"nunca vi tantos paneleiros na minha vida". Foi assim que começou a minha passagem pela parada gay. Foi no táxi que apanhei no aeroporto que soube do evento. Pelo motorista, um madrileno de 25 anos que antes de andar nas rondas trabalhou 5 anos nas obras. Com base no meu senso-comum repleto de presunções sociológicas diria que dificilmente um português com a mesma trajectória falaria daquele evento num jeito tão natural. Sem um único travo de crítica ou escárnio. Falámos da parada da mesma forma que percorremos os caminhos das nossas selecções na África do Sul ou que trocámos números sobre a taxa de desemprego de cada um dos nossos países. Fui a Madrid visitar um amigo e curiosamente foi ele (que não é propriamente o mais gay friendly dos meus amigos) quem sugeriu que passássemos pela parada. E foi já no meio da festa que repeti com surpresa sincera "foda-se, nunca vi tantos paneleiros na minha vida". "paneleiro" é um termo feio. Primeiro na sua fónica e depois no seu sentido. Tanto assim é que o emprego mais vezes para falar de tipos que não me merecem o respeito que propriamente de tipos que se deitam com outros tipos. Mas não é sobre palavras ou glossários pessoais que me apetece falar. Até porque não planeio fazer nenhum mea culpa por não empregar os vocábulos mais precisos ou diplomaticamente correctos. É sobre a diferença, e sobre a forma como a olhamos. Parece reinar uma obsessão de identificar tudo o que se destaca daquilo que temos por regra. E de aplicar uma censura social em torno dela. Mais que uma lei ou uma proibição, a censura sobre o que quer que não ande alinhado com uma dada consciência colectiva pode ser a forma mais cruel de julgar alguém. Enquanto corríamos os inúmeros autocarros que compunham a parada ia reparando na quantidade de homens musculados, de traços viris e aparência masculina que iam revolucionando q.b. a minha visão pré-definida, limitada e um tanto ou quanto arcaica daquela que é ou deixa de ser a imagem de um gay. Não vos vou dizer que me é completamente indiferente ter ao lado um bodybuilder a olhar-me de alto abaixo como se eu fosse o seu brinquedo sexual predilecto para aquela noite mas a verdade é que não estou em condições de vos garantir que, nunca na vida, lancei olhar idêntico a uma miúda bem feita e, entre uma atitude e outra, não vejo porque raio a do matulão madrileno haverá de ser mais censurável que a minha.
Não nasci ensinado a lidar com a diferença. Devia ter uns 12 ou 13 anos quando numa manhã ia a passar junto à secretaria da minha escola. Na fila estava o único rapaz do liceu que nunca se deu ao trabalho de negar que simpatizava com moços bonitos. Lembro-me tão bem… Passei e comentei alto "as bichas na bicha". E fi-lo com a sensação que estava a proclamar o trocadilho mais sofisticado à face da terra. Acendeu-se um rastilho de esgares e risadas em torno do miúdo que já parecia lidar com colegas estúpidos como eu como se de uma inevitabilidade nos tratássemos. Não foi há muito tempo que me cruzei com ele de novo. Faltou-me coragem para o abordar e pedir desculpa por qualquer mau bocado que a minha brejeirice lhe tivesse infligido um dia mas, em verdade vos digo, sinto-me em falta com ele. A censura social consegue ser, muitas vezes, mais castradora que qualquer lei. Tenho a certeza que o número de aceleras que se gaba de fazer parte do percurso entre Lisboa e Porto ao dobro do permitido por lei vai diminuir brutalmente, não no dia em que as penas se agravaram, mas na hora em que sentirem que o indicador do seu velocímetro não merece mais a aprovação daqueles que os rodeiam. E parte do problema da intolerância sexual reside precisamente no facto de, em muitos meios tidos como sofisticados, se cultivar uma certa homofobia. Reside no aparente orgulho que parece existir entre aqueles que rejeitam qualquer diferença relativa à sua própria condição. Chego a ficar com a sensação que a homofobia é para muitos homens, uma forma de afirmação da sua própria virilidade, como se a rejeição de uma orientação sexual diferente da sua lhes assegurasse, simultaneamente, níveis olímpicos de testosterona e o reconhecimento da sua masculinidade pelos seus pares.
Para uma criança o sentimento de marginalidade é provavelmente o cenário mais aterrador que se lhe poderá desenhar. Num ambiente homofóbico, qualquer adolescente que sinta atracção física por alguém com quem partilhe o balneário arriscar-se-á a sentir isolado num mundo que não lhe parecerá ter sido desenhado à sua medida. Arriscar-se-á a sentir que, ele mesmo, não tem lugar na concepção de condição humana que lhe transmitiram e que ele próprio assimilou. É assim que imagino uma miúda que se dê conta que o seu ser a impele para uma referência corporal feminina ao invés das idealizações masculinas que o mundo em que ela se inscreve lhe impinge. E este direito, o de projectarmos os ímpetos sexuais que nos impelem sobre o género que bem entendermos deveria ser um direito inalienável, tal qual… (repito, tal qual) o direito à declaração pública dos nossos afectos. E sinceramente, dispenso grandes erudições ou reflexões académicas sobre a matéria. A resposta está no mundo físico, tangível e acessível a todos. Porque a minha orientação sexual se exprime através de uma coisa muito simples – a minha pila. Porque nem o mais bem-falante behaviorista me conseguiria convencer de que a minha sexualidade não acabaria sempre por ser comandada por ela. Porque ela nunca me deu a escolher sobre os critérios que determinam a sua erecção. Porque ela não me perguntou nunca se eu queria ou não sentir tesão por mulheres. Não escolhi gostar de peles sedosas, braços delicados ou contornos femininos. Não escolhi, na minha infância, ter amores platónicos pelas minhas primas mais velhas, sentir-me atraído por amigas mais novas lá de casa ou, já na adolescência, ter tido sonhos molhados com a filha de uns amigos de uns amigos com quem me cruzei numa festa. Não escolhi ser muito ou pouco normal aos olhos dos outros. Não escolhi gostar de mulheres. Como também não vou poder escolher pelo meu filho. Não vos vou mentir. O ideal tipo para a minha descendência não passa por ter um filho gay. Agrada-me pensar que o meu filho saia com metade das miúdas de Lisboa e tenha a outra metade a suspirar por ele. Que seja respeitado entre o seu grupo de pares, que prefira apanhar umas chapadas a virar as costas a um puto que o insulte; que seja inteligente, bonito, dotado de sentido de humor e, já agora, que não seja o puto que, invariavelmente, passa o jogo inteiro à baliza. Eu tenho direito a traçar os ideais tipo que bem entender para o meu filho. O que não me permito é amá-lo menos se ele não for nada do que eu tiver idealizado. Se for o miúdo a quem roubam recorrentemente o lanche no recreio, a quem ordenam que passe o jogo inteiro na baliza ou aquele que venha um dia a gostar de rapazes.
A parada é um fenómeno impressionante. E estava realmente impressionado com a quantidade de (supostos) “paneleiros” que estava a ver naquele dia. Vi dezenas de autocarros numa avenida que desistimos de percorrer ainda a meio. Pedi autorização para subir àquele cujo visual me agradou mais e tirei meia dúzia de fotos indiscriminadamente. E foi neste autocarro que nasceu este post. E ainda bem que o escrevi. Porque se o fiz foi porque aquilo que me faz sentido neste blog é escrever sobre o que cada um dos meus retratos me diz, sobre o que cada um destes retratos me lembra e sobre cada um dos sítios para onde estes retratos me transportam. Porque, na verdade, o orgulho que dá o nome a este post não é necessariamente o orgulho gay. É também o orgulho que tenho em ter escrito este post. Porque se deixar os meus amigos homofóbicos a fazer contas de cabeça é sinal que já valeu bem a pena tê-lo escrito. Porque se não tivesse tido coragem para o ter escrito aí sim… Independentemente dos meus apetites e voracidades sexuais… Se qualquer receio me tivesse impedido de escrever este post… Aí sim, aí seria um grandessíssimo paneleiro
104 comentários:
Mas tu existes? De verdade?
Dos melhores textos que já escreveste. Razão para dizer: Granda Zé!
Um abraço
Foi preciso coragem para escreveres este post. Não por causa dos teus amigos (que mais ou menos gay friendly te respeitam e se respeitam), mas por causa do estereótipo a que te estás a expor nesta nossa pequenina sociedade (ainda) tão retrógrada.
Até estou a ver os comentários e conversas de café "eu sempre tinha razão, aquele alfaiate nunca me enganou! Um homem, ainda para mais jovem, a escrever sobre roupa!"
Mas a verdade é que, mais uma vez, quebraste barreiras. E se normalmente o fazes de forma figurativa, através de posturas e imagens que vão contra o main stream, hoje fizeste-o mexendo com mentalidades.
Mas houve uma barreira que não mexeste; a verdadeira liberdade, não de se dizer que se gosta de homens ou de mulheres, mas a liberdade de se gostar de ambos e se ser inteiramente feliz, sem dicotomias e sem necessidade de nos definirmos como hetero ou homo ou lésbicas.
Apenas pessoas que gostam de pessoas...
E quanto ao teu amigo "madrileno", dá-lhe um pouco mais de crédito! Pode não ser a pessoa mais gay friendly, mas não será de todo o pior que já vi e olha que está no bom caminho para uma melhor aceitação da diferença! Afinal sempre te conseguiu arrastar até lá!
obrigado Alfaiate por esta defesa da igualdade na diferença. Esperemos que um dia, em breve, todos os heteros e gays pensem como tu ;) seria a morte do "paneleiro" e todos teriamos a ganhar com isso ;)
Alienado deste mundo estará, quem não tenha sensibilidade para reflectir sobre este tema, depois de ter lido o teu post. todos nós temos amigos homofóbicos, que escondem, na minha opinião, um medo enorme de ver posta em causa a sua masculinidade, ao demonstrarem qualquer tipo de atitude que os aproxime de um mundo do qual foram ensinados a rejeitar e, no fundo a temer. Mas isso é um problema que , cada vez mais, se irá esbatendo ao longo dos anos, culpa de alguns pais e avós, que não tiveram a abertura de espírito que demonstras ter neste post.Penso que os nossos filhos já farão parte de uma geração diferente, mais aberta, menos ostracizante para os que seguem um caminho diferente da maioria.Que já haverão filhos adoptados de casais gay. Que tudo seja aceite com outra naturalidade.O que me choca nas paradas gay, é o mesmo que me choca se vir um casal hetero em cenas demasiado íntimas num sítio publico.Choca-me o exibicionismo forçado,o circo, que não ajuda nada, a que alguns deles sejam ainda marginalizados. O simples facto de eles próprios não se saberem comportar de forma civilizada.Vale a pena pensar também, que são muito mais aceites hoje em dia os casais homosexuais masculinos que os femininos.Tenho vários amigos gays, que há anos não se tinham assumido, mas amigas , nem uma. Ou aliás, se calhar tenho, penso é que ainda se sente mais essa pressão sobre as mulheres, que optam passar a vida ao lado de outra, em vez de quererem seguir o caminho convencional...
Parabens pelo post
Lindo texto, bom de idéias e conteúdo e também bom de forma.
Fantástico, um dos melhores textos do blog, e as fotos..maravilhosas! O direito a todos de serem felizes, a sentirem emoções, alegrias tristezas, liberdade e segurança de se poder viver a vida que se escolhe.
A forma como escreves cativa-me de tal forma que me vejo sempre acompanhada por um monstro verde..que raiva! Porque não me consigo expressar assim?
Agora que já dei aso à neurose, prefiro referir este post em específico.
Não acredito que seja a tua pila a decidir por ti porque creio que o social que nos envolve define e pode "manipular" o biológico que somos. Da mesma forma que acredito que nos sentimos atraídos por indivíduos sexual ou intelectualmente e não por géneros.
Moral da estória, já era hora de todos deixar-mos foder quem quer, com quem quer e mais importante (para mim, nesta altura da minha vida), amar quem ama.
Obrigado pelo post porque me fez pensar, eu gosto de pensar.
acho que estah um texto muito interessante, ze. mtas vezes soh com um dialogo com nos proprios, como este que tens no teu blog, conseguimos solidificar as nossas conviccoes, e tu estas do lado certo da barricada, nesta questao da tolerancia... jah me apercebi algumas xs da minha homofobia, ao conversar com alguem gay (nao o sabendo), e fazer comentarios completamente inoportunos. felizmente, a simpatia das pessoas em causa levou-as a nao me fazerem nenhum reparo. lisboa infelizmente eh uma cidade ainda pouco tolerante, e, por exemplo ao contrario de londres, um casal gay nao pode simplesmente andar de mao dada na rua, sem se sujeitar a "piadinhas" semelhantes às que mandavas ha uns 20 anos atras em crianca... quem sabe com contributos como este que deste e bons exemplos de tolerancia como participar nestes eventos, caminharemos para uma capital mais tolerante (qt às restantes cidades, vai certamente demorar mais tempo....:) abraco andre b
Lindo texto, emocionante para pais e filhos, irmãos e irmãs e todos que têm seres amados, sem distinção, apenas amados. Parabéns brasileiros, aqui do Rio de Janeiro. Um abraço,
Lindo texto, emocionante para pais e filhos, irmãos e irmãs e todos que têm seres amados, sem distinção, apenas amados. Parabéns brasileiros, aqui do Rio de Janeiro. Um abraço,
Ser diferente é ser especial..i
labellepoqueofattitude.blogspot.com
A discriminação nas crianças, não nasce apenas por serem homossexuais, ou mostrarem tendências para tal. Nascem de 1001 coisas imagináveis e inimagináveis... e quando não encontram nenhum defeito na outra criança, fazem-lhe na mesma a vida negra, por pura inveja da perfeição.
Relativamente a isto, é preciso que se eduque as crianças em casa, a respeitarem as diferenças. A aceitarem que não são as maiores, nem detentoras de 100% da atenção e razão.
Quando isto acontecer em todas as casas, não só a homossexualidade, mas muitos outros problemas de exclusão, estarão resolvidos na nossa sociedade.
Adorei o texto :)
http://design351.wordpress.com
Parabéns pelo texto.
Não lhe vou dar um conselho, apenas direi o que eu faria da próxima vez que visse o tal "colega" que estava na fila aos 12/13 anos... eu pedir-lhe-ia realmente desculpa...não hesitaria dessa vez...
De qq modo no texto já está implicito um pedido sincero de desculpas...
É só o que penso, nada mais.
JCSN
Grande post, Alfaiate. Mesmo. Parabéns. E obrigada por partilhares tudo isto connosco.
Beijo*
Gostei de ler o seu texto tão extenso e explicativo sobre um tema que sinceramente não me tem inquietado muito porque sou por natureza tolerante e por educação respeitosa.Tenho assistido com agrado à evolução das mentalidades e à aceitação das diferenças embora não seja partidária deste tipo de manifestações, elas sim discriminatórias e carnavalescas. N
Brilhante texto, Alfaiate.
Um beijinho.
Se bem entendi, na escola eras um bully.
Não li o último parágrafo. Chegou-me o que li, quando disseste que encontraste a tua vítima e não tiveste coragem para lhe pedir desculpas.
Não entendo como isto pode ser um grande post, enfim. Nunca entendi o que uma confissão, a quem não de direito, pode desculpar seja o que for ou tornar um homem maior. Grande post será aquele em que dizes que tiveste coragem/humildade de pedir desculpa pelo alarves que foste, Isso sim, (talvez) será um grande post.
Mas, nao te preocupes muito com isso. Todos os bulllies, a uma certa altura da vida, têm estes rasgos de peso na consciência. E os mais certo será a vítima não estar "nem aí", pois, ao contrário do que muitos pensam, quem precisa de mais ajuda não é a vítima de bulling, mas o bully.
muito bem escrito sem rodeios nem expressões "politicamente" correctos! Quando estive em madrid o sitio com que mais me identifiquei foi a chueca... voltava lá todos os dias para fotografar. não haja dúvida, onde há "paneleiros" há alegria, cor, diversão, simpatia!!
ESTE TEXTO É ELE PRÓPRIO O PRECONCEITO, embebido em lugares-comuns, vazio de conteúdo, com floreados de literatura POP que criam a ilusão de estarmos perante alguma coisa de especial que, de facto, não é.
DESCULPA, mas tinha de dizer isto.
Podia pôr-me aqui a tecer um rol de elogios a este texto fabuloso e à tua maneira corajosa de expôr este tema ainda tão delicado na nossa sociedade,e seriam todos merecidos mas iria repetir o que muitas pessoas já disseram aqui. Por isso simplesmente quero dizer-te que mereces uma vénia, as vénias não se fazem só a gente considerada importante e com títulos, mas a pessoas como tu, com "tomates" suficientes para mostrar como o preconceito em relação à homossexualidade é coisa do passado, ali´s, é coisa que nunca deveria ter existido. Uma vénia para ti Zé, para ti e para o trabalho magnífico que vais fazendo neste blogue que sigo com tanto carinho e apreço. Continua assim, um homem de coragem e bom gosto :)
Podia pôr-me aqui a tecer um rol de elogios a este texto fabuloso e à tua maneira corajosa de expôr este tema ainda tão delicado na nossa sociedade,e seriam todos merecidos mas iria repetir o que muitas pessoas já disseram aqui. Por isso simplesmente quero dizer-te que mereces uma vénia, as vénias não se fazem só a gente considerada importante e com títulos, mas a pessoas como tu, com "tomates" suficientes para mostrar como o preconceito em relação à homossexualidade é coisa do passado, ali´s, é coisa que nunca deveria ter existido. Uma vénia para ti Zé, para ti e para o trabalho magnífico que vais fazendo neste blogue que sigo com tanto carinho e apreço. Continua assim, um homem de coragem e bom gosto :)
Brilhantes, o texto e as fotografias.
Grande abraço.
Há uns anos atrás na Suíça li um artigo no 1º numero da revista Psycologie, em que descrevia as relações (entenda-se de sexuais ou amorosas) entre pessoas do mesmo sexo não como uma disfunção genético/biológico/social (ou como melhor queiram definir) mas sim como a simples necessidade de efectivar os sentimentos com quem mais nos identificamos nos mais diversos comportamentos e em determinando momento.
Ou seja, estar com quem amamos e com quem nos ama.
O artigo dava exemplos de casais que já tinham sido heterosexuais e que deixaram de o ser, bem como de homosexuais, que também por uma ou outra razão passaram a ter relações heterosexuais. Quer numa quer noutra situação, os seus intervenientes estavam convictos da opção que tomavam pois esta tinha a ver com um valor maior, o amor e a estabilidade emocional pretendida.
Acredito plenamente neste estudo, digno de um país “evoluído”, que debate a opção sexual do indivíduo como uma sua condição natural em si e não, por um lado defeito, por outro “moda”.
Sempre me senti heterosexual e nessa condição, pus em prática essa opção com prazer, deleite, frontalidade, e sucesso no sexo oposto, com a estabilidade suficiente para perspectivar um futuro de comunhão e de família. Hoje vivo uma relação contrária ao que sempre pensei ser. Sou uma pessoa perfeitamente normal, com sucesso profissional e familiar e mesmo social, no entanto a pessoa que amo hoje é do mesmo sexo que o meu. Somos os melhores amigos e os melhores companheiros que alguma vez tínhamos tido. Tanto podíamos ser o melhor irmão um do outro, como podíamos ser um par. Não me considero gay; detesto o circo em qualquer orientação sexual ou situação social do indivíduo. Não gosto nem vivo de guetos sociais. Tento levar a vida como sempre a levei, vivendo cada dia. Vivo de certo com alguma ansiedade. Mas como negar o amor a quem amamos? Hoje sou assim, amanhã posso não o ser. O que tem os outros a ver?! Talvez a querer ver nos outros a sua própria vida, muitas vezes sem sentido e cheia de hipocrisia.
“Alfaiate”, já te vi a fotografar por Lisboa, quando lá passo, conheço alguma parte deste nosso mundo e sempre que olho para o meu país Portugal, sinto-o cada vez mais longe de tudo. Parece-me que as pessoas não vivem a sua vida, mas sim a do seu vizinho.
Como comentário ao teu tópico, o ORGULHO que tenho é ser o indivíduo que sou. Sei de mais de uma dúzia de heteros que são bem mais paneleiros que eu. Até porque, o meu “metier” não é panelas.
Ora, faz parecer fácil escrever assim. Rendo-me a mais um grande texto – entra no top five, sem conseguir, no entanto, retirar o destaque que continuo a atribuir ao meu “post favorito”…
Gosto especialmente de três coisas:
(i) “Mais que uma lei ou uma proibição, a censura sobre o que quer que não ande alinhado com uma dada consciência colectiva pode ser a forma mais cruel de julgar alguém.”, porque é tão verdade, e ainda por cima é (parece ser) simples;
(ii) a analogia que faz com o velocímetro dos aceleras - esperando, talvez (assim o leio), que célere seja também o embate nas nossas consciências para lidar com estas questões da diferença; e
(iii) “O que não me permito é amá-lo menos se ele não for nada do que eu tiver idealizado” – este momento do post fala por si, mas permito-me destacá-lo porque acho que é imagem de generosidade, maturidade, incondicionalidade e reflexo uma grande capacidade de antever e viver a sociedade que nos rodeia, em particular a relação (ainda eventual) entre um pai (que gere - ou não - uma expectativa) e um filho (que apenas quer ser).
Sim, ainda bem que o escreveu.
Um abraço
Não tenho tido a melhor vida em termos académicos e por isso tenho abandonado um pouco os comentários e me limitado a ver as imagens. Talvez eu seja um pouco como tu e no meu cérebro a educação/convenção versus o certo/errado lutam sem aparente vencedor. Mas a realidade está muito bem traduzida no que disseste. Tal como tu, eu também tenho expectativas para o João Junior e sei que podem não se cumprir...mas nunca duvidarei da inalteração do meu amor perante uma eventual revelação de diferente orientação sexual. e vá, é como dizer "oh meu deus" e ser ateu ou discrente. dizer "epá tantos paneleiros" é um resultado de adaptação social
Parabéns pelo post zé. o problema está mais no hipotálamo que na tua pila, mas não te preocupes, isso é mesmo assim!
Abraço e bons posts
Chama-se a isso evolução. parabéns.
"E este direito, o de projectarmos os ímpetos sexuais que nos impelem sobre o género que bem entendermos deveria ser um direito inalienável, tal qual o direito à declaração pública dos nossos afectos." Com esta frase que escreveste puseste-me a pensar nos beijos que gostei de dar ás minhas namoradas, dei-lhes nos museus e na rua, entre risos e choros, á frente dos amigos e no meio de multidoes, em discotecas, a frente dos pais, depois de soprar as velas dos anos , no supermercado e no cinema. Pensei como é bom demonstrar sentimentos de amor e como muitas destas pessoas nao o podem demonstrar quando querem. Suponho que é para isto que existe este dia. E a razao pela qual nos nao precisamos do dia do orgulho heterosexual. Porque nos podemos dar beijinhos as pessoas que amamos quando queremos e nos apetece e eles nao.
Parabéns alfaiate o texto é fantastico tenho uma historia para te contar á uns anos atras eu tive um problema que ainda não esta controlado que se chama medo da morte é uma fobia que eu tenho e dai começo derrepente do nada começo a ter ataques de pânico,eu andava na escola e derivado a sair da sala de aulas com ataques de pânico começaram a chamar-me de maluca todas as pessoas se afastaram de mim mas houve um grupo que me ajudou muito dois eram gays um era strepper e a outra era tambem strepper foram eles que me apoiaram e muitas vezes chegaram a levar-me para o hospital foram amigos verdadeiros e ainda são por isso é que eu não ademito a ninguem que fale mal dessas pessoas por isso parabéns pelo texto não interessa o que as pessoas são mas sim o coração que elas têm mais uma vez pelo texto.
Beijinhos grandes
Parabéns Alfaiate pelo excelente texto.
Eu convivo bem com a diferença, sou do género vive e deixa viver. No entanto na minha maneira de ver as coisas há uma grande diferença entre "paneleiros/bichas" e homossexuais: os 1ºs são ridículos, aos 2ºs respeito-os. Os 1ºs gostam muito destas gay parade e do orgulho gay, que é tudo um grande palhaçada. Os 2ºs são pessoas normais que gostam de pessoas do seu próprio sexo. Ora tal coisa não me diz respeito em absoluto... é lá com eles.
Ora bem, destacando este trecho do texto: “Porque a minha orientação sexual se exprime através de uma coisa muito simples – a minha pila. Porque nem o mais bem-falante behaviorista me conseguiria convencer de que a minha sexualidade não acabaria sempre por ser comandada por ela.”
Penso que o facto de alguém se sentir deslocado do rumo educativo que quase todos nós recebemos nos primeiros anos da nossa existência, não é caso para atear estas Paradas de Orgulho nem motivo para descompor os preceitos desses tais homofóbicos. E embora respeite todas as tendências sexuais, confesso que não consigo compreender muito bem o motivo destas Paradas. O que nos querem transmitir? O que nos querem mostrar? Já imaginaram se a nossa Sociedade fosse uma Parada Geral!? Como homem que sou, a minha pila sente-se muito mais atraída pela pele delicada de uma mulher e por tudo o que uma mulher tem de bom…
Quanto aos paneleiros: que sejam felizes!
pela primeira vez, acho, fizeste-me sentir que tinha de deixar um comentário. Fantástico texto, argumentos arrebatadores e um remate que me fez sorrir. Um abraço
Parabens não só pelo artigo mas também pela entrevista ao jornal i.
Parabens não só pelo artigo mas também pela entrevista ao jornal i.
gosto de passar os olhos por aqui,de vez em quando, mas já tinha percebido que quando escreve o faz em sangue, se for preciso.
exorcisa-se em cada parágrafo e isso é bom, muito bom.
gosto!
Margarida
clap, clap, clap!
Bravo!!!
Gostei em especial porque expressa sentimentos, fragilidades e imperfeições de um mundo que corre depressa demais para o que não devia e devagar demais ou até mesmo a recuar no que realmente importa - as pessoas.
Custa-me sempre a crer, na ingenuidade que me caracteriza, que incomode a alguém a fórmula da felicidade por ela escolhida.
Não seriamos tão melhores se nos libertassemos do que nos prende?
Não creio que simplifique o que é complicado. É mesmo assim.
É sobre nós gente, pele, gostar, felicidade.
Gosto muito daquela frase "a nossa liberdade acaba quando começa a do outro".
E tudo seria bom de se ver.
Ora viva!
Não importa se pediu ou não desculpa ao tal "rapaz da bicha" pois o que interessa é reconhecer o erro. Emendá-lo já é tarde mas todos nós devemos "carregar" as nossas vergonhas. Digamos que mais vale ter a consciência pesada do que não ter consciência nenhuma.
Sabe, nunca dei muito por si a escrever, mas gostei do que li. É quanto baste para estar atento.
Um abraço...
shakermaker
Alfaiate, é com orgulho que sou seguidor do teu blog.
Parabéns pelos teus textos e fotografias.
O que eu gostei deste texto!! Muito bom!
Bj
Inês
Acho o texto no minimo estupido...
subscrevo inteiramente (com as devidas mudanças de género).
Sem sombra de dúvida o melhor texto que li neste blog....forma intocável e denso conteúdo...a assunção de sentimentos e pensamentos é o primeiro e grande passo para a mudança dos preconceitos...vou mais longe na interpretação da homofobia: não será uma forma de negar a sua própria orientação?...o alfaiate lisboeta entrou no mundo da haute couture...
:-)
Este texto soube tão bem como me sabe calçar as sapatilhas.
Desculpem mas não consigo ver neste texto o iluminismo que todos louvam…
Não sou de todo homofóbico, mas acho ridículo este paternalismo “gay”, a defesa exagerada pode-se tornar uma homofobia, que a mim irrita me tanto como gente homofóbica. É a tal questão da diferença, que não existe mas todos teimam em falar.
É do estilo eu não sou “gay”, mas respeito a “opção?”…
É ridículo…
Só a palavra gay friendly é de uma estupidez atroz, faz me lembrar a liga portuguesa dos amigos dos animais, querem adoptar um gay? Eles são amorosos…
Fui ensinado a não comentar tudo, não porque incomode, mas sim porque não se fala, é assim e pronto, perder tempo a falar por falar, não beneficie em nada a sociedade. Se achamos que é normal então deixemos de fazer comentários tristes, que ate podem ter uma boa vontade, mas acaba sempre por ter um final menos feliz.
Os “gays” não se vão sentir marginalizados no dia que os homofóbicos e os padrinhos de bichas acabarem, ai ok, são iguais a tantos outros.
O cidadão é composto por imensas características: nome, filiação, gostos culturais, desportos, profissões, interesses, religião etc, a sexualidade é algo que não faz parte dessa característica pública, é algo que define pessoalmente o cidadão, que em nada é relevante para uma sociedade, não tem que ser criticado nem louvado, a cada pessoa diz respeito.
Eu faz me confusão tanto a bicha ressabiada e recalcada, que muita das vezes escreve textos assim ou então tem uma raiva de morte e é homofóbica, como a bicha que tem orgulho gay, como se houvesse orgulho hetero, orgulho casto ou ate orgulho assexuado.
O normal é ser João ou Maria e não, o gay ou a lésbica, que logo o nome começa a dar vómitos, mas nos dias de hoje temos que dar nome a tudo…
Grande texto rapaz. Alguem inteligente e normal.
Foi tal e qual o que pensei quando o li!
Parabens Du
Como "paneleiro" Senti-me com este texto um bichinho dentro de uma caixa pronto a ser esmagado.
Não entendo como este tema vos é tao importante no dia-a-dia ,e Agora todo o hetro que "apoia" as opçoes dos gay´s é um heroí e é visto como boa pessoa .
Falam de mais ..Adoram a vida alheia .Acham que tem de dar opiniao em tudo ,quando na verdade nao têm ...
Não sou nenhum coitado por gostar de homens ,ninguem tem de comentar isto ,ninguem tem de me defender de nada ,porque é como o Du disse e muito bem ..Parece que agora é moda gostar dos "paneleiros " e ter um gay é giro porque somos uns queridos ,e somos optimas companhias para fazer compras ..!
Preocupem- se mais com a vossa vida ,estao a cair no exagero ao falar tanto ...
Sempre ouvi dizer quando não tens nada de bom a dizer entao fica calado !
É como dizer que concordam com o casamento gay ,ninguem tem de concordar ou discordar não vos diz respeito !
Meus senhores peço desclpa se fui mal educado mas estas coisas já me começam a irritar ,tanto falatorio... Não há mais nenhum assunto REALMENTE importante para se falar ? Temos o país afundar ,falem sobre isso e por favor deixem de opinar sobre os homossessuais .
Adorei o texto,está muito bom !
Tu és a prova viva de uma pessoa homofobica !
Como é possivel alguem escrever uma anormalidade destas e achar se um maximo ??
Como é possivel alguem ler isto e achar um bom texto ??
Eu peço desclpa ,mas será que o mundo ficou todo doido e só eu é que escapei á estupides??
Ou Será que alguem leu bem este texto ..Não é possivel !
Estou horrorizada com tanta ignorancia junta !
Anabela se me premite :Adorou O texto em que parte ??E que diz -"O ideal tipo para a minha descendência não passa por ter um filho gay. Agrada-me pensar que o meu filho saia com metade das miúdas de Lisboa e tenha a outra metade a suspirar por ele. Que seja respeitado entre o seu grupo de pares, que prefira apanhar umas chapadas a virar as costas a um puto que o insulte;"
Meu Deus Como é possivel ?
Ha e o termo " paneleiros " Acho que foi o Auge !
Sim senhor Parabens realmete ,um texto brilhante ..!!
Não pude deixar de comentar, porqué há coisas que realmente são mais fortes do que eu e não me deixam "ouvir e calar".
O Zé fez o post com a maior da sinceridade, abrindo a todos a sua alma e exprimindo tudo aquilo que sentia, fosse ou não essa a nossa opinião. Repito, se esta não é a nossa opinião, só temos de a respeitar. Quem não quer ouvir, fecha a janela e não volta, é tão simpes...
Agora aos "paneleiros", fazem estas marchas e não querem ser falados? AHAHAH, deixem-me rir pelo amor de Deus! Se não querem que o facto de serem homosexuais não façam por isso, não dêem tanto nas vistas, nem tenho atitudes que não passam por normais. Se querem ser casais normais, ora força, façam isso! São escusadas estas marchas que só mostram como não são assumidos.
E a prova viva, é que são quase todos anónimos aqui...
Parabéns peo texto, gostei mesmo!
Camila 14
Mas eu tamebm acho que estas marchas sao um horror !
Agora passam-nos atestados de coitadinhos por sermos homossessuais ..por favor ..!!
Infelizmente consideram o texto do Zé bom! Nao posso concordar, nada contra o rapaz em questao, até porque nao conhecia o blogue.
O Du teve muito bem e parabens conseguiste ser o primeiro a criticar e para alem de muito bem escrito, muito lucido e com logica, mostra que nao vais em correntes.
Eu sou gay e nao vou a paradas, trumps e afins. Nao critico mas nao vou! Como refere o Du sou o nuno que estudo direito, tenho 23 anos, moro em lisboa, gosto... e no meio disto sou gay que em nada é relevante para a sociedade.
Zé talvez tenhas algum problema por resolver...
E Cara Camila nem merece resposta, mas eu vou dar, os gays que ves nas paradas nao sao os GAYS, sao umas meninas que gostam de dar nas vistas e infelizmente pessoas como o Zé fazem estes textos e dao importancia, acham a coisa mais normal...
Só o tema do texto diz tudo!
Não li tudo (nem vou ler), mas pronto, é isso (mesmo sem saber o que ficou por ler... é, eu sou um rebelde que arrisca assim no escuro). E por "isso" refiro-me à questão do "orgulho". Eu sou hetero e não me sinto particularmente orgulhoso por isso. Nem tenho necessidade de andar por aí de calças de couro sem fundilhos (portanto, com o cu à mostra) a apregoar o quanto tenho orgulho em ser isto ou aquilo. Já agora, orgulho porquê? Ficar panasca é algum empreendimento pessoal a que todo o homem deve aspirar na sua vida para se sentir orgulhoso? A questão da igualdade no que quer que seja será sempre chover no molhado. Mas aqui fica só uma pequena sugestão aos panisgas (ou a quem quer que seja que sinta orgulho de algo por razão nenhuma): ganhem juízo na mona! (eu ia dizer algo verdadeiramente sensato mas não me apeteceu)
Este Comentario assim foi no minino triste !
É incrivel como abrem a boca pra dizer merda !
Mais valia que tivesse calado !
Muito bom post, alfaiate! Muito bem digo, adorei.
(devias escrever textos de opinião, de vez em quando, para um jornal qualquer... pois para além de escreveres bem, as tuas palavras retraram muito bem os dias de hoje, o exemplo disso mesmo é este post e coragem)
Parabéns pelo excelente trabalho!
Muito bom post, alfaiate! Muito bem digo, adorei.
(devias escrever textos de opinião, de vez em quando, para um jornal qualquer... pois para além de escreveres bem, as tuas palavras retraram muito bem os dias de hoje, o exemplo disso mesmo é este post e coragem)
Parabéns pelo excelente trabalho!
Com tanto orgulho, seria de se esperar que não houvesse tantos anónimos no meio dos paneleiros. Afinal, o orgulho puxa para o reconhecimento e o reconhecimento puxa para um nome reconhecível. É claro que nem todos os anónimos são paneleiros, nem todos os paneleiros são anónimos. Uns são apenas anónimos. Outros são apenas paneleiros. E alguns são apenas uns paneleiros anónimos, ou anónimos paneleiros, se quisermos estar com inversões poéticas pueris (hum... será que repeti demasiado a palavra... "anónimos"?).
O título deste comentário devia ser "A adolescência".
Sem sentimentos de condescendência aqui vai o comentário de... ia dizer de um dos homossexuais, mas realmente porque não poder ser simplesmente de mim?
Hum... confesso que quando comecei a ler o texto e vi a palavra "paneleiro" achei que me ia irritar. A verdade é que não aconteceu. Não acho que o texto seja exageramente mau, talvez forçado, talvez não, mas convenhamos que ao ler estes comentários temos que tenhamos chegado à altura do pago por ser e por não ser.
Há ma coisa que queria deixar claro. A forma como as pessoas (gays e não gays) lidam com a homossexualidade na sociedade não poderá ser a mesma com que lidam com a "heterossexualidade". A ver se me explico melhor...
É óbvio que ninguém tem de fazer marchas gays; é óbvio que não tem de existir um sentimento de orgulho; é óbvio que não têm de existir locais próprios; é óbvio que o post do Zé não tinha que acontecer... Eu próprio já fui contra tudo isto.
No entanto, há uma "coisa nova" na sociedade e as pessoas não estão ensinadas a lidar com isso. Por um lado, ainda bem que há posts como estes, que sendo desnecessários ou não, sendo homofobia no outro extremo ou não, prefiro que seja assim, prefiro que haja algum tipo de a pessoa tentar aceitar (sendo paternalista ou não), em vez de repudiarem e serem agressivas com a "novidade", simplesmente porque o é, e porque é fixe ser contra.
O tempo levará tudo isto à casualdidade e tal como noutras alturas da história, as marés acabarão por serenar. Mais cedo ou mais tarde os ditos "hetero" acabarão por deixar de opinar, e mais cedo ou mais tarde as ditas "bichas" vão deixar de sentir orgulho como resposta exagerada a todo o repudio de terceiros.
Todos podem dizer que são contra, eu repito, também já o fui, mas a verdade é que vejam-se na pele de uma minoria, a braços com um tema com o qual não podem falar com mais niguém. É normal que estes locais se criem. É normal que haja necessidade de um sentimento de pertença. E por pior que seja a imagem que estão a dar, a verdade é que para as pessoas que frequentam aquela marcha, fazem-no porque de uma maneira ou de outra acham que a sua "diferença" é compensada por aquele sentimento de "We here, were queer". Esfregar na cara de toda a gente aquilo por que a sociedade as crítica é mais do que orgulho, um sentimento de pertença, uma tranquilização para as próprias pessoas de que ainda são alguém.
E quanto a todo o aparato à volta é-o por que mais do que tudo é uma festa. As pessoas estão a divertir-se, e se é assim que o fazem, quem somos nós para criticar?
É óbvio que se criam estereótipos com este tipo de coisas. É óbvio que um hetero que só veja isto ache que todos os gays são assim da mesma maneira que um gay que nada mais conhece acha que estes sítios e comportamentos terão que ser assim.
Imaginem um adolescente rebelde. "Ai proibiram-me? Então, agora que eu já tenho algum poder, vou investir no sentido imediatamente oposto."
É exactamente o mesmo. Como vos disse, tanto de um "lado com do outro" mais cedo ou mais tarde as coisas vão acabar por tender para a indiferença. Quando de ambas as partes ela vier, quando o adolescente rebelde chegar à idade adulta, então sim teremos igualdade.
Até lá, não se irritem os impacientes que já la chegaram, e não se enfurecem os apoquentados aos quais ainda "faz confusão".
Cumprimentos
Diogo
O meu post anterior ficou com alguns erros. Peço desculpa aos restantes, dá para perceber bem.
E fico-me por aqui. Isto para um blog sobre roupa tem muito que se lhe diga.
PS: Adoro a miuda da 2a foto.
Diogo
Não acho isto normal, os comentarios sao de uma nojeira sem igual.
De facto este blogue tem um nivel intelectual elevado... LOL, modelos
Zé continua tas lá!
Assino por baixo, sem tirar nem pôr.
Incrível, bonito, honesto e extremamente real.
Porque é que nem toda a gente pensa assim?!
Bem haja Alfaiate! :)
Caro Alfaiate ou Zé,
como costumo tratar-te sempre que cá venho, sei que este comentário será mais um entre tantos, mas devo confessar que da minha temporada por Madrid à dois anos atrás no bairro gay deixou-me muitas e boas memórias.
Aprendi a aceitar os outros como são, a vê-los com outros olhos a não julgar com o que os olhos vêem, mas sim com os gestos que os outros podem ter para comigo.
Aceitar é o primeiro passo.
As tuas emoções e sentimentos expressos em cada palavra deveriam ser mais sonantes.
Muitos parabéns e continua a tua conquista.
Com admiração e carinho
Sairaf
Abraço
adorei o post. respeito muito toda a gente e o que importa é que exista amor e rasgos de originalidade nas pessoas para o mundo avançar. Mas é importante que se use preservativos porque esta coisa dos rabos e isso nao motiva nada a salubridade. Ja as lesbicas é mais higienico porque usam artigos de plastico e sao fofinhas. abraços, John Le Carré
Caro amigo
vim aqui por indicação da minha amiga Sairaf, habitual leitora do meu blog.
Sou homossexual assumido, desde há muito, e tenho o comportamento social mais normal do mundo pois sou uma pessoa normal.
Gostei muito do texto, não porque defenda a homossexualidade ou porque defenda as marchas de orgulho gay; apenas porque deu uma opinião sincera e a sua visão de um mundo que está demasiado "marcado" quer pelos homofóbicos, como se pode ver por alguns comentários, mas também por aqueles homossexuais que julgam que o seu estatuto de gays lhes confere um ar de superioridade e que afinal apenas estão metidos num gueto...
Tenho assistido, mas não participado aos desfiles gays de Lisboa e vejo com agrado que têm evoluído, não só no número de participantes, mas também na diminuição de algum folclore que quase sempre acompanha estes desfiles.
Mas já por duas vezes vi o desfile de Madrid e aí sim, é uma festa, e é uma festa de Madrid, não só dos homossexuais que nele participam; a população vem para a rua e adere completamente, nunca vi uma critica, e é como diz, ali vê-se de tudo, desde os gays efeminados àqueles que nunca ninguém apontaria um dedo.
E à noite, na Chueca, parece o Santo António em Alfama, com famílias a conviver com os gays numa manifestação de alegria, a que eu, como homossexual que sou, não posso deixar de achar que fico orgulhoso.
Obrigado por este texto; talvez tenha aberto os olhos a algumas pessoas, heteros e homossexuais.
Abraço.
GENIAL. adorei.
Tanta conversa sobre o texto... acho que as fotos estao fracas, acredito que seja dificil tirar fotos no meio da confusão, mas estao muito abaixo do nível habitual, a luz está péssima.
TENS PROBLEMAS SEXUAIS, NÃO TENS?????
DIZ LÁ...
ó alfaiate
tanto latim gasto em torno da tua afirmação sexual e macheza só me deixa com a "leve" impressão de que tu nessa área não tens a certeza de nada..como dizia a minha avó em forma de aviso..cão que ladra não morde..e tu deves morder muito pouco as tais carnes sedosas de que falas tanto, já as carnes mais "duras", acredito que fantasies com elas..
mas amigo, é preciso ter tomates para se ser um grandessíssimo paneleiro..ou um grandessíssimo hetero..e tu como eu já disse falas demais para quem morde seja lá o que for..
que grandessíssima resma de lugares comuns e preconceitos..
não te cures não..
Hipócrita!
Caro anónimo do dia 23 de Jul, estou de acordo...até porque já vi este gajo por lisboa que mais parecia ou palhaço ou acrobata...como diz aqui a minha linda e sem espinhas, PANASCA!! Blog de style o tanas...
Muito bom Alfaiate!..sinto que a cada momento da nossa suposta evolução as fronteiras são mais fortes, mais falsas e difíceis de transpor, sejam elas quais forem. É sempre inspirador e ler os teus textos (e alguns comentários aos mesmos), mas devo confessar que este é para mim um dos melhores que já li neste blog, algo se deve ter passado aí dentro, pois está mesmo do coração..um pouco mais que os outros..
Como gay assumido que jamais aceitei ter sido alguma vez discriminado, acho este texto moralista e cheio de esteriotipos e preconceitos armado ao modernaço e ao tolerante.
As pessoas LGBT, ou as pessoas que não aceitam que existam grupos minoritários discriminados, não querem ser toleradas, querem ser respeitadas tendo excatamente os mesmo direitos dos outros, independente daquilo que forem: azuis, brancos, masculinos, homens, mulheres, machões efeminados.A isso se chama riqueza da diversidade.
Não há um tipo de homofobia, mas vários, entre a qual a internalizada é uma das mais lixadas.
Fico contente que se tenha emocionado na Parada, pelo seu texto parece-me no entanto que o essencial passou-lhe totalmente ao lado. Começe a pensar mais na palavra diversidade e menos na palavra tolerância, é que esta rima sempre com coitadinho.
Para além de o aconselhar a ler algumas coisitas acerca de moda, ou quiçá até sociologia da moda, sugiro também que da próxima vez que quiser escrever alguma coisa acerca deste tema, informe-se um pouco mais, leia algumas coisas, documente-se e já agora começe por participar na parada (marcha) da sua cidade.
Cara achei o texto irado, foda-se quem não gosta, vai lá e escreve o que acha mesmo, com todos as virtudes e defeitos que qualqur pessoa normal tem! E tem mais, se o cara que é gay não levanta a bandeira é pq muitos outros já fizeram por você, otário! Então valorize! Se vc não acha correto a marcha e coisas afins pelo menos não atrapalhe!
Afastada há alguns tempos dos blogues comecei a passear pelo Facebook recentemente.
Curiosamente, o Facebook que é considerado um dos "culpados" pelo desaparecimento de "alguns" bloggers, no meu caso, está a dar-se o inverso. Tenho espreitado de novo bloggers e descoberto alguns bem interessantes. Este blogue é um desses casos.
Gostei imenso do texto pois achei-o essencialmente humano. Dei-me ao trabalho de ler os comentários e ainda que perceba porque determinadas pessoas se agarram a um ou outro pormenor para "negativizar" o post, continuo a dizer: gostei imenso.
Tenho alguns amigos homofóbicos e é através deles que me apercebo como é quase inglório mudar tanta intransigência.
Todos nós queremos para os nossos filhos aquilo que é aparentemente "o caminho lógico". Não tenho filhos mas se tivesse e o meu filho me dissesse que queria ir para padre (e não estou aqui a fazer ligações idiotas entre padres e homossexuais) eu confesso que ficaria desolada. A imagem que construí mentalmente do que é criamos um filho implica a imagem de nos vermos uns avós babados um dia mais tarde.
Ah! Achei o conceito do blogue muito interessante.
gostei de ler.te
não entendo o título "orgulho"...but.....
gostei das fotos, interessantes.
não te considerei genial,,,,, acho que fazes um catarse...."Não nasci ensinado a lidar com a diferença"...nota-se , estás talvez a começar a aprender agora , lenta_mente---------
não conheço o Du, mas seu comentário foi lúcido, coerente.....
gosto de corencia....
não gosto de justificações
e detesto anónimos
..mau feitio ;)
(cheguei aqui pelo face)
Não percebo o entusiasmo provocado pelo texto.
Não vou ao ponto de o considerar homofóbico, mas muito tristemente se aproxima disso.
Há anos tenho Amigos que, por decisão própria, se assumiram, na altura, homossexuais. Quando ainda ninguém ousava fazê-lo.
Continuaram a ser meus Amigos e não lhes “colei” nenhuma etiqueta.
Se por um lado, não compreendo a necessidade dessas paradas, por outro, também não compreendo o “ilusionismo” que se faz em redor delas.
Lamento não estar de acordo com nada do que diz à excepção do assumir o erro da sua juventude.
Acima de tudo o respeito pelo ser humano é para mim o mais importante. Não acredito que etiquetar alguém demonstre respeito.
E se não concordamos com as paradas e determinadas demonstrações, falar delas é o mesmo que lhes dar relevo… um sucedâneo.
Mas muita gente gosta do “espectáculo”… e gosta que se lhe dê continuidade.
O que lamento.
Se o Alfaiate fosse realmente tudo isso que para aí escreveram, já tinha apagado os comentários desrespeitosos (não pela opinião expressa, que é livre, mas pelos modos, alguns são mesmo desrespeitosos). mas como a opinião é, ou deveria ser sempre, livre, o Alfaiate escreve o que quer e o que sente (afinal o blog não é dele?) e quem lê comenta o que acha.....só me faz pena certos "explosionismos". parece que toda a gente se ofende com tudo, somos uns susceptíveis! subscrevo o diogo. eu sou de natureza tolerante e de educação respeitosa (como já alguém disse antes, também) porque tive a sorte de nascer num meio aberto, por os meus pais me terem dado uma educação convicta mas me terem também ensinado a pensar pela minha cabeça, e sobretudo por me terem ensinado a ter coragem de ser eu mesma e aceitar as consequências boas e más disso. por isso, acho até mais louvável o esforço de alguém a quem a diferença, seja ela qul for, faz confusão mas quer compreender e aceitar e ser melhor pessoa!
Vejo que em boa hora o Pinguim indicou o teu blog. Acontece varias vezes, e confesso que fique sempre mto curioso com a indicação feita...
Fiquei de facto surpreendido, e apetece-me colar o 1º comentário..."Mas tu existes? De verdade?"....
Abraço-te
Caro Alfaiate, parece que há mentes que até ficaram a pensar que o seu texto é de cariz homofóbico. Anedótico este quórum:) Quanto a mim que sou também anedótico gosto muito. E digo-lhe mais, obrigado!!
Genial!!!
Parabéns!
muito bem esgalhado este post! subscrevo inteiramente.
Gostei muito, senti como se o autor estivesse encontrando a chave para um vida baseada no coração, emergindo em autenticidade. Compartilhou, saiu-lhe da alma!
Um abraço, S. Shan
Espectacular. Os meus sinceros parabéns. Não pela mentalidade que o levou a escreve-lo, mas sim por se destacar da generalidade, merecedora de orgulho, por não impedir essa voz de expressar o que pensa, tal como os que lhe serviram de inspiração, não deixam a sua voz deixar de dizer quem amam, e de que se devem orgulhar por a manter alta e firme sob quaisquer circunstâncias, por vezes tão silenciadoras.
....tantas opiniões diversas....
Incrível! "Bom ou Mau" ?( se é que existe tal coisa como o Bom e o Mau...)mas repito; Bom ou Mau?
Cabe a cada um decidir-descobrir o que sente, no entanto quero-desejo escrever, aqui, que o que Me marcou ao ler estes vários "momentos" foi o facto deste post dar tanto que/de falar... Incrível...!
...incrível...
Porque é que este assunto mexe tanto e com tanta e muita gente?
Porque é que o Senhor Alfaiate se sentiu na vontade/necessidade de opinnar sobre a liberdade das paradas (tipo sambas/carnavais brazileiros, que obviamente dão nas vistas e fazem xum-xum no ouvido e no ar..) e porque é que as pessoas que leram o que leram se sentiram também com vontade-necessidade de (re)opinar sobre este texto-público que, óbviamente e também por isso dá que falar....?
tudo ciclos...
tudo perfeito...
Para quê que tudo isto serve? A cada um, em cada um...(?)
Aquilo que me ocorre é que quem opina, expõem-se e isso dá sempre que falar, só isso...quem se esconde, reserva-se á espera (ou não) de ser encontrado mas fica em stand by, em qualquer lado... São escolhas.
Quem se expõem tem de aguentar a sua escolha e a inevitável crítica.
Ocorre-me ainda uma verdade-direito-Universal pelo qual todos (muitos) DE nós lutámos; Liberdade d'Expressão e eis, AQUI, um exemplo perfeito de que ela (a LIBERDADE) existe.
Se gostei do texto?
Se gostei dos comentários?
O que é que isso interessa?
Alguém me pediu opinião?
Mas inspirou-me o facto de tanta gente palpitar e a borbulhar debruçada sobre este assunto apalavrado.
Cheira-me a vida e Vida é BOM! É movimento, É SER*!
SER o que DESEJAMOS...
Somos o queremos Ser*?
Devemos-Podemos-AGUENTAMOS?
Seria bom recordarmos regularmente que " a nossa liberdade termina quando interfere com a liberdade do outro"...não é fácil, eu própria me esqueço regularmente, mas o exercicio em si do ReLembrar é por si só um....exercício... Maravilhoso*
Deixo as perguntas de retorica a pairar no ar.
As perguntas...
de retorica...
Um bem haja a toda gente e a todas as opiniões*
Obrigada a todos por existirem tal-e-qual como sabem-querem Ser*
MANIFESTOS de Cri'Acção*
www.barbararodhner.com
Free your mind to be free!
Contra o preconceito e o julgamento social incondicional. Respeitemo-nos uns aos outros e as escolhas de cada um.
Grande post, Parabéns!
Não é lá muito motivante ser a nonagésima primeira pessoa a registar o quanto gostei deste texto, mas as palmas valem pelo barulho que fazem juntas.
Talvez também para redenção dos meus pecados - quando não resisti à piada fácil e preconceituosa- aqui fica: gostei da forma e do conteúdo.
Manter-me agarrada a um post é difícil. Especialmente quando irradias mais do que palavras, imagens de beleza tão diferente, tão própria, tão "exquisit".
Quem me dera que mais pessoas pensassem assim.
Amo homens e não posso negar que aprecio com requinte cada traço de masculinidade deles. Sempre fui assim. Dizia-me a minha mãe que era viciada em homens bonitos. Por dentro e por fora, acrescento.
Mas sou bem capaz de analisar os traços femininos de uma mulher. Um amigo em tempos brincava ao dizer-me que se eu não fosse louca por homens, pelo meu discurso poderia parecer lésbica. Aprecio a arte natural que é o corpo humano, os traços da sua anatomia. Quero lá saber o que me chamam, por gostar de homens ou por reconhecer a beleza numa mulher. Mas gosto de beleza. E a beleza às vezes não está só no corpo que se tem mas nas escolhas que se faz. Na coragem que é quebrar um tabu e assumir quem somos na verdade. Isso é beleza: admitirmos quem somos e mandar o resto do mundo "foder-se".
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Primeiro que tudo, boa tarde.
É a primeira vez que comento este blog apesar de fazer visitas frequentes para admirar o que de mais original existe pelas nossas ruas.
Nunca tinha comentado, na realidade, porque nunca nenhum texto me tinha tocado tanto como este. Apesar de pertencer ao estereótipo de 'normal', sou totalmente contra a homofobia.
Como escrevi há uns tempos no meu blog, a homossexualidade, ou bissexualidade, ou whatever, não é algo que nos calha numa calha numa caixa de cereais e que podemos ou não optar por utilizar. Não, nada disso.
Acho que, esses seres homofóbicos, ainda não entenderam que ser homossexual não é uma escolha que está ao nosso alcance fazer. É algo natural...
Um grande texto este que escreveu, Alfaiate. Deixou-me sem palavras.
Um beijinho
Não podia deixar de comentar este post em especial.
É muito raro visitar um blog no qual o "sumo" são as imagens, e não o texto, e ficar maravilhada com...o texto.
Mas o Alfaiate Lisboeta é especial.
Primeiro foi um post em que comentaste sentir algum remorso por não teres dado um abraço de despedida a um amigo recente, certamente te lembras. Agora é esta esntrada. Mais uma vez dei por mim a contrariar um sorriso parvo e uma lagrimazinha a querer sair do olho.
É sobretudo admiração que inspiras pela tua sensibilidade e franqueza.
(E não duvido que vais ser um pai à maneira.)
Um grande abraço!
Que todos/as perdessem um bocado de tempo para pensar um bocado sobre o assunto e chegar às mesmas evidências que tu. TXS
Um amigo deu-me a conhecer este post e blog através do facebook. Não conhecia.
Achei muito bem escrito. O tema foi abordado de uma forma muito inteligente e traduz aquilo que realmente penso (e que acredito ser verdade). Como recém-chegado ao mundo gay, não deixa de ser curioso que pense o mesmo que o um tipo hetero. Fica apenas uma nota: a opção não é uma escolha, nem mesmo da nossa pila, como referes. É, sim, uma preferência condicionada por diversos factores que influenciam a nossa cabeça de formas que penso ainda estarem para além da compreensão humana. Factores biológicos, sociais, culturais e educacionais determinam a orientação sexual.
De qualquer modo, muitos parabéns.
em si o texto está óptimo, mas como disseram anteriormente nada de novo.. encarei-o como um exorcismo pessoal do Alfaiate...
Nunca li um texto tão grande, com tanto interesse.
Olá, parabéns pelo texto e pelas fotos, parabéns por abordares o tema, E ao contrário do que os comentarios dizem, este é uma tema que deve ser falado! Não só para os interessados, precisamente porque "(...) o número de aceleras que se gaba de fazer parte do percurso entre Lisboa e Porto ao dobro do permitido por lei vai diminuir brutalmente, não no dia em que as penas se agravaram, mas na hora em que sentirem que o indicador do seu velocímetro não merece mais a aprovação daqueles que os rodeiam."... essa hora chegará quando não for necessário tratar deste assuntos como tabus, quando o orgulho gay deixar de existir, visto que quem não se afirma é fraco, então em que ficamos?
Se tudo for aceite, mesmo que considerado diferente, porque o é, alguns serão mais felizes.
E até depois ;)
E a razão que deixo este comentário em anónimo é porque "(...) qualquer 'adolescente' que sinta atracção física por alguém com quem partilhe o balneário arriscar-se-á a sentir isolado num mundo que não lhe parecerá ter sido desenhado à sua medida."
É real filhos/primos/conheçidos gays...filhos que são rejeitados e agredidos por ter tomates por dizer aos que amam mais que tudo: 'Sou paneleiro'. É a realidade de muita gente.
O texto está de facto de parabéns. Mas ao meteres a parte da sexualidade em conjunto com outras questões como ser o miúdo a quem roubam o lanche... O pobre rapaz pode ser até o melhor avançado em campo, ter inclusive metade das raparigas atrás dele. Uma coisa não impede a outra. Coitado de ti Zé, nesta matéria ainda tens muito que aprender, mas teres a mente aberta e lutares pela causa, já é muito bom sem dúvida.
Queria ler a maioria dos comentários, mas não dá. eheh
Apenas o que quero dizer é: ainda bem que não és um "grandessíssimo paneleiro".
Adorei a opinião, e na minha vida aprendi que realmente há coisas que não se escolhem. Apenas sabemos o que somos e o que queremos. :D
amén
Falou e disse...texto muito nobre,mas as mentalidades não se mudam com meia duzias de palavras.
Mas tentou...
Obsceno para mim é ver pessoas a passarem fome como veijo algures numa parte do mundo,caramba ninguem escreve sobre essas difrenças!!
Materia digna de leitura e reflexão.
Sinceros Parabéns!
Hello. And Bye.
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