é bem diferente desta que aqui vos trago mas, por algum motivo, este casal londrino me pareceu mais interessante que todas essas outras que poderão encontrar por essa world wide web fora
domingo, 30 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Assunção
Entre o número absurdo de perguntas que me costumam fazer uma
das mais frequentes será, seguramente, o que procuro nas pessoas. E lá lhes
digo que não, que não procuro, num tom que os meus interlocutores assumem ser
uma manobra retórica para deturpar o conteúdo da minha resposta através da
forma como a entrego. (e lá lhes digo que) Há pessoas das quais me dou conta.
Pessoas que me captam um primeiro e um segundo olhar. Pessoas que, noutros
tempos, talvez me parassem, me detivessem ali dois (ou três) segundos deixando
– sem avisar, num acto indelicado – quem quer que fosse ao meu lado a falar
sozinho sobre um tema qualquer do qual entretanto me havia esquecido. Ocorre-me
mais do que eu gostaria. Mais do que eu próprio me permitiria. Como se, por breves
momentos, o meu cérebro tivesse uma vontade independente da minha. Uma vontade
empírica para além de qualquer delicadeza ou mais elementar prurido social.
Estou ali sentado em frente a alguém e, de repente, o meu cérebro como que me
obstrui os ouvidos e eu – por um número de segundos que não consigo nunca quantificar – estou-me a cagar para o que quer que essa pessoa me diga. Eu
podia dizer que ignorava ou não escutava. Mas a minha indelicadeza é grande de mais para verbos tão ligeiros. E foi o que aconteceu. Caguei para
o mundo quando vi a Assunção. Olhei uma vez, olhei duas. Não devo ter chegado a
dizer nada à Isabel e ao Paulo. Porque nestes momentos esqueço-me do mundo
inteiro. E tudo isto, já sabemos, porque sou ignorante e tecnicamente inapto
para verbalizar, num vocabulário minimamente aceitável, o que quer que sinta perante
o que Assunção levava vestido. Afinal de contas, sugerir que tudo ali me encanta,
não vos acresce nada de novo. Menos mal... não me pareceu que a Isabel e o
Paulo tivessem ficado chateados
[esta publicação pode ser vista aqui também]
domingo, 16 de setembro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Serena de nome, serena de perfil
e, com alguma serenidade, lembrei-me disto também
[esta publicação pode ser vista também por estas bandas]
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Pavlina
“Já não há mais
tempo, temos que fechar o livro” dizia-me o Rui Garrido, director de arte
da Leya, enquanto olhava para o calendário e fazia cálculos mentais entre os timings de impressão e as datas
previstas para o lançamento. E eu desgastava-lhe a paciência “vais adorar esta
foto, vais perceber a minha insistência”. Ao que ele me respondia “Zé... vai sempre haver mais uma fotografia”. E tinha razão. É isso que sinto às vezes. E foi isso
que eu senti quanto fotografei esta miúda grega ali no Chiado. Senti que, se
dependesse de momentos como este, o livro jamais estaria fechado
[mais fotografias desde dia por aqui]
[mais fotografias desde dia por aqui]
segunda-feira, 16 de julho de 2012
Por algum motivo
sou o único gajo que me foi dado a conhecer que tem a frequência 101.5 FM (Lisboa) sintonizada no rádio do carro. Desconfio que isso diga alguma coisa sobre a minha estética pessoal. Suponho que isso explique – de algum modo – porque raio adormeço tantas vezes ao som desta música
sexta-feira, 13 de julho de 2012
A minha Bossa Nova
Heloísa Eneida Menezes Pães Pinto Pinheiro. Foi ela a famosa Garota de Ipanema que encantou o Jobim e o Moraes, o Brasil e o resto do mundo. “Ela tinha 18 anos, a garota de Ipanema, tão bela, tão simpática” recorda mais tarde o Vinicius, numa actuação em Milão (minuto 2:30). “Lembra Tom?” insiste. “Quando passava na frente do bar, tomávamos... um aperitivo”. “Aperitivo?” pergunta o Jobim (num tom sério de quem não quer ser levado a sério). E o Moraes faz que sim com a voz e com a cabeça, ao mesmo tempo que segura o microfone com uma mão e pousa a outra no piano onde toca o amigo (que esboça um sorriso, como quem desfruta também do charme com que aquele brasileiro velho presenteia a plateia). Não é um cromo qualquer a tentar debitar umas palavras em italiano. É o Moraes, o Vinicius de Moraes, a partilhar, num latim escorreito, a razão de ser da lírica mais conhecida da Bossa Nova. “Nós a acompanhávamos até o mar” lembra ele – antes de retomar aquele célebre refrão em uníssono com o Jobim – naquele tom meio saudoso meio malandro que a um homem daquela idade confere um encanto tão especial.
Não as acompanhei ao mar mas escutei, já de costas, uma delas perguntar às demais “vamos à água?”. Talvez um dia recorde com os meus amigos, sem piano nem italiano, “aquelas miúdas que fotografei na praia”. Não importa. A questão é... será que alguém levou o Tom Jobim e o Vinicius de Moraes à Praia Grande?
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Silvia
É sempre engraçado quando, num país que não é o nosso, alguém nos exclama "eu conheço o teu blogue". Não foi por acaso. Foi porque a Silvia também tem um blogue. Este blogue
terça-feira, 10 de julho de 2012
domingo, 8 de julho de 2012
sexta-feira, 6 de julho de 2012
quarta-feira, 4 de julho de 2012
segunda-feira, 2 de julho de 2012
quinta-feira, 28 de junho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Agustín
Sete gajos reunidos em torno de uns bifes e umas cervejas. Um
dizia que era Los Angeles. “Em L.A. vi as melhores gajas da minha vida”. Outros
contrapunham com Nova Iorque, Lisboa, Paris ou Estocolmo. Deve ter havido Moscovo
ou Londres ao barulho também. [“L.A.” bramia o outro com a cara em
cima do que por azar calhou ao seu lado exibindo aquele defeito irritante – tão bem descrito neste episódio do Seinfeld – dos que não conseguem comunicar com o (nariz do) próximo
a mais de 5 centímetros de distancia]. Parecia uma daquelas picardias entre
putos em que cada um assegura que o carro do seu pai é mais potente que o dos
outros ou que o seu irmão maior é mais valente que os demais. Porque afinal, em
cada uma daquelas opiniões havia uma expectativa marialva desejosa de explanar
uma narrativa épica de uma qualquer conquista russa, francesa ou americana com desenlace na
sua própria cama. E eu, meio convicto meio a medo:
- Madrid, talvez Madrid.
E Madrid tem, verdade seja dita, algumas das mulheres mais
bonitas que já vi um dia. E damo-nos conta disso ao percorrer o Barrio Salamanca pelo final destas
tardes quentes quando a temperatura ameniza e se consegue andar na rua sem
suores ou manchas e nos sentamos numa qualquer terraza e lhes explicamos, em plan
de conversa de chacha, porque é que – à semelhança do que sucedeu com uma
qualquer armada invencível há mais de 400 anos – talvez lhes corra mal o jogo
de quarta-feira. E fazia a Serrano à conversa quando terão passado uma boa meia dúzia dessas mulheres cuja recordação me havia feito pensar em Madrid como a
cidade ideal para a tal discussão pueril entre bifes e cerveja. E talvez, por
efeito de uma tal banalização da beleza feminina, começasse a não fazer caso
dela. Como se já contasse com ela. Como se, ao contactar com ela de forma tão rotineira
já a sentisse mais que, simples propriedade da cidade, minha pertença também. E
eis que, ao dobrar a esquina com a Ortega y Gasset, vemos o Agustin. E comento para o lado “parece o Hemingway”. E, se a memória não me falha, disse-lho a ele também que, como já é usual nestes momentos, terá ficado longe de me levar a sério (como também não levou a rapariga que faz capa deste livro, quando lhe proclamei excitado, a minha paixão pela sua fotografia). Mas foi esse o
efeito. Um efeito forte. Um efeito sobre quem fica com a impressão de que “este
gajo não podia estar simultaneamente tão bem vestido e descontraído”. Tão forte
que nos eclipsou. Que nos eclipsou aquela vivência já tão assumida que ganha a forma de direito adquirido de nos cruzarmos com algumas das mulheres mais bonitas desta vida. As tais que me serviam de pretexto para me afastar do close talker e dizer-lhe:
E se há tema que eu e o meu companheiro de passeio levamos muito a sério
são mulheres bonitas. Mas naquele preciso momento, através do Agustin, parecia que aquela cidade de mulheres bonitas nos queria dizer que valia mais que isso. Que valia mais que qualquer atributo que lhe justificasse ser evocada para uma qualquer conversa pueril entre bifes e cerveja
sexta-feira, 22 de junho de 2012
quarta-feira, 20 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
sexta-feira, 8 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
sexta-feira, 1 de junho de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Algo maior
Foi com o Luigi que senti isto pela primeira vez. Senti algo diferente. Senti que teria que passar muito tempo até voltar a ver alguém assim. Não se trata simplesmente de ver alguém bem vestido. Há um sentido maior na estética de algumas pessoas. Porque no fundo é isso que eu fotografo. Aquilo que tenho por belo. Sem tretas nem preceitos.
Alguém no outro dia questionava, numa indelicadeza delicada (a menos delicada de todas elas), se não me causava aflição debruçar-me sobre temáticas tão superficiais. Perguntei-lhe, não pelos motivos que o levaram a comprar o relógio que tinha no pulso ou o carro que estacionou a meu lado mas porque – nesse encontro de amigos em torno do nado-vivo que ali era exibido – o único comentário que havia proferido acerca da criança ter sido relativo à sua beleza. Perguntei-lhe (empregando o mesmo preceito retórico que ele me havia aplicado) se, perante algo tão belo quanto o nascimento de um ser, não seria um tanto ou quanto superficial partilhar a sua felicidade com aquele casal amigo através de um apontamento estritamente estético. E dei-me conta de, para lhe fazer sentir isto, ter sentido necessidade de empregar o termo “belo”. E disse-lhe, num tom semi-condescendente, semi-trocista:
- Perdoa-me. Não tenho emenda.
O belo pode ser encontrado no momento final em que acabamos de lavar o nosso carro, fazemos a cama, arrumamos a porcaria do quarto ou preparamos a mesa para receber os nossos convidados. Podemos encontrá-lo num beijo, num abraço ou até num qualquer tom de voz melodioso que nos parece afagar a pele.
Eu encontro o belo sempre que tomo um recém-nascido nos braços. Não porque encontre naqueles pequenos seres de pele enrugada a melhor fórmula para uma harmonia pictórica mas, tão simplesmente, pelo belo que é possível encontrar no enquadramento daquela criatura nas mãos e a presença, desfocada, num segundo plano da imagem concebida pela minha própria retina, dos sorrisos de seus pais. Sinto o belo até, quando, pela manhã, escuto os Sinais de Fernando Alves. Mas podemos senti-lo também, como ocorreu comigo, no momento em que nos cruzamos com alguém e sentimos que há algo de maior naquela visão. E foi isso que senti quando vi a Susana, o Luigi e tantosoutros. Senti que havia ali algo maior. Muito maior
terça-feira, 29 de maio de 2012
domingo, 27 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
quarta-feira, 23 de maio de 2012
God is a DJ
diziam os Faitheless. Mas pode ser uma mulher também. E, enquanto escrevo isto... oiço aquilo
[esta publicação pode ser vista aqui também]
segunda-feira, 21 de maio de 2012
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