Um londrino passa o dobro do tempo que um lisboeta nos parques da sua cidade.
Só no centro histórico de Tallin há mais 23 esplanadas que em Lisboa e toda a sua área metropolitana.
A percentagem de executivos suecos que usa fatos de linho é o dobro da dos executivos portugueses.
Os habitantes de Dublin sorriem, em média, mais 2,43 vezes por dia que os lisboetas.
Em média, um guarda-roupa duma madrilena tem mais 4 mini-saias que o de uma lisboeta
Em pleno Dezembro, há cerca de mais 5.000 ciclistas nas ruas de Riga que nas nossas avenidas.
Entre 21 de Dezembro 21 de Março um milanês, em média, junta-se 7 vezes mais com os seus amigos depois do trabalho que um lisboeta (essa mesma relação, entre 22 de Março e 20 de Junho, dispara para 11 para 1)
A probabilidade de um lisboeta experimentar, a partir das 17h de Domingo, um sensação de apatia aguda ou leve depressão por não conseguir tirar da cabeça a ideia de que terá que trabalhar no dia seguinte é 9 vezes superior à dum berlinense.
Por ano, realizam-se 3 vezes mais concertos ao ar livre em Bruxelas que em Lisboa.
Um adolescente moscovita tem 3,5 vezes mais lata para abordar a miúda que mora na rua da frente com quem se cruza diariamente enquanto ambos passeiam seus cães que um adolescente lisboeta (sabendo-se que este último, apesar de ter a jogar a seu favor uma probabilidade 7 vezes inferior de estar a chover e 23 de estar um frio de rachar, prefere tentar encontrá-la no Facebook)
É caso para dizer que, à boleia de todas estas improbabilidades estatísticas tão difíceis de justificar ou sequer perceber, as probabilidades de um festival como o
Out Jazz se realizar numa outra qualquer cidade europeia com muitos menos condições do que aquelas que reúne Lisboa seriam elevadíssimas. O espírito da publicação destes dados não é tanto troçar de nós próprios (o que também não deixa de ser um exercício saudável) mas aclamar os eventos que nos incentivam a gozar o melhor de cada cidade. E a boa notícia é mesmo essa. O
Out Jazz é cá. São 5 meses de actividade ininterrupta espalhada por 5 jardins diferentes onde o Jazz (e não só) serve(m) de óptima desculpa para nos deitarmos numa toalha, na relva ou num daqueles
puffs a ouvir quem por lá passa. Um convite em aberto para desfrutar dum final de tarde melodioso num cenário em tons esverdeados. De Maio a Setembro o
Out Jazz desfila por cinco jardins da cidade, onde, a cada Domingo, aparece uma banda e um
d.j. diferentes. Este
post teria tido bem mais sentido no último fim-de-semana de Abril que no último de Agosto mas,
mea culpas à parte, só conheci o festival este ano (já a meio da sua 4a edição). Mas resta ainda um mês de Jazz. A quadra da Torre de Belém fechou hoje, a da Tapada das Necessidades reabre no próximo Domingo e, como assegurar-vos-á qualquer pessoa que já tenha por lá passado...vale a pena...mesmo. Ao ponto de vos prometer que – inspirado pela letra da Cesária Évora que o
d.j. de serviço do outro Domingo passou em versão remisturada – se forem até à Tapada das Necessidades num qualquer destes próximos Domingos, de Setembro deste ano até Maio do próximo, não é apenas do bom tempo que vão ter “
saudade”. A sério que não