sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Carne da minha carne sangue do meu sangue

186 - Carne da minha carne sangue do meu sangue

A canadiana que a avó lhe deu. Era essa a desculpa. Não fosse essa seria outra qualquer. Desde que comecei o Alfaiate que andava com ganas de a fotografar. Mas como o entusiasmo parecia estar todo do meu lado não insisti muito. Chamei-a de longe. Ela olhou e eu disparei. Acho que não gostou muito de se ver. Azar, essa preocupação tenho-a com os outros. A ela compenso-a doutra forma. A fotografia vinca-lhe o ar de miúda, exibe-a precisamente da forma que a vejo e, como é tradição nestas coisas, da forma como provavelmente a vou ver sempre. A diferença de idades foi suficiente para que, muito naturalmente, o sentimento fraterno tenha dado lugar a um paternalismo morno que se foi contorcendo sempre para se exprimir de forma saudável e civilizada. Acho que não me saí mal até agora, brindei sempre com sorrisos afáveis os seus amigos rapazes.

 

Acho que começou tudo com as fraldas. Tinha oito anos quando lhas mudei pela primeira vez. Foi assim que encarei uma dura realidade que não queria reconhecer – as mulheres também cagam e as mais bonitas não são excepção. Alguma coisa haveriam elas de ir fazer à casa de banho mas no que a isso diz respeito, sempre achei que a aplicabilidade da dúvida metódica do Descartes era de todo conveniente. Não vejo nem cheiro, porque raio hei-de ter de acreditar? (não caralho, não vos estou a tentar convencer de que lia Descartes com oito anos, estava apenas a tentar ser engraçado)

 

Tenho um lado da família mais unido, outro menos. Há familiares dos quais gosto mais, outros com quem nem sequer simpatizo. Nunca dei grande importância aos laços de sangue, não os escolhi e nem sempre me esforço por gramá-los. Com ela é diferente. Enfim…suponho que com ela seja tudo diferente. Nunca fui pai e não me parece que esse dia esteja para perto mas desde que ela nasceu que lhe sinto o cheiro. É carne da minha carne e sangue do meu sangue. E quando recorro àquele exercício infantil de tentar perceber o quanto se gosta do que quer que seja através daquilo que se está disposto a fazer por o que quer que fosse, dou por mim a pensar no motivo pelo qual seria capaz de matar e, ocorre-me um de imediato - ela.

 

Às vezes vivemos com as pessoas mas não as conhecemos a fundo. Aposto que metade dos nossos problemas relacionais vêm daí. É a atenção. (e o toque, não sentem falta do toque? foda-se, não menosprezem nunca a importância do toque) A atenção que damos aos outros. Ou a falta dela. E eu, mesmo amando-a da forma que amo, devo ter-lhe perdido algures o rasto da atenção (o toque nunca, afagá-la foi sempre o meu desporto favorito). Só o posso ter perdido porque houve um dia que uma circunstância inusitada nos deixou sós num final de tarde de praia. (podemos até lá passar o dia inteiro mas os melhores momentos hão-de suceder-se sempre ao final do dia, não é?) E falámos. Sobre o amor, a vida, os sentimentos, os pais, tragédias familiares e outras coisas mais. E nesse dia juro-vos, senti uma coisa no peito. Não é nenhum daqueles recursos estilísticos apaneleirados. Senti mesmo. A minha irmã, com quem partilhei o beliche onde ainda durmo; a minha irmã, que se mudou para um quarto onde nunca entrei sem bater; a minha irmã, que me deixou com náuseas quando me comunicaram a sua primeira menstruação; a minha irmã tinha-se tornado numa mulher deliciosa. Ouvia-a falar do pai, da mãe, do pai com a mãe, da mãe com o pai, da avó, da filha que não fala à avó, do avô que nunca conhecemos, do acidente, das tias, da morte das tias, de amor, de pequenas sensibilidades e de todas essas merdas que nos causam apertos no peito. Ouvi e emocionei-me. É verdade, sou um bocado maricóide nestas merdas mas não tenho por hábito andar por aí a choramingar. Mas naquele dia não aguentei. Não dava para aguentar. Ela viu as lágrimas e passou-me a mão - a palma, não as costas - pela cara, cerrando-me os olhos com a ponta dos dedos como se, naquele momento, fosse ela quem protegesse e tomasse conta do seu irmão vulnerável, oito anos mais velho.

 

A canadiana que a avó lhe deu. Era essa a desculpa. Não fosse essa seria outra qualquer. Porque eu não preciso de desculpas para falar da minha irmã. Por algum motivo é a primeira vez que me emociono a escrever um post. Por algum motivo, antes mesmo de me sentar aqui, já sabia que isto ia acabar assim. Esta merda não se explica. Nem tem que se explicar. É mesmo assim. E juro-vos, eu já sabia. Já sabia que ia acabar assim


141 comentários:

JD disse...

Juro que me perguntei quem seria esta rapariga que tinhas fotografado...é a tua irma!
Grande fotografia Ze
abraço e bom natal

Zé disse...

Uau. Que texto perfeito. Parabéns.
(o 'apaneleirado' é que era um bocado escusado...)

Alex disse...

Adorei o texto...
Feiz Natal

Rui Quinta disse...

Grandes.

CF disse...

Lindo texto. E linda fraternidade.

Anónimo disse...

Porque adoro a Maria, porque vivi o acidente com ela e porque já acompanhava o alfaiate secretamente, aqui fica o meu primeiro post de Parabéns a ti, Zé, de quem ouço tanto. O Blogue? Fabuloso

Unknown disse...

Feliz Natal a um par de manos bem castiços. Texto singular de uma vivência só vossa mas que conseguiste transmitir (quase) por inteiro. Um abraço aos dois.

Midnight Sun disse...

Não se explica mesmo. É impossível. Mas quem tem irmãos (e a relação é boa) entende.

Anónimo disse...

Lindo o texto. Linda a fotografia, mas mais linda ainda a sua irmã!

Inês e Mafalda disse...

Simplesmente delicioso este texto...e a foto complementa-o.

Parabéns. bjs

stiletto disse...

A fotografia é muito boa, tem movimento, parece que a tua irmã vai sair da imagem, gostei muito. E o texto é maravilhoso, esse é um tipo de amor que não conheço já que sou filha única mas fiquei emocionada na mesma. Esta foi uma das melhores prendas que lhe deste, de certeza. Feliz Natal.

Anónimo disse...

Um texto com tomates. Também tenho uma irmã e não foge muito longe do que descreves.
Gostei.

David Pinto disse...

Lindo.

Anónimo disse...

Es precioso el post y precioso el detalle de la mano en tu cara, en la playa.


Quiero más post de estos, por favor.


felices fiestas!

Anónimo disse...

cairam-me lágrimas...eu nao previa isto...nao sabia q ia acabar assim.

Beijo
V.

AnA disse...

Uau... este alfaiate eu ainda não conhecia! Sim a isto se chama Amor!
Feliz Natal.

Vespinha disse...

Como entendo essa sensação de protecção da tua irmã... O meu irmão, também 8 anos mais novo do que eu, é a única pessoa por quem seria capaz de matar e de dar a minha própria vida. O mal dele é o meu mal, o bem dele é o meu bem...

Anónimo disse...

há um ano que acompanho o seu blog mas é a primeira vez que escrevo - obrigado por um excelente blog, fotos fantásticas e por este texto maravilhoso...parabéns sr. alfaiate e votos de um feliz natal!

p.s: a mana é uma sortuda por ter alguém que goste tanto dela desta forma tão bonita

Anónimo disse...

Percebo.

No dia que a minha irmã me deu um sobrinho fiquei numa confusão de sentimentos que foi desde a felicidade até ao pãnico: Oh, não! Mais um amor incontrolável na minha vida. Mais uma obsessão, mais um medo que paira de o ver sofrer.

Mas os meus amores são a razão do meu respirar.

Feliz Natal

Juana disse...

Caramba alfaite, gostei mesmo, afinal és um homem para além de um olho de vidro de uma máquina fotográfica!Continuo a seguir-te como sempre e ainda bem que de vez em quando nos reservas estas surpresas, parabéns!

LittleBunny disse...

Sinto-me perfeitamente capaz de escrever um texto como este.Não porque sou convencida e ache que escrevo tão bem como tu...nem porque te invejo...mas porque tenho dois irmãos mais velhos e sinto por eles o mesmo que a tua irmã sente com certeza por ti (e tu por ela).Esse sentimento de saber que serias capaz de qualquer coisa por ela, mas nem sempre a VERES...
Feliz Natal para ti e para a tua irmã (que é linda)=)

Girl disse...

Eu também tenho uma foto vestida de canadiana com o meu irmão na praia. Sei do que é que estás a falar...

Girl disse...

... Também 8 anos nos separa e o amor nos une.

Anónimo disse...

Amei... Depois dum Natal um tanto quanto descaracterizado e sem aqueles que tanto me dizem, vicissitudes do casamento e do ano cá, ano lá...veio-me a lagriminha ao olho. Feliz Natal. Ana.

S* disse...

Tendo eu uma irmã - ainda por cima gémea - entendo perfeitamente o texto. Lindo. ;)

Anónimo disse...

Este é o Zé que conheço. Sensível sim mas também a maior besta que conheço. Metade das minhas amigas suspiram por ele. A irmã que me perdoe, a mãe a namorada mas eu também. Pessoalmente até me esqueço que é bonito. Feliz Natal Zé. Se te vir hoje à noite vou ter que me esforçar para não te dizer que fui eu que escrevi isto

Cachecol do Pintor disse...

um texto escrito com uma sensibilidade inteligente. é um tipo de amor que nunca vou conhecer pois sou filho unico. mas a questão do "toque"....a importância do "toque". É verdade.

Constança Vasconcelos disse...

é simplesmente o melhor texto de SEMPRE. amei, tambem tenho um irmão e sei bem do que falas. parabéns, por tudo. Merry Christmas

Deb disse...

Este texto tem (muita) alma. Tal como a foto.
Também tem carne e tem sangue, mas tem sobretudo alma.

mary jane disse...

Linda a tua irmã.
Lindo o teu post.
Lindo o teu sentimento.


** :)

(tb me emocionei...)

Anónimo disse...

Queria escrever um comentário e nem consigo. Este texto bateu-me de uma forma... tenho um irmão nove anos mais velho, as palavras que li são-me tão familiares. Estou para aqui a lutar com as palavras para tentar escrever um comentário decente mas não dá. Desnudas-te na escrita de uma forma que, para além de bonita é, no mínimo, muito corajosa. Olha, é mesmo bom tropeçar em textos (pessoas) deste nível.

oLHO DE lINCE

Anónimo disse...

Queria escrever um comentário e nem consigo. Este texto bateu-me de uma forma... tenho um irmão nove anos mais velho, as palavras que li são-me tão familiares. Estou para aqui a lutar com as palavras para tentar escrever um comentário decente mas não dá. Desnudas-te na escrita de uma forma que, para além de bonita é, no mínimo, muito corajosa. Olha, é mesmo bom tropeçar em textos (pessoas) deste nível.

oLHO DE lINCE

Lovely Rita disse...

Eu disse que ia ignorar os problemas do meu browser para comentar aqui, e cumpri. Já disse no facebook que são precisamente textos e fotos como este que marcam a diferença entre o Alfaiate e "o resto", mas não é demais referir. Eu não sou uma pessoa que se emocione facilmente, portanto sei que quando me emciono é porque estou perante uma coisa mesmo muito má ou mesmo muito boa. Neste caso, não tenho quaisquer dúvidas de que é a segunda hipótese.
Feliz Natal.

Anónimo disse...

Delicioso...
Parabéns, Zé!
IB

Anónimo disse...

Gostei muito do que li e admirei imenso esse sentimento. Fiquei ainda mais contente quando vi nos comentários tantas pessoas a falarem desse mesmo sentimento pelo(a) irmão(a). No entanto, é com muita pena minha que digo que infelizmente nem sempre é assim. Nem sempre temos irmãos mais velhos que nos queiram proteger, que queiram ser irmãos. Por vezes como ligação temos apenas o sangue, e encontramos nos amigos alguém com maior carinho, respeito, interesse por nós.
Quando dizem que não escolhemos a família mas sim os amigos fico um pouco triste por concordar. No entanto, fico muito feliz quando vejo relações saudáveis como a tua.
Beijinhos

Sant'Iago disse...

cum caneco.. tem o charme da Luana (e não é a Piovanni)

R disse...

Olá Sr. Alfaiate,

Gostei muito da tua irmã, que é linda e dos sentimentos que descreves tão bem pela mesma.

Feliz Ano de 2010

Anónimo disse...

Acho que nem sequer pestanejei ao ler isto.

A ligação desta fotografia com este texto vem provar que isto de se dizer que nada é perfeito é uma grande treta.



L.

Inês Tomé disse...

Por acaso, cliquei no link da página do FB e aqui vim parar... uma surpresa...

Um texto fantástico, de uma sensibilidade ousada...

Aqui se prova que o sentimento tem a capacidade de nos levar mais longe...

Parabéns:)

IT*

ela disse...

speechless.

:)

ines disse...

acho que soube do teu blog atraves do facebook. ate ja tinha passado uma vista de olhos...mas hoje, depois deste post, li-o de fio a pavio, e vou voltar!.

adorei passear contigo pelas ruas, e inspirar-me com as cores.

:)
bj

Filipa disse...

A tua irmã é IGUAL a ti!

E tu também tinhas uma canadiana azul escura, que passeavas na cantina da Cid. Univ.!

Grande texto!
Feliz Natal!

Claudia Oliveira disse...

Este texto está magnifico. Tu... és magnifico.

Nada disse...

Adorei as fotos...os textos...e o blog! Como apaixonada por fotografia e por escrita tive que me render aos seus encantos...sem duvida um sitio ao qual voltarei.

Muitos parabens e um bom ano que se avizinha

Ana Coelho. disse...

Uma irmã toda bonita, uau!
Gostei*

I disse...

Este é sem duvida o melhor post que já fizeste. Amar é mesmo o sentimento mais bonito que se tem e em cada palavra que li aqui senti o quanto a amas.
Não tenho irmãos mas sei o que sentes. Senti-o por outras pessoas que me são queridas. Muitas delas nunca poderei dizer "carne da minha carne, sangue do meu sangue" mas apenas por não ser veridico e não por nao se fazerem parecer: carne da minha carne e sangue do meu sangue.
Para minha infelicidade tive de aprender que, sim a familia nao se escolha, mas sim tambem, somos nos que a fazemos. A familia, embora eu gostasse que comigo fosse diferente, nao tem obrigatoriamente ser de sangue porque, até hoje, nos poucos anos que tenho de vida, já percebi tantas vezes que a minha familia não é aquela que "herdei" mas sim a que vou escolhendo com o tempo. Os pais dos outros de meus tios faço, os avós dos outros procuro o brilho que encontrava nos olhos da minha bisavó - que para mim é a unica avó que tive e a unica pessoa de sangue do meu sangue que considero familia para alem dos meus pais. De alguns grandes amigos e amigas de meus irmaos fiz ou pelo menos tenho aquele carinho incondicional.
Enfim... Carne da nossa carne e sangue do nosso sangue, ou não, familia são sempre - apenas os que amamos da mesma forma que estes nos amam - porque acima de tudo se não é reciproco tudo se perde, infelizmente.

Um enorme "parabens"! Adorei ler-te!

Helena disse...

Li e reli este texto.
Simplesmente adorei...tudo!
Obrigada e Boas Festas!

xapati disse...

Parabéns!um texto que dá um aperto saboroso no coração...

Sara Quaresma Capitão disse...

... acaba sempre assim.
belo post!

António Reis disse...

monumental.

Anónimo disse...

fiquei a suspirar...
menina do chapeu@lux

Anónimo disse...

fiquei a suspirar...
menina do chapeu@lux

La Pattysserie disse...

Se ontem me tivesses ajudado a arrumar a cozinha em vez de teres ficado na conversa com o "senhor do bolo", eu teria tido tempo de ver este post e dizer-te pessoalmente que está delicioso.
Não consegui dizer-te qual a minha foto favorita no blog mas estou certa de que este é o meu texto preferido. Fizeste relembrar uma das minhas "frustrações", a de não conhecer o sabor do amor de irmãos. Invejo-te por isso.

Miguel disse...

Isto é Natal...a foto o texto, o sentimento que o escreveu! Não é o Pai Natal....não é a árvore de Natal, não são os presentes, não são as ruas enfeitadas, as músicas repetitivas dos centros comerciais....não.....o Natal é isto, é este sentimento! Em minha casa somos 3 irmãos e 2 irmãs, separados por um ano entre cada um. Hoje em somos todos casados e com filhos. Este comentário, levou-me até aos dias em que tudo era assim, simples, em que vivíamos todos juntos, o nosso pai era vivo, um olhar ou expressão bastava para que soubéssemos o que cada um pensava ou sentia.... a nossa cumplicidade era perfeita (não que hoje não seja, mas é diferente, cada um tem a sua vida, e família). Alfaiate, não te conheço, mas hoje este sentimento tornou-nos quase velhos conhecidos!
Aquele abraço e obrigado.

RitaC disse...

É caso para dizer: podem tirar-me tudo, menos quem realmente me faz falta!!

Aquilo que é genuino... não se explica. E ainda bem que assim o é.

Parabéns pela forma de tocar todas estas pessoas e a cada uma em especial.

Afonso disse...

monumental? sim

A. disse...

E lá estou eu a repetir-me... ainda por cima com uma frase que não é minha... mas adoro..e aplica-se bem a este post:

"Há coisas fantásticas não há?" :)

Beijos e BOM ANO
AC

TTC disse...

Parabéns Zé, não apenas pela foto, que já todos sabemos o excelente captador de momentos que és...mas pela simplicidade, nudez diria mesmo, das emoções aqui retratadas.

Por alguma razão, que a razão desconhece, temos sempre mais dificuldade em descrever o que sentimos com aqueles por quem sentimos mais. mas é bom não esquecer o quanto gostamos deles!

um abraço

hebdomadarius disse...

:)

CPrice disse...

Confesso que quando abri a caixa de comentários e vi o número sessenta pensei para comigo: que acrescentarei?

Nada, afinal. só um Obrigada e um Voto: mantem-te tal qual és :)

Ano Feliz *

Unknown disse...

Adorei a foto e o texto, apanhou-me desprevenida e aumentou profundamente a minha solidão de filha única. Não devia ser permitido aos pais terem filhos únicos! Por isso quando tive filhos tive logo gémeos!!! Ehehehe!
Ninguém devia privar um ser humano de saber o que é uma relação fraternal como esta.
beijo
Paula Lamares

Anónimo disse...

lindo.
o texto. a foto. os sentimentos que passam.
*Jo*

Joana de Sousa Costa disse...

De todos, o melhor texto. Quanto à Maria, a canadiana fica-lhe a matar. Parabéns Alfaiate:)

Ana disse...

Avassalador

Anónimo disse...

a moda é só mesmo uma desculpa para escreveres sobre ela, não é?
Happy new year

M. disse...

foda-se.
foda-se.
foda-se.

coisa mais bonita esta.
não se explica não e este canto ficou maior de repente.
e comentar a foto seria de uma pequenez enorme depois de um texto destes de irmão e mãos, das palmas, mas gosto do ar de miuda, adoro o vermelho e o não se ver mais nada

Anónimo disse...

O blogue é fabuloso e este post...está indescritível!!! Parabéns e Obrigada!

carlos teixeira disse...

Um post que veio directamente das "entranhas". Magnifico, emocionante, impossivel de se ficar indiferente. Já não passava aqui no blog à algum tempo. Foi bom reencontra-lo.Um forte abraço!

pedro disse...

para além do que é óbvio para todos, louvo:

- o asneiredo (que, como eu, usas como figura de estilo);

- os mais de 70 comentários;

- a tua irmã, que já nem reconheceria (não me queiras ir já à tromba, é um comentário inocente);

abraço.

Diário de Lisboa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diário de Lisboa disse...

na minha modesta opinião o melhor de sempre.O resto está tudo dito.
Um grande abraço e um excelente novo ano.
AL

. disse...

gosto de passar por aqui, lindo post. M

rita disse...

lindos: a foto e o texto!

Nessuno disse...

Olá. Pode ser só mais um comentário a adicionar aos 70 e poucos, mas a verdade é que me tenho demorado a escrevê-lo, isto pois tem certa pertinência..
Tenho uma irmã, não mais nova, mas mais velha. Mais velha 10 anos. Como bem vi que compreende, a diferença de idades e sexos, faz tudo ser diferente. Desde sempre pensámos que não haveria irmãos como nós, até ao outro dia, em que publicou o post. Obviamente não me lembro, mas ela mudou-me as fraldas quando era ela própria uma criança, foi uma mãe com distinta e estranha proximidade antes de chegar à puberdade, protegendo-me contra o meu próprio mundo. Tudo isto é cor-de-rosa pop show, só que eu jamais seria o mesmo sem esta parte da minha vida. Por muitos relacionamentos que vá ter, este é sem dúvida o mais bizarro e especial, sou o mais novo mas nem assim deixo de ir até ao fim para o seu bem-estar. Achei particularmente piada ao facto de sempre ter sido condescendente com os amigos rapazes da sua irmã. A minha sempre o foi com as minhas amigas raprigas. Quando pensamos na evolução e quando eu, agora a vejo crescer e mudar de casa com o namorado, sinto uma alegria enorme imiscuida numa tristeza horrenda, pois afinal de contas: nada mais será o mesmo.

Obrigado pelos momentos proporcionados Pel' O Alfaiate Lisboeta e, particularmente por este texto que tanto me diz.

Cumprimentos

JCSilva disse...

Palavras aí de dentro, foto de indesmentível ternura. Bela luz a incidir nos cabelos e canadiana.

Well done.

Claudia disse...

O melhor post e foto do Alfaiate. Parabéns.

Anónimo disse...

Simplesmente fantástico, escreves muito bem e as fotos são demais!
Parabéns.
nota: os teus textos são fundamentais para dar vida às fotos que consegues, continua.

mónica disse...

Simplesmente brilhante. Tão brilhante que senti as lágrimas no seu rosto, a palma (não as costas) da mão da sua irmã na sua bochecha, e consigo imaginar na perfeição a emoção com que escreveu este texto. Deslumbrante!

João Cal disse...

Boa Zé... post cheio de emoção! eu tentaria escreve-lo sem tanto vernáculo... mas é o teu estilo emocional, direi. Abraço.

Anónimo disse...

Estava aqui a pensar. Não será o blog pequeno de mais para o seu autor?Abraço António Almeida

Natália Augusto disse...

Belíssimo post: a foto, a poesia do texto, os impropérios apropriados e, sobretudo, a sensibilidade e a emoção. A sua emoção e a emoção de quem lê.

Parabéns

Maria Francisca disse...

Lindissima declaração de amor.
Como irmã mais velha, entendo e partilho desse amor GRANDE.

Tomei a liberdade de colocar o link no meu blogue.

Adoro quando as fotografias vêm acompanhadas de texto.Não precisa de ser sempre assim, mas obrigada pela partilha.

Anónimo disse...

Uma irmã cheia de sorte - não é por mais nada, é mesmo só porque recebeu uma belíssima canadiana de presente - e o melhor post de sempre!
Feliz Ano Novo
Eva

Coffee Taste disse...

De vez enquandpasso por aqui. Gosto muito do te blog, mas este texto... é maravilhoso.

Fizeste pensar que muitas vezes precisei de um irmão.

Sara L. disse...

Little red riding hood ;o)
Muito bem.

Anónimo disse...

Acompanho "secretamente" o seu blog há algum tempo e esta é a primeira vez que deixo aqui um comentário. Talvez pq as suas palavras me tocaram particularmente; talvez porque embora não o conhecendo quase que o visualizei emocionado a escrever este post; talvez pq eu tb me emocionei a lê-lo; talvez pq também eu pela minha irmã mais nova seria capaz de matar (embora tenha mais irmãos, mas ela p/ mim continua pequenina e indefesa)... Um bom 2010 p si e p a sua irmã e continue o excelente trabalho com o afaiatelisboeta. Eu cá vou continuar a espreitá-lo. neuza gomes

None disse...

Eu não teria escrito melhor o que sinto pelo meu irmão. E sei que ele sente o mesmo e talvez até mais intensamente - por ser eu a rapariga e ele o rapaz. Dava a vida por ele, sempre o disse. E agora daria também pelo meu filhote. Tenho esperança que os meus filhos possam viver um amor assim, daqueles que não se explicam mas se sentem pelas entranhas dentro.
Beijinhos Zé!

MISS RITA disse...

2 palavras: AMOR INCONDICIONAL

MISS RITA disse...

2 palavras: AMOR INCONDICIONAL

kika disse...

lindo.adoro quando as pessoas conseguem transmitir as coisas complexas de uma forma simples,sem rodeios ou floreados.leio e identifico-me;)

IN disse...

Gostei muito deste blog. E deste post...bom ano :)

P.S.: E sim, só as pessoas que alguma vez foram escuteiras ou escoteiras é que entendem a diferença ;)

silvana disse...

Passo por aqui a uns tempos. Vejo as fotos - lindíssimas - leio o texto na transversal e sigo.
Por ter uma veia de publicitária, as imagens são muito importantes para mim e é ao que ligo mais. Contudo, este post chamou-me à atenção..não sei bem porquê, mas chamou. Li do início ao fim e Amei. Ri - com a maneira como está escrito - e emocionei-me no final! Daqui para a frente, vou ler com mais atenção, porque realmente este blogue vale a pena.

Cão Traste disse...

Belo blog. Parabens. Visito pela primeira vez mas ja estou fan. Vivo em Londres e e espantoso ver o estilo das pessoas, pelo que ainda e melhor ver como captas o estilo das pessoas em Lisboa, entre outras cidades, e ver que comecamos (Lisboa) a sair do cinzentismo habitual e que ha pessoas que dao cor a cidade.

a serio que n me lembro disse...

humm
gosto da maneira como te expressas..não só neste post, mas em todas as entradas que li.
sigo alguns sites de streetstyle, infelizmente em portugal ainda não temos muita oferta do género..fiquei toda contente quando finalmente encontrei o teu blog!

obrigada?
e parabéns

uma Inês disse...

Parabéns pelo texto (também tenho um irmão e percebo muito bem esse sentimento!).

Parabéns pelo blog. Invejo-te porque tu passas à acção tudo aquilo que tenho em mente. Divirto-me quando vou pela rua porque imagino histórias que poderão estar em cada pessoa que passa. Muitas vezes também as fotografo! Só falta a coragem de falar com elas..

Brown and Cappuccino disse...

ando desde o ano passado à procura de uma canadiana branca com os botoes castanhos... infelizmente ate hoje ainda nao encontrei nenhuma que tivesse dentro das minhas possibilidades... quem sabe um dia ;)

feliz ano novo

beijinhos***

márcia*

Rui Quinta disse...

100

Camille disse...

Post sobrenatural, mesmo. :O Emociona qualquer um.

Anónimo disse...

Sou uma mãe com 74 anos. Porque em Junho do ano passado fotografou o meu marido, comecei a visitar o seu blog. Tive duas filhas e um filho. Há ano e meio perdi o meu filho. Talvez por ser filha única concentrei-me mais na minha dôr, na do meu marido e na da minha querida nora. Que Déus o abençoe pela sua sensibilidade e por me fazer também compreender a das minhas adoradas filhas.

Pri disse...

Escreve como sempre divinamente bem!! Sua irm aé uma gatona!!

O canhoto disse...

Bom texto, tenho 4 irmãos, sei bem do que falas... Se a fotografia for da tua irmã, tens uma irmã lindissima! Se fosse minha irmã tinha que a guardar a sete chaves! loool

O tempo muda e as pessoas mudam com ele, muito bom este post!

Sofia disse...

Muito lindo mesmo.

Só gostava que o meu irmão me amasse desta forma, mas fico feliz por saber que há amores assim como este que está tão bem descrito neste post.

Que sorte que esta maninha tem...

Muito bem escrito, lindos sentimentos e lindissima foto.

Parabéns

Sofia Camp

DG disse...

"E quando recorro àquele exercício infantil de tentar perceber o quanto se gosta do que quer que seja através daquilo que se está disposto a fazer por o que quer que fosse, dou por mim a pensar no motivo pelo qual seria capaz de matar e, ocorre-me um de imediato -ela"

Grande texto!

Mais uma manhã (que seria de trabalho) muito produtiva...

Parabéns Alfaite. Mais uma vez...
Abraço,
DG

Mia disse...

Escreves da tua irmã como eu poderia escrever do meu irmão. É tão bom saber que há quem sinta como nós :)
Parabéns, texto lindo!

Anónimo disse...

Alfaiate, alfaiate, you are very profound!!!!!!!!!Gostei!E se é o alfaiate na foto do último post, ou é muito giro, ou a foto está muito bem tirada.

margaridacaldeira disse...

como irmã mais nova (tenho uma irmã mais velha e não um irmão) este texto fez-me chorar (tou a falar mesmo a sério!) e pensar no amor e na amizade entre mim e a minha irmã, entre irmãos. quero ter 5 filhos e se todos sentirem o que tu sentes pela tua irmã e eu pela minha garanto que fico feliz para o resto da vida. custa-me quando vejo irmãos que não são irmãos, são simples conhecidos e muitos nem se falam! adorei a tua escrita e não é amaricado, é sincero e tens tomates para o seres!

Beatriz Mesquita disse...

Porque é indescutível, os irmãos são uns chatos mas tem um brilho especial...
Adorei as palavras porque nelas conseguimos sentir os sentimentos.;)
uma nova seguidora apareceu para ficar*

Anónimo disse...

Que texto lindo. A mana também. Que vontade de vestir uma canadiana vermelha.

Leo Mandoki, Jr. disse...

sou 7 anos mais velho do que a minha irmã. Estou há 18 anos separado dela. Que a vida vos reserve um caminho de união. Até ao fim.
Forte abraço!

tons neutros disse...

Conheço muito bem o amor de irmãos...tenho um da minha idade...
Têns força José!

tons neutros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Filomena Martinho disse...

Olá . Vi no mural do facebook de um amigo a referência a este blog.
Mal o abri deparei com a Maria. Acho que é ela! Fui professora dela em Queluz. Certo?
O pai descobri-o numa outra foto.
Não sabia que aMaria tinha um irmão (?)...hum
As fotos são excelentes. Os textos expressivos.
Para a Maria um grande abraço da prof de FQ.

Anónimo disse...

[simplesmente] linda :) e [maravilhosamente] lindo :)
parabéns

Anónimo disse...

Olá professora! É verdade, sou eu. Obrigado e um abraço para si também!
Maria

PS- Um obrigado também aos comentários feitos por tantos que nem conheço.

Mamã disse...

Se eu fosse a tua mãe, neste momento estava a chorar de orgulho...

mauro disse...

Tu és bom....isto de deixar comments em cada texto que leio não faz muito meu estilo, mas não consigo evitar. Já conhecia de nome este blog, hoje resolvi dar uma espreitadela..parece que cheguei tarde..mas sempre a tempo..
Não tenho irmãos de sangue, tenho alguns manos bons. Adorava ter tido uma irmã, talvez para experimentar essa coisa boa que sentiste naquele fim de tarde e no fim de teres escrito este texto..

Carlota disse...

Não há dúvida, e está aqui a prova, que é muito diferente fotografar pessoas que conhecemos e que amamos. A imagem captada fica completa. E quem vê a fotografia posteriormente, não sabe para onde olhar, tal é a intensidade: para a pessoa, para a luz, para a cor? Obrigada

maria do mar disse...

é engraçado que nunca me fascinou muito conhecer pessoas que se sentem do outro lado da blogosfera, mas sinto aqui uma excepção. é fascinante ler-te. se não és uma pessoa encantadora, humana, com um coração bonito, disfarças bem. é um prazer ler-te de cada vez, mas com este texto, tocaste toda a gente. maravilhosa fotografia. mana giríssima. texto apaixonado e apaixonante.

Alexis disse...

Maravilhoso, tanto o texto, como a foto e o amor fraternal.

Abraço

Andrea disse...

Tb eu acabei assim ao ler este post... Ainda mais porque agora nao tenho a minha irma comigo.

Gostei muito do conceito deste blog. Gostei muito de 'te' ler.

Andrea

Duda disse...

Tão bem escrito, tão bem conseguido. Para não falar da foto, porque essa está também realmente muito bem conseguida.

Duda disse...

Tão bem escrito, tão bem conseguido. Para não falar da foto, porque essa está também realmente muito bem conseguida.

Margarida disse...

Brilhante! Estou fã! Se tiver tempo dê uma olhadela em www.cronicasdebaunilha.blogspot.comgostava muito de saber a sua opinião, colega! lol
bjns

adelina disse...

incrivel

Anónimo disse...

Hoje escreveste
"Porque para estendermos a mão ao nosso chefe supremo e lhe apresentarmos o nosso próprio projecto é necessário deixar de lado o receio de fazer figura de parvo. Porque acredito que, com peso conta e medida, é da capacidade de deixarmos de lado esse mesmo receio que muitas conquistas são feitas."
Com o que me identifico sobremaneira ("mesmo muito" ou "imenso" não ficava bem).
E lembrei-me deste post.
O da Tua irmã.
Para mim o melhor post de sempre da blogosfera (não tenho blog mas vou lendo uns 4 ou 5 - que têm vindo a variar ao longo do tempo - no dia a dia).
O melhor não sei, o que mais me tocou, sim.
Na altura não o disse, mas acho que to devia.
O melhor post de sempre.
Este.
Um beijinho,
Ana

Anónimo disse...

que se emocionaria a escrever este post, voce já sabia, mas será que tinha de me fazer chorar?
texto perturbador, pesado, avassalador...emocionante mesmo!

Anónimo disse...

Caro Alfaiate… veramente emozionante. Non tutti fratelli, padri, madri, zii, ecc. riescono a concedersi un secondo nella vita per capire il vero sentimento che può esserci nel sangue del tuo sangue, forse l’unico sentimento veramente primitivo e di sopravvivenza. Io fortunatamente l’ho capito e forse è stata la lontananza ad aiutarmi a rifletterci di più… comunque, le lacrime non sono scese dalla mia faccia…

"O longe e a distância" disse...

Nem sei se algum dia estas palavras vão chegar a ti, que pegas numa lente e talhas pessoas em fotografias, criando fatos à(s) cidade(s). Gosto das fotos.Claro que sim. Foram elas que me detiveram. Foram elas que me levaram até aos bastidores do teu olhar. Mas jamais seriam as fotos que me levariam a escrever um comentário (penso que estou a perder a virgindade nestas coisas de deixar um cometário). A força, a potência e o impacto com que fizeste explodir o sentimento que nutres pela tua irmã, espalharam-me os estilhaços na alma... Eu também tenho um irmão e sou mais nova do que ele - mas também nem foi por isso. Foi a crueza suave com que o manifestaste, foi o jogo de palavras a roçar a tortura numa amálgama de dor/prazer, foi o desmembrar de um sentimento em milhares de sensações que conseguiste transmitir. Foi isso: um sentimento descrito em (mil) palavras que uma fotografia não alcança!

Pedro disse...

Assim que comecei a ler o post, percebi logo que era da mana que se tratava...

Pedro disse...

Assim que comecei a ler o post, percebi logo que era da mana que se tratava...

Amélie disse...

Obrigada!

Margarida disse...

Muito Muito Muito Bom...o amor para com um irmão/irmã deve ser das coisas mais difíceis de explicar, tu conseguiste-o. :)

hello, sweetheart disse...

Sei que este post não é propriamente recente. Mas ouvi falar do blog e fiz questão de cá vir. O título chamou-me a atenção e tive de ler. A fotografia está de todo genial, mas o texto...o texto emocionou-me mesmo! Também me emociono um bocado mas não me ponho a chorar. Guardo para mim. Mas não sei, achei o texto...tão sincero e puro que dei por mim com as lágrimas nos olhos e a perguntar-me se o meu irmão é assim comigo. Sempre tive a ideia de que ele se estava a lixar para mim. Nunca foi protector, também porque sempre passei a imagem de irmã mais nova durona que não precisa da protecção de ninguém, mas a verdade é que preciso. Ainda estou na flor da idade mas tenho idade suficiente para dormir sozinha há já uns bons anos (e durmo) mas às vezes tenho a necessidade de relembrar os tempos de infancia e ir para o quarto do meu irmão dormir, com ele.

Bem, obrigada pela partilha de esse amor verdadeiro!

http://dress-to-impress.blogs.sapo.pt/

Raquel Sousa disse...

Lindo texto. Porra, perfeito.

Ana Rita Santos disse...

Bru-tal! E isto é prova que as pessoas podem amar algo de paixão como a moda, como a arte.... e alguém achar que são as pessoas mais fúteis do mundo, ou que não vêm nada melhor no mundo....mas afinal....quem pensa isso está bem enganado..eis a prova!
Obrigada pela partilha..abri ao acaso e a foto devia transmitir TANTO que acabei por ler este post...no meio de tantos :)
Bom Trabalho,
Ana Rita Santos

Anónimo disse...

Tens razão, não é um blog de moda, é sobre pessoas, sentimentos e sobretudo beleza. Qt mais te leio mais vontade tenho de te conhecer. É a primeira vez que comento, não pude deixar de o fazer.
Bjs

the.E.word disse...

Vim aqui ter hoje, muito depois de já ter ouvido falar "da irmã de casaco vermelho", e percebo porque já ouvi falar neste post...

Comovente! Acabei de lágrimas nos olhos, depois de, a cada linha, me lembrar dos meus dois irmãos mais velhos que tanto adoro e que são uma das minhas recordações de infância preferidas e, às vezes,me esqueço. Armo-me em menina-mulher, com a mania que não preciso de "figuras paternais", mas morro de medo quando são 2h da manhã e o R. ainda não chegou...

(Obrigada por me lembrares dos verdadeiros amores na vida!)
Hoje fico-te grata.

Sara

Anónimo disse...

Não venho aqui todos os dias, mas sempre que venho adoro.

Há fotografias que falam por si, mas do que gosto mesmo são dos textos que as completam. Sem dúvida, escreves bem. Tens o dom/talento/jeito/chama-lhe-o-que-quiseres, de fazer rir ou só esboçar um sorriso ou até mesmo de comover. E acho que te sai assim tudo tão facilmente, porque o que escreves (corrige-me se estou errada), sai-te tudo directamente do coração, sem passar lá por cima por centros de censura cerebrais. Falas aberta e genuinamente. E é por isso que este blog, mais do que um blog, é uma partilha imensa das tuas vivências, que me faz sentir, pelo menos a mim, que tenho em ti um amigo... "ora deixa lá ver o que é que o zé tem andado a fazer!" (impressionante as tecnologias de hoje em dia, hein? um amigo virtual)

Parabéns. Orgulho-me de haver pessoas como tu, com iniciativas, com gosto pelo que fazem, com vontade de partilhar o que sentem e o que veêm.

Dá-me mesmo muito prazer vir aqui, ainda que não seja todos os dias, nem todas as semanas.

Filipa

Anónimo disse...

Adoro este texto.... sem saber bem porque... Mas por mais 4 anos que passem, aparece-me sempre voltar aqui. Parabens pelas fotos, pelos textos e essencialmente pela coragem de partilhares estes momentos connosco.

Nuno Sá disse...

Sangue é sangue... não pude deixar de ler sem me lembrar do meu. Do que ainda corre e do que já deixou de o fazer.

Ana Sales disse...

Esta crónica tem quase quatro anos e só hoje me deparei com ela. Estou grávida de um rapaz e gostava muito que daqui a uns anos a minha filha, agora com 4 anos, ou o bebe que aí vem tivessem este tipo de sentimentos um pelo outro. Adorei o texto. Descreve de forma intensa, mas ao mesmo tempo simples aquilo que pode ser um fragmento do amor fraternal. Beijo