Estava à conversa junto ao muro que dá forma à saída do Metro quando os vi e disse:
- Vou ali fotografar aqueles dois. (como se lá por achar que quero fotografar alguém isso signifique que alguém haverá de querer ser fotografado por mim)
O espírito do post já tinha começado – sem disso poder sequer desconfiar – umas boas semanas antes quando descia a Rua da Rosa à conversa. Vi uma loja que não conhecia. El Ganso. Soou-me familiar e o meu amigo assegurou-me de que não se falava outra coisa em Espanha. Gostei do que vi mas ando com pouca pachorra para lojas e pouco dinheiro para lá gastar. Ficou para uma próxima.
- Uma foto?
“pode ser” disseram eles. Estranhei, espanhóis a falar português correctamente. “vivemos cá” explicaram. À noite tinha o e-mail da praxe a pedir as fotos. O agradecimento à minha resposta veio com um convite para visitar a loja deles, no 31 da Rua da Rosa. “Rua da Rosa”, “loja”, “espanhóis”, havia ali déjà vu. “El Ganso!” lembrei-me. Escrevi a perguntar e responderam-me precisamente o que queria ouvir (tenho um certo fetiche por coincidências, vocês não?).
A loja é gira, muito gira. Comprei um pull-over (repito, não nado em dinheiro, na verdade, não tenho bem onde cair morto; fiz-me entender? isso mesmo, aquilo nem é caro de todo). Pull-overs, casacos, calças, calções e ténis, muitos ténis. Para elas também. Vestidos incluídos. Daqueles que apetece tocar (ou levantar…dependendo de cada um, cada qual e do respectivo contexto)
P.S. – a minha paranóia por este blogue não chega ao ponto de comprar o que quer que seja para tornar um artigo mais convincente. Ou pelo menos… (ainda não). Vale a pena, a sério vale mesmo... 31 da Rua da Rosa