quinta-feira, 15 de julho de 2010

José Luis - Carmina, sapatarias a sério

Jose Luis - Carmina, sapatarias a sério

Em Lisboa temos quase tudo. E mesmo que não tivéssemos confesso que não seria a mim que mais falta iriam fazer grande parte das marcas ultra premium que por cá abriram nos últimos anos. Tendo sempre a ter um fraco por aquilo que de mais artesanal e menos globalizado há no mercado. Não que não seja um simpatizante assumido da globalização (e não me dê algum gozo lembrar àqueles que supostamente a detestam as inúmeras vantagens que esta lhes traz) mas enquanto se mantiveram baixas as probabilidades de reencontrar no corpo dos outros aquilo que tenho calçado ou vestido vou agradecendo ao destino.

Se há áreas nas quais o aprumo tecnológico nos traz felicidades diárias e empurra para a mais perfeita obsoletitude (o substantivo não existe mas estava-me a fazer falta) tudo aquilo que já tinha sido feito anteriormente parece-me que o calçado clássico não é necessariamente uma delas. Na Carmina, para além de um atendimento ultra simpático e profissional há sapatos fantásticos concebidos pelos mais tradicionais dos métodos e pelos melhores artesãos. Com costuras, sem costuras, de atacadores, de pala, uma cor, duas cores, para homem, para mulher. São lindos mas, em verdade vos digo, não serão os mais baratos de que há memória. Mas também não é menos verdade que (boa parte deles) estão em saldos e, com 6 lojas em todo o mundo (três em Madrid, uma em Bilbau, Palma e Paris) os tais encontros imediatos com reproduções fiéis daquilo que trazemos calçado não se adivinharão muito prováveis. Em Lisboa temos quase tudo mas... não nos calhava mal uma Carmina

16 comentários:

Anónimo disse...

FIRST!! Quero uns Carmina ! Alguem sabe o preço? Gini

Dulce disse...

Dava um jeitaço..! Em tempos as fábricas portuguesas de calçado (quase todas elas sediadas em S. João da Madeira) eram flexíveis e aceitavam encomendas à medida de cada Cliente. Claro que nada comparável com a sofisticação e oferta da loja de que nos falas, mas sempre "desenrascava"...

Agora, mercê da falta de visão do empresário português, nem isso aceitam. Vende-se o que há e ponto. E em muitas fábricas nem sequer fabricam números superiores a 43, o que é absolutamente ridículo atentas as novas gerações....

Anónimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Dulce disse...

Elena, Bilbau é em português :) da mesma forma que dizemos Leão em vez de Léon e escrevemos Sevilha e não Sevilla... e por aí fora :)

Anónimo disse...

É uma pena a nossa indústria sapateira estar a definhar. O problema é mais ao nível da comercialização e do marketing, pois a qualidade de confecção continua a ser das melhores do mundo. Ainda no outro dia comprei uns monkstrap da Kurt Geiger que vim a descobrir serem "made in Portugal". Como este exemplo há inúmeros, e os sapatos em causa nem sequer são vendidos em Portugal. Já era tempo de alguém pensar em explorar melhor este nosso produto.
Quanto à Carmina de que fala o post, confesso que nunca tinha ouvido falar mas fico com a sensação de que, no meio de todos os seus atractivos e vantagens, peca por estar agarrada a um look demasiado clássico e tradicional. Se olharmos, com as devidas distâncias, para os "grandes" ingleses e italianos, Trickers, Fratelli Rossetti, Berluti, etc., vemos que souberam sempre evoluir e inovar.

http://yuppieliving.wordpress.com

www.locuraimprevista.blogspot.com disse...

DULCE, E ALFAIATE, NÃO SABIA, PEÇO DESCULPAS PELA MINHA IGNORÂNCIA.

Isabel I disse...

Gostei muito destes Carmina, quer pela qualidade, quer pela estética. É um sapato clássico que terá sempre adeptos. Eu adorei as botinhas encarnadas.

Anónimo disse...

"Obsoletitude" não existe, mas a palavra "obsolescência" sim! Talvez não fosse uma má ideia usar palavras que de facto existem no dicionário...

António Prates disse...

A avaliar pelo apuro da foto e pelos encómios do texto tenho a certeza que estes sapatos são produzidos para fazerem os pés todos felizes, e a sério. Dos protótipos que as prateleiras me dão a conhecer gosto de quase todos, embora preserve esta mania de pintar os sapatos todos de preto depois de lhe ver o feitio. E para dar um pouco de trabalho à lapiseira do senhor, que nos olha com semblante sábio e sério, digo que o meu número é o quarenta e um, para todos os modelos expostos. Destaco ainda o quarto exemplar da prateleira de cima: são perfeitos para as festas cá da terra, que se realizam em meados de Agosto.

Saudações!

Beatriz Mesquita disse...

Vi a sua entrevista no canal Q
parabens!

Anónimo disse...

a globalização é má para a roupa, calçado e a comida

saudacões desde argentina.

julia

Anónimo disse...

Ó meu homónimo anónimo. O Alfaiate não pode usar uam palavra nova? A vontade de dizer mal é mais forte que tudo não é? Venha daí a Carmina!

célia silva disse...

bem, eu sou da opiniao que o sapato classico, de qualidade, corte, forma, montagem, serão sempre a base para os redesigns de todas as tendencias, no entanto, sinceramente, nao concordo em variadissimos aspectos de que o calçado portugues é fraco, alias, bem pelo contrario, tambem temos muita qualidade, muito trabalhinho feito à mão e com paixão por verdadeiros sapateiros...agora, o que nos falta? investimentos!!! isso sim!!!

http://sapatosnoar.blogspot.com/

Anónimo disse...

Não sou anónimo, mas anónima. Não "tome as dores" do Alfaiate, ele é um homem inteligente e sabe "encaixar" as críticas. Já fiz em anteriores comentários críticas muito positivas. Estando a língua portuguesa em causa, e sendo este um blog muito visitado, não me parece mal utilizar-se um bom português.

Anónimo disse...

Há bleaders muito chatos como se fossem eles os donos dos blogs...

JC

Anónimo disse...

John Lobb?