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Estas fotografias não nasceram como as outras que aqui aparecem. Não me cruzei com a Teresa, ela escreveu-me. Não lhe pedi que tirasse uma foto, ela sugeriu-me que o fizesse. A Teresa escreveu-me um dia. Falou-me numa fotografia e num disco. Num disco, num tal
Reflexo que seria o seu primeiro e numa foto, uma tal que lhe faltava, fora de estúdio ou cenário pensado, sem grandes orientações ou maquilhagem. E eu respondi-lhe “
não sou fotógrafo, limito-me a tirar uma fotos” e ela devolveu-me “
não me interessa o que és, deixas de ser e muito menos como te vês, gosto das tua fotos e gostava que me tirasses uma”. E eu, perante gente assim, não me perco em argumentos. Combinámos um sítio e uma hora. Não deve ter corrido mal, encontrei uns vestígios dessa tarde ao folhear o pequeno livro que acompanha o álbum. Acabei por ficar amigo da Teresa e foi o lançamento de uma amiga (da Teresa) e não duma
artista (da Teresa Lopes Alves) que me levou ontem ao Vilaret. E há pouco tempo uma jornalista perguntava-me aquilo que de mais importante o blog me tinha trazido. E eu podia-lhe ter respondido “
A Teresa”. E se um nome não lhe bastasse ter-lhe -ia atirado mais dois ou três que me sairiam facilmente do bolso para lhe explicar que por mais gente que venha a este blog e mais projectos que surjam através dele é por causa da Teresa e de tantos outros que este blog é tão importante para mim. Porque o que eu capto neste blog são momentos. Momentos que merecem ser guardados. E se todos eles têm lugar no blog, há uns que ficam comigo também. A Teresa é um deles. A Teresa,
a sua voz e agora...o seu Reflexo também