Blog deste! Amei :)
Muitos Parabéns para a pessoa que criou isto, e que continuo :D

Daniela disse...

Alfaiate, não tens ideia de como me fez bem ler o teu texto. Retratas vida tanto nas fotos como nos textos.
É um artista!

ttv disse...

She's so adorable. I like her smile.

Margherita disse...

If you never went to Madrid, you still didn't live. <3

Stela ALVES disse...

Preciso conhecer Madrid urgente!!!!
Street Style by Stela

C.B. disse...

Estive lá há menos de um mês e as saudades que eu já tenho de almoçar umas tapas, a um Domingo, no mercado de San Miguel...ou de perder-me naquelas ruas cheias de vida em redor do Sol, ou de fazer um passeio domingueiro no Retiro e ficar por lá deitada na relva! Regresso, de passagem, em Dezembro :)
Adorei as fotos (as usual) e amei o texto! Confesso que cada vez mais sinto inveja das pessoas que são captadas pela tua objectiva!

Anónimo disse...

Me ha encatado leer tu Madrid, saberte aquí, disfrutando, fotografiando, viviendo, sintiendo. Madrid es como es por gente como tú.
Enhorabuena por el blog y sobretodo por las fotos. Parabens, como se usa decir por tu tierra.

Una madrileña agradecida

ol

Ela disse...

Esbarra-te comigo na Portela e leva-me contigo à la Madrid :)

Sabe tão bem mergulhar nas emoções que partilhas em poucas, muitas ou nenhumas palavras, mas sempre em tamanhas imagens. Sorrio sempre.

Há tanta luz e alegria se nos nossos olhos as trouxermos.
És uma pessoa bonita.

A*

Filipa Ferdinand disse...

Boa descrição do ambiente que se respira em Madrid. Experimenta vir a Cádiz.
Filipa

Isabel I disse...

Por supuesto que Madrid me mata! Toda a Espanha me mata, aliás, desde essa linda baía de San Sebastian, La Concha, às praias de Huelva e El Rocio com a sua Blanca Paloma, aos pés de quem até aos ateus apetece rezar. Espanha e os espanhois os nossos irmãos verdadeiros, de pai e mãe, com quem sempre partilhámos esta jangada de pedra de que falava Saramago, com quem partilhámos Saramago, Cristóvão Colombo, Isabel de Portugal, essa linda Rainha que Carlos V amou e com saudades de quem se foi encerrar em Yuste e se deixou morrer.Porque como dizem os versos de Carlos Té " muito mais é o que nos une que aquilo que nos separa".

Álex disse...

Eu costumo dizer que se Madrid tivesse mar.........era A cidade ; )
mas eu não sou isenta

Anónimo disse...

Pues a mí Madrid me mata, pero de verdad. No puedo con esa ciudad, es estresante como ninguna otra, la gente es fría y distante y los precios altísimos. Y encima se creen el centro del mundo! Ya no vivo allí, afortunadamente, porque si no estaría muerto!!!

Anónimo disse...

De puta madre tio.

Aquele abraço,

Mirsa

Ah pois é disse...

Sr. Alfaiate,

Não é o seu melhor texto e mesmo assim magnífico!

Anónimo disse...

Parabéns senhor alfaiate! gostei muito do texto e do enorme carinho que mostrou a madrid, gosto muito do seu blog e da sua forma de escrever!
(uma espanholita apaixonada por portugal)
y como solemos decir aquí: "de madrid al cielo...y desde allí un agujerito para verlo"

Anónimo disse...

Apaixonante Outono!

m. disse...

(R)osé, muito verdade tudo o que dizes! Eu estava lá perto de Atocha nesse dia que referes. Dois dias depois desci a Castelhana com uma vela na mão acompanhando os madrilenhos, os espanhóis em geral que lá estavam e outros estrangeiros e foi nesse dia que comecei a ser também uma deles. Depois desse dia fiquei em Madrid mais meio ano. Entretanto voltei muitas muitas vezes e o único que posso dizer é, valeu a pena ler um post tão longo, porque me revi em todas as tuas palavras. ;) muito bonito! saludos, desde barcelona

neuza disse...

Próximo objectivo de vida: ir a Madrid RAPIDAMENTE!

Anónimo disse...

Enhorabuena por tu artículo, me ha encantado, magnífico!!

También quiero, antes de cualquier otra cosa, disculparme por no ser capaz de escribir en portugués - al menos, de forma correcta-.

Soy gallego, pero para mí Madrid es una ciudad magnífica, con sus defectos que también los tiene, pero sus virtudes son muchas más, y cuánto más tiempo pasas en ella más las aprecias; sucede justamente lo contrario con Barcelona, que es magnífica en una primera vista, pero después te va "gustando" o "ilusionando" menos.

Y sobre la gente de Madrid, aunque hay de todo, es, en general, muy abierta, muy amigable y nunca te dejarán sólo.

Un abrazo a mi querido Portugal.
Jose

Unknown disse...

Consegues juntar belas fotos com textos inspiradores!
Gosto muito e já tinha saudades de ler as tuas aventuras!
Tambem adoro Madrid,mas mesmo que não gostasse voltaria para me certificar se estaria certa!

Mayte disse...

Iba a escribirte en ingles pq mi portugues es de vergüenza pero ya intuia que hablabas español (no es la primera vez q visito tu blog).

Me ha reido mucho con esta parte "Mostro-lhe o resultado e grita-me “Qué chulo!!”" pq mi novio es portugues y de tanto escuharme a mí cuando algo le gusta dice "que chulo!" .

Saludos.

Maria disse...

Li as suas palavras e revejo-me em cada uma delas, o sentimento é mútuo.

Madrid é "A" cidade onde sempre volto, e já voltei tantas vezes... uma cidade de inícios e fins, de recomeços...

Há precisamente uma semana atrás, estava de novo em Madrid, a viver, a reviver, a descobrir, a sonhar, não sei explicar o sentimento, simplesmente vive-se e sente-se...

Madrid, chama-nos de volta, não nos quer deixar partir... E sinto desesperadamente a vontade de voltar.

Anónimo disse...

desculpem lá o texto está bom, tudo bom/bem. mas porra. A gaja valha me deus e uma coisa boa de se ver. Só aptece acariciar e beijar aquelas bochechitas.
ai que até se me arrepia a espinha. carinha laroca, um sorriso acompanhado com olhos rasgados.
uma imagem vale por mil palavras!
ai, que eu queria ir me a ela.
sergio matos

J.R. disse...

Sempre quis ir a Madrid mas apenas para pôr os meus pés de cinderella em santiago bernabeu e assistir a um jogo do grande Real Madrid. No entanto, após ler este texto tenho a sensação que irei gostar muito mais da cidade do que do estádio. Está um texto marcante e apaixonante, sin duda. Obrigada por transmitir toda essa sua paixão por Madrid.

Anónimo disse...

Lisboa,
Madrid dava tudo para estar contigo neste momento, não só neste mas em muitos mais, na esperança que esses momentos sejam de pura loucura e repleto de boas historias que te inspirem cada dia mais.
Beijinho, M.