domingo, 14 de fevereiro de 2010

O Valentim é um gajo tramado



(aos meus amigos)

O Valentim é um gajo tramado. Deixa uns felizes e outros nostálgicos. Ainda há dias me bateu uma certa melancolia por não ter que fazer qualquer telefonema antes de marcar férias. Não ter que dar satisfações faz muito o meu género mas confesso que senti falta da obrigatoriedade de, antes de perguntar aos meus colegas quando as iriam gozar, fazer a tal chamada à tal pessoa para tentar elaborar um plano A, B e C de calendarização de viagens, momentos divertidos num destino desconhecido e sexo num quarto de hotel.

A rondar os 30 metade dos meus amigos tenta perceber se preferia ter passado a noite de ontem a tentar transmitir o quanto se gosta de alguém a esse mesmo alguém, se a dosear álcool e charme na festa de solteiros que organizámos. Metade dos meus amigos não sabe se preferia passar os fins-de-semana numa doce e repetitiva calmaria se a tentar dormir com a metade da cidade com que ainda não se deitou. Esta treta do mundo globalizado é muito engraçada mas o conceito de “estar ligado” a toda a hora e a todo o mundo pode tornar-se um bocado assustador quando se fala de amor. Temos 1001 solicitações, 1001 hipóteses e 1001 alternativas e isso faz com que a condição de solteiro se torne num admirável mundo novo de oportunidades engraçadas, festas exóticas e experiências sexuais inauditas. É claro que é precisamente a existência desse custo de oportunidade que mais valor dá ao momento em que decidimos escolher alguém para ficar ao nosso lado, e soar-me-á sempre um tanto ou quanto dúbio, nos dias que correm, que alguém se queixe de não ter tido oportunidade de conhecer o mundo (e quem o povoa) em dose suficiente para que tivesse podido fazer a sua escolha acertada. No outro dia um amigo falava-me na sua nova namorada e o meu primeiro reflexo foi – enquanto metade do meu cérebro gritava à outra “até tu Brutus?” – perguntar se tinha Facebook. Quando me respondeu que não, achei que era uma das melhores qualidades que se podia encontrar numa namorada – não ter Facebook – nem que fosse para evitar um dia, quando tudo acabar, darmos por nós a fazer a triste figura de entrar na sua página e tentar perceber quantas pessoas mais interessantes que nós (entenda-se, com uma fotografia de perfil mais apelativa que a nossa) já adicionou depois de nos dar com os pés.

Os trinta parecem ter o seu encanto. A linha abdominal ainda se confunde com a daqueles miúdos giros que, mais semana menos semana, começam a povoar as praias da Linha e as áreas de cabelo esbranquiçado que aparecem sem avisar parecem conferir-nos algum charme. Sabemos mais, vivemos mais mas nada me assegura – e isto, confesso, já me assusta – que daqui a dez anos não nos estejamos a tentar vender o mesmíssimo discurso em frente ao mesmo espelho, enquanto apreciamos a mesma linha abdominal mais dilatada e nos concentramos, não na mesma descoloração do cabelo, mas na sua inexistência. E aí recordo com receio, o discurso de um antigo colega meu, solteirão eterno, que me conseguia perturbar com o seu orgulho macabro no número de mulheres casadas que dizia já ter comido. A mesma perturbação que senti no outro dia, no buffet de Serralves, por culpa duma linda quarentona que lá estava sentada. O olhar daquela senhora tão distinta fazia-me sentir também distinto e, imagino, que o meu olhar de miúdo a fizesse sentir mais viva. Dizia-me uma amiga que tudo isto é normal e que o importante, como tudo na vida, é traçar os limites e encontrar um equilíbrio. A mim nada disto me parece tão claro e imagino esse equilíbrio tão Yin-yang a resvalar, de um momento para o outro, para um malabarismo circense ou mesmo, se me permitem a badalhoquice, para uma casa de banho pública. Só sei que momentos depois, quando chegaram marido e filhos e aquele homem se apercebeu do que interrompia, me limitei a baixar a cara, mais por vergonha que por receio de apanhar um murro bem dado. O mesmo murro que me esforçaria por conter se fosse dar com um puto, com pelos na cara mas imberbe de espírito, entretido a revitalizar o sex appeal da minha mulher.

O Miguel Esteves Cardoso escreveu um dia que “O amor é fodido” e eu deduzo que não o tenha feito apenas para conseguir vender exemplares a miúdas de 15 anos como aquela de quem eu gostava quando o livro saiu. Sou o primeiro a plagiá-lo mas não foi isso que senti a semana passada quando fui visitar o amigo que me traduzia os textos para a versão inglesa do blogue. Ia decidido a recorrer a tudo para o convencer a voltar a fazê-lo mas quando lá cheguei, deparei-me com 15 meses de vida e um sorriso desdentado a correr desajeitadamente para os braços dele. E naquele momento senti-me ridículo. Senti-me ridículo por me ter passado pela cabeça fazê-lo gastar tempo da sua paternidade com a porcaria dos meus textos. Andámos juntos na escola, partilhámos carteiras e fizemos os mesmos trocadilhos irritantes que esgotavam a paciência à nossa professora de Inglês. Quando foi viver com a namorada ainda eu nem sabia bem o que era ter uma e no dia do seu casamento ocorreu-me, antes de mais nada, toda a liberdade que estava a pôr de lado. Mas hoje, as contas que faço são outras e, para ser completamente franco, invejo-o em parte. E neste ponto recordo-me de um outro amigo e do que ele me contou um dia. Um dia, um outro dia, quando uma namorada sua deixou cair o corpo nu por cima do dele e lhe disse ao ouvido, num tom tão terno que ele só julgava existir na voz da sua mãe:
- Foi tão bom Zé.
E naquele momento, mais que o orgasmo, ele achou que ela lhe agradecia tudo o resto: o companheirismo, a ternura, a protecção, as vezes que sorriu pelo sorriso dela, as vezes que chorou com as lágrimas dela e por tudo o resto que nunca teve que fazer mas que ela sabia que ele estaria disposto. É claro que Zés há muitos e amigos imaginários também mas todos sabemos que seja na minha, na vossa vida ou na do meu amigo imaginário são momentos como este que perduram. Mais que engates, noites loucas ou admiráveis histórias para contar em jantares de mancebos. Mais até que as cenas cortadas da vida que não se expõem num blogue. Mas é o que eu vos digo, o Valentim é um gajo fodido

135 comentários:

Anónimo disse...

É por textos como este que este é o meu blog e o dos meus amigos. Um abraço sentido, alfaiate. El gonga

maria disse...

Nice picture!

Sneakerlicious disse...

Amei (achei que era dia para dizer ama em vez de gostar) o texto! *

stiletto disse...

Muito bonito e não é preciso acrescentar mais nada...

Alina Baldé disse...

Ufa! Era isto. Era isto que queria dizer hoje e não consegui. Muito obrigada por teres posto por palavras o que ando a remoer há umas horas. Muito, muito obrigada, porque o Dia de S. Valentim é mais para os solteiros reflectirem porque do que para os amantes se amarem. Esses que pensem no amor todos os outros dias! =D

Vou ter de linkar isto para o meu blogue! Desculpa se sentires como uma espécie de roubo!

cris disse...

De olhos fechados vejo uma pessoa bonita.

Margarida disse...

Fantástico... Obrigada pelo texto... lamento ter-me prendido mais nele que na foto, que também está o máximo.

Cláudia disse...

É a primeira vez que comento o teu blog, apesar de ser uma visitante assídua. Identifiquei-me bastante com o texto e gostei da forma como o escreveste... Eu cada vez mais acredito que ser solteiro(a) é um estilo de vida :)

Raul Silva Lopes disse...

Olha Alfaiate já sigo o teu blog há quase um ano e até então só cometei uma vez. Não poderia deixar de o fazer novamente. Gostei muito das tuas palavras. Continua a brindar os teus fieis leitores com imagens e textos como este!

Raul

Vera disse...

É mesmo assim... tudo na vida tem um timing. E são momentos como esses que nos fazem sentir vivos e prescindir de outras coisas que davamos como certas e necessárias, mas que de repente, com uma palavra, com um gesto, com um sorriso, se esquecem e se tornam tão insignificantes. O amor tem esse poder...

Duda disse...

Que maravilhoso texto!

Duda disse...

Que maravilhoso texto!

Joana Ofélia disse...

Subscrevo a Cris.

Sylvia disse...

:)

Anónimo disse...

Alfaiate, excelente, identifico-me completamente....

Para além da forma fantástica, como escreve, existe uma inteligência emocional interessante para ligar cada foto, a cada texto.

Há uns anos atrás, não seria assim:

Para ligar para a minha até então namorada, teria que ir a cabine telefónica que se encontrava em frente a taberna do "Barbosa"..ou então mais tarde com o telefone que veio cá para casa,....ah...e não existia identificação de chamadas.....ahahah....logo não poderia rejeitar a chamada, ainda teria tempo para ouvir o meu "Estou ???"
Com o passar dos anos ela ficou esquecida...encontrava-me apenas por mero acaso, nas festas regionais...os tempos seriam outros...

Curioso a descrição dos acontecimentos do FB, e a forma como as pessoas, apagam, bloqueiam cada uma das pessoas que passam pelas suas vidas...tipo, agora não vês nada de mim....para que possa alterar o estado da minha relação...agora "Estou numa relação", simplesmente ridículo ....que mudanças nas nossas vivências sociais...

Anónimo disse...

Obrigada pela lufada de êxtase Alfaiate...que lindo texto este!Gosto muito deste teu lado mais meigo e sensível.

"O amor é um modo de viver e de sentir. É um ponto de vista um pouco mais elevado...nele descobrimos o infinito e horizontes sem limites"

G.Flaubert

This one is for you...

cowgirl azul :)

C disse...

Gosto muito das tuas fotos, mas os textos superam tudo. Em matéria de amor não posso falar muito... mas pelo que já vivi, sim, são aquelas pequenas coisas as mais importantes. E apesar de não gostar deste dia, acho que fizeste um texto excelente para o descrever. Obrigado pelo teu blog existir, Zé

Adri disse...

Destacas de tudo e de todos... arrancaste-me o sorriso com a imagem dos 15 meses de vida a correr desajeitadamente para os braços do teu amigo. Parabéns ao Alfaiate e um beijo ao Zé...

Anónimo disse...

Escreves muito bem e o teu blogue é muito especial.
Respeito-te por seres um homem com personalidade. Entre tantas seguidoras a descrever-te como giro e a tentarem obter a tua atenção consegues manter-te fiel ao que idealizaste.

Anónimo disse...

Estoy sin palabras.
obrigada por escrivires assím.

Anónimo disse...

Parabéns pela escrita, é excelente e ir buscar o excerto final do cinema paraíso demonstra grande sensibilidade

Isabel

Tweety disse...

Não quero repetir palavras dos comentários dos outros, mas enfim este texto disse tudo o que ultimamente tenho vindo a sentir, o passar das relações, o avançar da idade, tudo o que quando chegas aos 30 começas a pensar e a constatar. Resumiste tudo e melhor eu nunca o teria dito. E por isso fui "obrigado" a roubar te as palavras, peço que me desculpes e se te sentires ofendido eu retiro o texto do meu Blog. De igual forma quero te deixar os parabéns por este teu canto e voto que nunca te passe pela cabeça desfazeres-te deste pedaço de ti. Continua...

Abraço
Tiago

http://desabafosdotweety.blogspot.com/2010/02/post-roubado-3.html

O Meu Outro Eu Está a Dançar disse...

A vossa geração anda destrambelhada de todo, foi o que me disse hoje a minha mãe, antes de sair.

E é capaz de ter um bocadinho de razão. Mais ou menos conscientes, sabemos todos porquê.
Velocidade.
Expectativas.
Escolhas.
Velocidade.

E por isso defendo essa ideia do equilíbrio: mas primeiro, de certeza, o meu. Neste momento sinto-me calma, com uma manta em cima. Sem aflições ou urgências. A curtir o Agora. O dia dos namorados não é mais do que uma referência no nosso tempo. E hoje, passei-o a ver filmes de amor porque só preciso de um bom pretexto (e hoje, dois, com o frio que faz lá fora). E não é que o dia passado comigo e comigo até foi giro?

Sei que, num dia destes, quando a circunstância consentir, tropeço (de ternura) num zé (felizmente há muitos), e por lá me deixarei enredada. Até querermos!

Dito assim, parece fácil, não?
Eu gosto da palavra LEVEZA. Tento não a esquecer, quando me inquietam dúvidas como as que aqui partilhaste hoje. :)

Lovely Rita disse...

Não tenho comentários sobre o texto. Nem sobre a foto. Não porque não tenha gostado, mas porque acho que nenhum comentário estaria à altura de um post tão bonito, tão intenso, que deu tanto gosto a ler. Já houve aí em cima quem dissesse que eram posts destes que faziam com que o alfaiate fosse um dos seus blogs favoritos, e eu subscrevo.

Nessuno disse...

Era o ensino pré-universitário e eu conhecia o famoso poema de Álvaro de Campos "Todas as cartas de amor são ridículas". desde aí houve várias alturas em que já me veio à cabeça. este dia é um pouco asfixiante nessa matéria, já que na verdade culpo por tê-las escrito, olhando para elas e lá está: ridículas. bem, muito se passou, embora não tenham sido muitas as mulheres especiais, sou um gajo de amores platónicos. mas agora cá estou eu, sozinho, a ler um blog depois de uma meia-noite de domingo! muitos dos poemas e canções que escrevi soam-me hoje assim, contudo uma maioria não. foram sentimentos intensos presos que necessitavam liberdade. intemporais, possíveis de ligar a quem quer que seja.
isto a liberdade condicional é lixada...é por isso que não desejaria que o agora fosse diferente só por estar sozinho. a verdade, essa, reflecte-se num simples facto: o conforto da incerteza e o tumor pulsante da possível solidão, que tornam vital esta inveja do compromisso.

Carolina Botelho disse...

adorei! como sepre a marcar pontos alfaiate :) é isto que todos nos amamos neste blogue e o que o faz ser mais e melhor que todos os outros!

Anónimo disse...

Óh Alfaiate,

Fartei-me da boémia, quero é constituir familía o mais urgentemente possível.

Obrigado pelo contributo!
Pitch

Anónimo disse...

Estou babada com este post...

Quão belas e doces palavras, quanta ternura e delicadeza!

Tocou meu coração.

Um beijo!

Marta Themudo Barata disse...

Essas palavras fazem-me sentir que me invadiram a mente e conseguiram escrever o que eu sinto e não consigo explicar...obrigada.
A vida é um combóio que corre numa linha sem paragens...podemos ficar a vê-lo passar, enterrados nos nossos problemas, pensamentos, mágoas e dor que achamos que nos vão derrubar de tão insuportáveis ou podemos correr.Correr com toda a força e esperança que restar dentro de nós, agarrarmo-nos ao pequeno "e se" que nos faz acordar todos os dias...podemos correr ou mesmo voar com a força de um sonho de que um dia também vamos encontrar essa tal felicidade que, todos os que nos rodeiam parecem conhecer. Não sei se faço sentido...pois já nada me faz sentido...à muito que comecei a correr.Não consigo respirar. Corro. O combóio parece-me cada vez mais longe e pergunto-me porquê...porque é que vejo todos em meu redor entrar nesse combóio, todos...com um brilho de felicidade que invejo mesmo sem querer...é egoísmo, mas deito a cabeça na almofada e pergunto-me porque é que A ou B têm direito. Imagino os defeitos de deles, critico-os, invejo, e acabo por chorar sem saber porquê...não lhes quero mal...quero que consigam alcançar a tal felicidade...adormeço-me sentindo-me pequena, perdida, sozinha...
sonho com o "e se ele existir?"
O combóio já vai longe e não espera por ninguém...estou cansada de tentar, já não tenho forças...fico no escuro e sonho com um alguém que me traga a tal felicidade...

disse...

Zé para mim é o melhor texto de sempre do Alfaiate. Tenho 30 e sinto tudo isto que descreves especialmente depois de uma noite de sábado de Lux. Disseste o que queria escrever. Obrigada por fazeres com que sinta que tudo o que sinto é normal!

Sofia disse...

Obrigada por este texto que reflete muitos dos pensamentos que imensas vezes me ocupão. Embora não esteja só, os 30 estão a chegar e o facto que por vezes não veja a vida e o futuro como a maior parte das pessoas faz com que ache que o Valentim é mesmo um gajo fodido.

Anónimo disse...

Simplesmente lindo .

Se todos tivessemos a coragem de exprimir palavras , sentimentos profundos e mais coragem para as sentirmos .,,,todos viveriamos muito mais preenchidos .

Parabnes !!

O Chapéu do Palhaço disse...

Olha amigo, eu acho que tu não és normal. Eu acho que tu foste bafejado por uma superior sensibilidade. Absolutamente rara. Que se liberta dessa tua alma inteligente através de uma escrita gráfica que surpreende a cada passo. Como se estivessemos a ver quadradinhos soltos que se unem no final como um todo pleno de sentido. A maior das tuas fotos fala sozinha. Mas mesmo na sua ausência, as tuas palavras evocam belissimas imagens que as complementam num prazeroso exercício de imaginação. Eu, como leitora, apenas te agradeço profundamente partilhares essa tua natureza singular com todas as pessoas que têm a sorte de a reconhecer.

Eu vou fazer 40 anos. Mas sinto que vou fazer p´rái...28. Porque a vida ainda está a começar em tantos aspectos...:)

Anónimo disse...

O texto que me faz chorar às 10h da matina !!!!!

Dream on girl disse...

Neste momento ainda permaneço de boca aberta...
Mas afinal, deves continuar solteiro porque queres ;) Pensei que já não existia homens deste género e eu que queria tanto um!!! Eheheh, parece que estou a pedir um chocolate!
Parabéns, fantástico o teu texto.

jane doe disse...

Perfeito...

CF disse...

E tu escreves bem como um raio. Foge... Que esperas pra procurares outros voos???

solta disse...

Vou até ali esconder um profundo suspiro ... Até já!

Unknown disse...

alô Alfaiate Lisboeta, hoje em vez de falares da roupa que nos veste a todos, resolveste tirar a roupa...sem preconceitos...dizer o que te vai na alma. Amei. Bj.Boa inspiração. Quanto à foto,... é uma ternura.

Juana disse...

Esta fotgrafia foi tirada em Gaia? Apesar do fundo desfocado, julgo ver o Porto na outra margem! Esta série no Porto correu-te bem alfaite! A história de Serralves está o máximo! Estive a ler a entrevista que o Nessuno te fez, acho que vais longe, pouco a pouco subindo com segurança um degrau de cada vez! Como já te disse os teus textos enriquecem as fotos, mas esta foto publicada num dia de namorados é inteligente. Sinto um certo carinho pelo casal, apesar de me aperceber que há qualquer coisa de solitário, estão juntos, mas sózinhos. Não é uma atitude contemplativa, a do casal! Parabéns!

Cátia Pereira Matos disse...

Divinal, tanto a foto como o texto. Para quando um livro?

Anónimo disse...

Incrivel este texto. Sempre gostei de vir a este blog por causa das fotografias e dos textos divertidos que as acompanham, mas hoje superaste tudo.

Obrigada por este blog, obrigada por este post.

Oásis disse...

Adorei!
Disseste o que muitos pensam mas melhor :)
Só não percebo porque as pessoas que mais reparam neste dia são as que não namoram. Não acho que isso seja bom. Este também é o Single's Appreciation Day, e esse é que devem valorizar.
Do mesmo modo que não percebo como os que namoram preferem estar solteiros ("Tu é que tens sorte, és solteiro!"_ o que quer esta frase dizer?).
Repito-me, eu sei, mas gostei do texto e da foto! Venho aqui todos os dias, embora raramente comente. Hoje teve de ser.:)

Vera Felicidade disse...

Parabens pelo texto e pelo Blog!

Anónimo disse...

Uma bela imagem e um ainda melhor texto.
Permite-me apenas que diga que o blog ganharia mais ainda com a escolha de outro modelo que te permitisse por as fotos maiores, o "minima stretch" por exemplo. Ficava em tudo igual, mas com a área de postagem maior.

Cumprimentos

Fabio disse...

sempre a espalahr charme..

O melhor post de chocolate do mundo! disse...

:)

Anónimo disse...

a verdade é que a razão e o amor não andam de mãos dadas nos dias de hoje.

Unknown disse...

Adoro os seus textos! Descobri-o ontem e não posso deixar de o ler agora todos os dias! LOL. E pode sempre pintar os cabelos brancos!

vanessa disse...

«Sei que as mulheres que nos amam não nos amam de maneira diferente, mas, como nunca se sabe, deixei-as de fora, falando apenas pelo meu género: a malta.

Minha amada querida. O meu pai, logo depois de se ter apaixonado pela minha mãe, disse-lhe, em pleno namoro (ela uma mulher inglesa casada, com uma filha pequena; ele um solteirão português): "Se soubesses quanto eu te amava; destruías-me já." E disse a verdade. Era tanto o amor e o ciúme que lhe tinha, que fez mal à mulher que amava, minha mãe, e mal ao homem que a amava; ele próprio; meu pai.

O amor é um castigo; é um desespero; é um medo. O amor vai contra todos os nossos instintos de sobrevivência. Instiga-nos a cometer loucuras. Instiga-nos a comprometermo-nos. Obriga-nos a cumprir promessas que não somos capazes de cumprir. Mas cumprimos.

Eu amo-te. E não me custa. É um acto de egoísmo. Mesmo que tu me odiasses mas te odiasses tanto a ti própria que não te importasses de ficar comigo, eu seria feliz e agradeceria a Deus a tua inconsciência; a tua generosidade; qualquer estupidez ou inteligência que te mantivesse perto de mim.

A sorte não é amar-te nem tu me amares. A sorte é ter-te ao pé de mim. Tu podes estar enganada. Deves estar enganada. Mas ninguém neste mundo, por pouco que me ame ou muito que te ame, está mais certa para mim.

Obrigado.»

Por Miguel Esteves Cardoso.

Lisboa na ponta dos dedos disse...

gostei tanto das palavras deste post do meu querido amigo, que respondo aqui: http://lisboanapontadosdedos.blogspot.com/2010/02/o-rei-vai-nu.html

kemo disse...

Caro Alfaiate,

Um texto que tem tanto de deslumbrante como de assustador.

Incrível na sua forma, avassalador no seu conteúdo.

Obrigado por constatares o que é óbvio, natural, mas por vezes tão dissimulado e rejeitado.

E obrigado por um blog que equilibra tão bem a superficialidade e quasi-futilidade da imagética com, por exemplo, um texto destes.

Abraço e vamo-nos vendo por aí!

Mariana disse...

Consegures expressar-te de uma forma espectacular, com imensa sensibilidade e sem mariquices!
:)
adorei o texto!

Mariana disse...

Consegures expressar-te de uma forma espectacular, com imensa sensibilidade e sem mariquices!
:)
adorei o texto!

Anónimo disse...

Nunca comento blogs...alias quase nunca vejo, este foi-me sugerido por uma amiga....é quase ridiculo fazer 1 comentario no meio de tantos sem dizer nada de especial...
Mas é arrepiante o quanto me identifico com este texto! Assim, do meio do nada, fora do meu mundo de relacionamentos...é reconfortante!
Obrigada

Manuela disse...

Este teu texto fez me lembrar tudo o quanto senti há cinco anos. Hoje, com 22 "meses de gente" a saltar-me para cima a cada instante e com o marido ao lado penso com alguma saudade nos meus tempos de solteira em que corria mundo, namorava com meia cidade e dançava pela noite fora. É sempre assim, ambicionamos sempre o que não temos.

Anónimo disse...

Texto muito bem escrito.

Mostraste-te e revelaste um Zé triste.

Acredito que não é fácil para ti encontrar a pessoa ideal, nem será fácil ser a namorada do Zé.

Tocaste na ferida aberta de muitos 30 que estão solteiros e veem os amigos a casar e a construir família.

Helena disse...

Caramba... adorei este texto!
Obrigada!

Afonso disse...

Sem duvida o melhor post de sempre!!
O Alfaiate conseguiu descrever a confusão de sentimentos e incertezas, que muitos de nós na casa dos trinta sentem.
A verdade é que ainda hoje não sei se prefiro ter namorada ou ter vida de solteiro...
Já devem ter reparado mas o Alfaiate escreve MUITO, mesmo MUITO BEM. De certeza que não vai ficar por aqui...
Afonso T.

Merenwen disse...

Depois de todos estes comentários o que tenho para dizer é absolutamente redundante, mas não pode deixar de ser dito como elogio ao que escreveste, que é das coisas mais tocantes que li nos últimos tempos num blog. Essa divisão de que falas, entre a vida de solteiro e o termos alguém a quem dar explicações e a quem ligar a nossa vida, é tão presente, seja em solteiros ou namorados/casados. E tu traduziste-o em palavras muito bem. Parabéns! Vou roubar o link para colocar no meu blog, devidamente assinalado. Um texto assim merece ser lido!

Anónimo disse...

Há tempos, fiz uma promessa a mim mesma - a próxima pessoa com a qual me envolvesse teria que me virar as hormonas do avesso. Só e apenas isso. As hormonas. Tive azar, aos 25 anos já deveria saber que as promessas foram feitas para não serem cumpridas… Obrigada pelo texto e pela verdade (crua) que ele encerra. Gosto pouco de ilusões mal curadas. Era isto que faltava para me sentir livre, de novo. Aliviada.

Até ao próximo,
S.

MG disse...

Fiquei de queixo caído... Adorei!

JB disse...

Muito Bom!! Parabens Alfaite! =)

Brown and Cappuccino disse...

simplesmente... ADOREI

brownandcappuccino.blogspot.com

JVC disse...

É giro ver que quando tinha namorada o que mais queria era ser solteiro, e agora que sou solteiro o que mais quero é voltar a ter namorada!! O Valentim é meeeeesmo tramado! Wonderful Story Lisbon Tailor

António Prates disse...

Uma dissertação pura, inteligente e sensata - Inspiradora.

Grande texto… Parabéns!

mag disse...

Eu diria que NÓS somos f***.
Pior que não saber como se quer estar no dia 14, é não nos conseguirmos entregar a ninguém. Sermos um Salvatore, que amou desesperadamente uma Elena que desapareceu demasiado cedo.

As 1001 escolhas não são uma pressão, são um labirinto. Alguns conseguem encontrar o caminho certo à primeira, outros demoram imenso tempo. O segredo está em não desistir, todos chegamos lá.

Anónimo disse...

estarmos sós é contra-natura, daí que o apelo do amor seja tão forte. nós os que estamos e somos,por opção ou contigências da vida, sós, nós os que já viram os 20 darem a mão aos 30 e os 30 aos 40,olhamos para o momento de ontem, em que se disse a um márcio: foi tão bom!no momento em que um nosso corpo que já viu dar todas aquelas mãos, aí, nesse momento, achamos que o amor é lá... o amor nunca é além!

não deixes os teus textos!

Catarina Cruz disse...

Corro o risco de soar mal, mas dias como esse só valem a pena pelos pensamentos que são escritos com tamanha verdade e sentimento.

angie disse...

Parabéns pelo fantástico texto.
Ainda me faltam 4 para chegar aos 30, mas posso dizer que tive a sorte de encontrar alguém ao lado de quem quero estar muito para além dos 30.

Vandinha Chibeles disse...

Alfaite!!

Acabei de chegar de Viagem e não resisti a ler uma vez mais este texto!!
Após todos estes comentários,que quase disseram tudo, acho no meu entender muito pouco posso acrescentar!!
Apenas que Adorei e reflecte a verdadeira visão do que se passa na nossa sociedade!!

Mesmo assim, como Positiva que sou Acredito....que está sempre reservado algo de bom para NÓS!
Independentemente de já termos vivido algo menos bom;
Afinal é por isso que todos nós alimentamos ALGO..o de Ser Feliz!!

Estamos perante Alguém sem sombra de dúvidas snsível e que escreve numa Sintonima perfeita!!

Continue a escrever da forma como o faz e a apresentar nos fotos como até agora tem feito;
No entanto não posso deixar de dizer..simmmm prefiros os textos.

Parabéns!

Vandinha Chibeles disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Simplesmente fabuloso

Anónimo disse...

Muito bem, Zé... E bem a propósito, esta é uma mensagem que alguns dos amigos (incluindo eu...) precisam de ouvir:) Fico muito feliz pelo sucesso do blogue, que só pode continuar a crescer! Abraço André B

Destination disse...

Partilho as inquietudes dos trinta, mas por enquanto ainda troco a satisfação de ter de combinar os planos pela liberdade de poder decidir em cima da hora... provavelmente daqui a uns anos já não terei as mesmas dúvidas para responder: "mais vale sós que remediadamente acompanhados?"
Parabéns pelo blog!

João Marques disse...

Zé.. desbloqueia o post da tontinha pirosa.. mas que coisa é esta? Nem pareces tu :( João

Anónimo disse...

Parece-me que é altura de uma outra perspectiva! O texto não toca toda a gente. Não toca quem não tem 30 anos, nem está lá perto, nem por sombras aqueles que querem mais do que um relato de um homem solteiro cheio de pseudo dúvidas. Quem já teve a oportunidade de travar um conhecimento mais intímo contigo não percebe onde é que está este Alfaiate tão idílico... Talvez seja um erro, mas não me parece que este texto seja realmente tão perturbante para as mentes dos seus leitores que deixe toda a gente a suspirar/chorar/reflectir.
Os floreados não ajudam as pessoas apenas as enganam, por isso partilha antes connosco aquilo que dizes que não se deve expor num blog.

Ter alguém pode não ser tão excitante à partida como uma noite de sexo sem compromisso, mas acreditem que tem alguns encantos senão não andava toda a gente a roer-se pela exclusividade. Resumindo, parece que o Alfaiate tem algo muito mal resolvido! Isabella Saraiva

Estranha pessoa esta disse...

Confere.












............
A porra é que confere!
Fodasse.

mulher de gengibre disse...

Agrada-me a emoção da tua escrita, do sentido, aqui tudo faz sentido...

Ana disse...

Doces invasões da alma

Pipoca dos Saltos Altos disse...

Estou completamente rendida...

wine, wine and more wine.. disse...

What can I say that has not yet been said... Amazing!!! Keep writing...

Hey Sunshine * photography disse...

Não sei se ganha assim com tanta facilidade, mas acho que sim. :)
Muito obrigado pelo seu comentário.

Sara disse...

Já não sei o que é ser solteira. Parece-me uma eternidade. Não festejo o dia de s. valentim, porque para mim há dias mais significativos. Mas relaciono-me com este post porque já estive (quem não esteve?!) nessa situação. Gosto muito da tua forma de escrever. Definitivamente é um post bonito. Obrigada.

Anónimo disse...

Sem dúvidas o texto calimero mais calimero de 2010! Papaste alguma ao menos? Bjs A

Rosarinho disse...

Ser espectador da vida é tramado, querido Alfaiate.
Mesmo quando se mascara a situação com pipocas ou outra insignificância qualquer.

Anónimo disse...

Admiro-te não só por aquilo que consegues transmitir através das tuas fotografias, mas também pela forma como escreves... fenomenal...

Rapunzel disse...

Subscrevo tudo o que sentes (invertendo os sexos...).
Cada vez que te leio acho sempre que o post que estou a ler na altura é melhor que o anterior...mas este... speechless...

Bjs

Anónimo disse...

Nos 30's...e percebo perfeitamente o conteúdo deste texto, assim como passar por todo este percurso, tendo mesmo visto esse magnifico filme "Cinema Paraiso", uma semana antes de tudo ter terminado...

(...in Cinema Paraiso)

... Tótó volta a cidade, para ver partir Alfredo, vê as cenas cortadas...e volta a sua actual cidade....

Voltar ao local onde vivi, até ter casado, sentir...que aqui estão os meus amigos, as minhas raizes ....mas já não é aqui que quero estar...já não existe identificação. Quero voltar ao local que me fez crescer...que por força do destino fui obrigado a abandonar.

Ganho forças, junto daqueles que mais prezo, mas em breve quero partir...e procurar a minha felicidade.

Deixo um grande abraço para todos aqueles que por aqui vão passando e o desejo de muitas felicidades.

Gema disse...

Agora é que me tramaste, porque acabei de me apaixonar por ti. Não é estranho que ande tanta gente a pensar e a sentir o mesmo e que essas pessoas não se encontrem? Será culpa da química, esse conceito abstracto mas capaz de arruinar qualquer possibilidade de relacionamento? Não sei. Mas de uma coisa tenho a certeza: estou farta de ferver água todas as noites para dentro de um saquinho de água quente.

Anónimo disse...

"...o Valentim é um gajo fodido."
...e não há nada como desafiá-lo!

Álvaro disse...

gostei muito!
Parabéns!

J. disse...

Oh homem, eu compreendo que tenha dificuldade em arranjar companhia. A exigência visual é muita e o Alfaiate Lisboeta, realmente, não é grande espingarda. Sabemos que à beleza e boa figura nada deve. Porém tenho uma boa alma e coração grande. Conte comigo que lhe resolvo a situação.

+351 90 753 74 67

E. disse...

Alfaiate, casa comigo! (:

Emma

eu... disse...

Óptimo texto, parabéns.

Anónimo disse...

hello! ca estou! mto bom! adorei!
bjs
cat

Isabel I disse...

Tão longe dos 30! Acredita que nunca festejei o dia de S. Valentim? Não vivi quase nada do que descreve, com 30 anos já tinha 2 filhos, um trabalho, contas para pagar.Hoje sento-me no alto das muralhas de Marvão a ver a paisagem, enquanto os meus netos brincam no balçoiço e o meu cão corre por ali. Foi tudo idilíco? Não. Mas tudo tem valido a pena e não troco os meus 50 por nenhuns 30.

Anónimo disse...

Obrigada Alfaiate :)

PO

Dulce disse...

Quão surpreendente é ver que um texto cerzido com um material hoje tão banal - o Amor - se revela tão elegante, mercê das linhas e agulhas com que só um bom Alfaiate sabe trabalhar...

PS - Li a entrevista na Parq e, mais uma vez, o teu «despretensiosismo» e o teu dom para a palavra (escrita e falada) vieram à tona. Tu não mudas (e ainda bem)! :)

Anónimo disse...

A Isabel faz tanto parte deste blog como o alfaiate! Adoro os seus comentários e este em especial! Beijinhos El gonga!

Anónimo disse...

"o amor é fodido" e "o valentim é um gajo tramado", essas grandes frases.

este texto chegou em muito boa hora.

obrigada alfaiate.

ana

Isabel I disse...

Obrigada El Gonga, fiquei muito feliz e vaidosa com o seu comentário. Um beijo também para si

Suzy Harlot disse...

AMEI...

A. disse...

Estás a ficar cada vez melhor... e o "relógio biológico" fica sempre tão mais giro nos homens do que nas mulheres... :)

Abraço gigante de Valentim :)
AC

Anónimo disse...

Foi tão bom Zé!

Adorei...depois da festa de carnaval no pestana palace e de me divertir com o anonimato que uma máscara nos pode dar, fiquei triste por não ser reconhecida por alguém de quem tanto gosto!

Após umas palavras trocadas, uma voz não reconhecida, lá consegui tornar-me menos anónima a quem me pareceu digno de tal.

E a tua expressão deixou-me com vontade de vir ler o que tinhas escrito sobre o suposto dia dos afectos!

E por este texto e por tudo o resto,

Foi tão bom Zé!!

I Saw Jesus in a Toast disse...

Este texto é difícil de digerir, sabe-me a "Feijoada de Almoço de Domingo na Casa dos Pais". No entanto, apesar de pesado, tenho de tirar o chapéu. Muito bom... tramado mas bom.

Celina disse...

Simplesmente...obrigada...

Sofia disse...

É só mais um comentário no meio de tantos... mas pela segunda vez fizeste-me largar uma lágrima ou outra com este texto.

FATIMA disse...

JÁ PASSEI POR UMA ALTURA EM QUE PENSAVA ASSIM ACHAVA QUE ´~AO PODIAER AMARRAS QUERIA SER TÃO LIVRE COMO O VENTO MAS DE REPENTE QUANDO DEIXEI DE PENSAR FIQUEI SEM ESTAR Á DEFESA E FOI APANHADA DE SURPRESA QUE DURA ATÉ HOJE E JÁ LÁ VÃO 26 ANOS COM 3 LINDAS FILHAS MINHAS ETERNAS BÉBÉS...DIXE A PORTA ABERTA SÓ PARA VER O QUE ACONTECE ,BAIXE A GUARDA AS ROTINAS TEM O SEU ENCANTO!ENTÃO OUVIR O PRIMEIRO CHORO DE UM FILHO ATÉ HOJE NUNCA OUVI NADA TÃO LINDO!

I disse...

Amei, amei, amei ler-te. Por maior que este fosse... admito que nao gosto de ler e que me assustou o seu tamanho, mas quanto mais te lia, mais te queria ler, e mais sorria e mais recordava, e mais me fazia pensar. Adorei!
Acho que deixaste muito de ti neste texto... isso é bonito. Continua como és.

Miss Kin disse...

É bom ler-te. Consegues fazer-me sentir o que sentiste quando escreveste (acho).

(Essas festas de solteiros metem-me medo! Todos parecem predadores, no me gusta.)

g. disse...

Poucas vezes passei por aqui. Hoje passei por acaso e... belíssimo texto este, não podia deixar de dizer. Continua. :)

Anónimo disse...

e está tudo dito. mais uma vez estas palavras fazem eco no meu fim de tarde. gostei muito, M.

Anónimo disse...

Depois de ler isto a primeira coisa que me ocorreu foi pedir-te em casamento, mas pelos vistos alguém se adiantou...

Mesmo assim: casa comigo se fazes o favor! Siiiiiiiiiiiiiiiiiiiim? ;D

Ai. . .


Rita

Cátia disse...

Muito muito bom! O dilema..A Liberdade ou o Amor? Todos os livres e "loucos" dos 30 entenderão este texto.. q é simplesmente genial.. como outros que já li aqui. Obrigada. Pela clareza e pela simplicidade, sempre.

beijinho,

Catia.

Madame Frufru disse...

Texto fantástico. Vou recomendar a toda a gente.

CATARINA disse...

Algo me diz que a Isabella está com problemas...HAHAHA Izy,é ridiculo vires armar-te em juiza para um blog público!Por mais razão que tenhas (que eu não faço a mínima ideia se a tens ou não,sou uma total desconhecida,ATENÇÂO!) se as pessoas vêm aqui é pk gostam do que o alfaiate escreve,logo gostam DO alfaiate, e tu mantens-te "sogadita" no teu canto,percebes??

Ah...e alfaiate...se és o da foto com a samarra, com akele look e este jeito para falar...no próximo Valentim tens um anel no dedo!;D

FELICIDADES!*

CATARINA disse...

Algo me diz que a Isabella está com problemas...HAHAHA Izy,é ridiculo vires armar-te em juiza para um blog público!Por mais razão que tenhas (que eu não faço a mínima ideia se a tens ou não,sou uma total desconhecida,ATENÇÂO!) se as pessoas vêm aqui é pk gostam do que o alfaiate escreve,logo gostam DO alfaiate, e tu mantens-te "sogadita" no teu canto,percebes??

Ah...e alfaiate...se és o da foto com a samarra, com akele look e este jeito para falar...no próximo Valentim tens um anel no dedo!;D

FELICIDADES!*

CATARINA disse...

Algo me diz que a Isabella está com problemas...HAHAHA Izy,é ridiculo vires armar-te em juiza para um blog público!Por mais razão que tenhas (que eu não faço a mínima ideia se a tens ou não,sou uma total desconhecida,ATENÇÂO!) se as pessoas vêm aqui é pk gostam do que o alfaiate escreve,logo gostam DO alfaiate, e tu mantens-te "sogadita" no teu canto,percebes??

Ah...e alfaiate...se és o da foto com a samarra, com akele look e este jeito para falar...no próximo Valentim tens um anel no dedo!;D

FELICIDADES!*

Rah disse...

Perfeito! Texto vívido e poderoso...

Adorei, mesmo!

Rah disse...

Perfeito! Texto vívido e poderoso...

Adorei, mesmo!

Ana Rita disse...

Amei!
Obrigada Zé! :)

Joana Paraizo disse...

Por favor, considera escrever um livro, um dia. Este texto assim como outros tantos que tenho o prazer de ler neste blog quando o visito, são brilhantes. Simplesmente brilhantes!
Joana

Joana Paraizo disse...

Por favor, considera escrever um livro, um dia. Este texto assim como outros tantos que tenho o prazer de ler neste blog quando o visito, são brilhantes. Simplesmente brilhantes!
Joana

Lisa disse...

Simplesmente brilhante... obrigada por esta visão "do outro lado". Agradece alguém que estava mesmo a precisar de saber que também vocês sonham e se apaixonam profundamente... :)

Sónia disse...

Genial, adorei a descrição do buffet de Serralves...(normalmente comento no flickr...as fotos)talvez seja ousadia, mas gostaria de sugerir uma banda sonora: Rosa do Rodrigo Leão...
http://www.youtube.com/watch?v=0pTgNj7IN80&feature=PlayList&p=050BB639E9E7F9A8&index=0&playnext=1

Emma Bovary disse...

Toda a gente quer o mesmo... Deus, eu só espero chegar à tua idade com a mesma leveza porque eu tenho 23 e ando esmurrada da vida com o facto de não conseguir encontrar alguém especial...

Inês Almeida disse...

É revigorante ver que os homens também sentem necessidade de ''algo mais''. Eu posso não desgostar da vida de solteira, mas trocava os seus benefícios todos pelo prazer de amar alguém e ser correspondida. É claro que esta data também me põe a pensar (ainda) mais nisso, mas depressa substituo esse sentimento nostálgico/depressivo por uma profunda aversão a todos os coraçõezinhos e afins que pairam por tudo quanto é loja. De qualquer forma, eu quero acreditar que o amor entrará na minha vida, discretamente, um dia destes. Quer dizer, discretamente não sei, já que eu sou mulher de paixões assolapadas! ahah E contigo será o mesmo. O teu blog é fantástico, já o disse anteriormente. Mais que pela moda, visito-o pelos teus textos.

Anónimo disse...

Viva...
Tenho 33 anos e o amor da minha vida é, de facto, a minha filha com praticamente 8 anos feitos. Não há amor mais forte que o do nosso próprio sangue, pois dura a vida inteira.
No entanto, e descendências à parte, foi no companheirismo e na cumplicidade com uma mulher que encontrei a outra forma de exprimir o amor, a paixão e o fervor que se partilha entre duas pessoas. Por vezes é de duração limitada – é verdade – pois nos últimos 16 anos tive essa entrega com 3 pessoas. Muito embora, como na foto, quero chegar a velho com alguém ao meu lado. Creio ser um pensamento universal?!
A questão é, porque raio haveremos de procurar sempre pessoas diferentes para cada coisa que queremos? O Segredo é, inconscientemente (claro), “apanhar” alguém que seja amigo, amante, companheiro e tudo o mais que possa existir numa relação – E também devolver o que se pede, pois é importante coexistir. É assim, garantido, sexo excelente, conversas com entusiasmo, noitadas em conjunto, dias pacatos e tudo o mais que se pode ter com alguém.
É claro que as novas tendências “oferecidas” pela rede só nos fazem mergulhar num vazio ainda maior e afastarmo-nos do objectivo principal: conhecer, MESMO, as pessoas.
Receitas à parte, podemos ter de tudo um pouco e, se usarmos o bom senso, viveremos com alguém que amamos, faremos família e teremos tempo para amigos, trabalho, estudos, lazer…e também solidão (mesmo que por espaços de tempo pequenos, também nos faz falta).
Sempre tive uma vida preenchida sem necessidade de abdicar do estatuto de "bon vivant" por causa de alguém. Bastou-me para isso fazer uso do bom senso e, claro, encontrei a mulher ideal, ou seja, alguém que me aceitou como eu sou – com defeitos e tudo.

Anónimo disse...

vivemos realmente no auge da era do vazio, tantos comentarios favoraveis merece um texto tao superficial.
ó alfaiate, normalmente a mae n é chamada para estes assuntos, e já agora tb n acrescentou nada á minha felicidade saber q ela( a moçoila)gostou muito..é por esta "mediania mediocre" q o Avatar teve tanto sucesso..adoro as fotografias.

Anónimo disse...

Belo texto..
Diz-me muito, será por ter feito 40 anos nesse mesmo dia? E ainda anteontem tinha 30 anos e estava a pensar em casar outra vez..lol
Pensemos assim.. quando és comprometido, pensas na liberdade.. quando tens liberdade pensas em compromisso. Nunca estás bem. Que preferes? Liberdade mas solidão? O vazio da manhã seguinte? Ou compromisso com partilha e mais uns desdentados fabulosos? A partir dos 30, mais coisa, menos coisa, a opção torna-se óbvia para a maior parte das pessoas.
Aliás, e sem me querer tornar filosófico, qual é o objectivo final na vida de um homem? Para quê que andamos por cá?
Para mim a resposta é simples:
Ser Pai :)

Apesar de assinar sempre os meus comentários na blogosfera, este mais pessoal leva só um..
A.

PS: Perdoa-me o paternalismo ou chama-lhe tipo alguma arrogância (pois que não me conheces!), mas fica a dica, amor de paixão só existe uma em cada dez vezes. Se te incluis nos nove, a caracteristica mais importante é muita amizade (e se ela for gira melhor!)
PS2: Morte ao dia de São Valentim!!

Teya disse...

Obrigada!

Lou Salomé disse...

Esse local que tão bem conheço abraça plenamente a nostalgia do texto!
Nele, leio a saudade de alguém que foi; o desprezo pela futilidade de muitos momentos das nossas vidas, mas que são absolutamente necessários, porque a vida não é pautada por "preciosidades" a tempo inteiro; a nostalgia de se assumir quase como condição, aquela que é apenas uma opção temporária de vida.
Também vivo sozinha, vejo os amigos casarem, terem filhos, já quase me esqueci daquela sensação de estar apaixonada e não cheguei sequer aos 30 :-) mas assumo que se as minhas viagens só são planeadas por mim, é porque a pessoa capaz de me fazer alterar todos os planos e o curso da história, ainda não se cruzou no meu caminho (ou não se fez notar).
É uma opção estar só, não me custa morar e viajar sozinha, porque não me sinto só, sou rodeada de pessoas especiais, a que chamo Amigos, fico feliz com a felicidade deles e sorrio para a vida, assim como te vi a ti sorrir aqui no Porto, porque um dia, também como tu, irei preencher esse espaço em branco.
A verdade é que as coisas fáceis, não têm o mesmo sabor :)

P.S. - comentário tardio, mas só hoje li este texto.

Bombokinha disse...

É sempre um bom texto para reler, especialmente neste dia. :)

PO disse...

Pois eu entendo a questão do Zé, mas o curioso é ver quanto a trama se adensa com o passar dos 30.

Passei já o equador da trintena e só agora me dei conta do que queria realmente na minha cara metade, porque até aí bastava-me saber o que não queria desta e daquela, e da outra...

Geralmente ficamo-nos pela banalidade dos clichés como o daquele que diz que só queremos o que não temos. É verdade, mas não será pior ter e deixar de aproveitar porque temos medo de nos magoar...

Zé volta aos comentários porque nos últimos tempos não têm aparecido.

Abraço

PO