Não adianta estar aqui com tretas. Comecei a reparar a sério na Parq no preciso momento em que a Parq me fez saber que já tinha reparado em mim. É aquele velho processo mental (e tão humano) que nos leva a tratar de volta quem melhor nos trata a nós. À semelhança da sobredosagem de simpatia que passamos a sentir por alguém que nos faz um elogio sincero ou demonstra disponibilidade para nos ajudar, foi também depois de o Francisco me ter sugerido uma entrevista que comecei a ter mais vontade de folhear aquelas páginas. E curiosamente é aí que tudo começa, no toque. O toque é bom, a paginação e o design também. Mas verdade seja dita, de qualquer publicação dedicada à “moda e cultura urbana” – que podia ser só uma forma mais completa de dizer “estilo” (porque em bom rigor o estilo não termina naquilo que vestimos, é uma atitude genérica colada a um pressuposto estético segundo o qual orientamos comportamentos e desejos) – outra coisa não seria de esperar. Mas não é apenas o invólucro que funciona bem. O conteúdo também. O mesmo que rasga moda, arquitectura, design, cinema, música ou (qualquer outra forma de) arte e que retorna invariavelmente, qual circuito de um bumerangue, ao mesmo ponto de onde a moda o havia arremessado inicialmente. E curiosamente, até a publicidade que lá aparece se parece reger por patamares mais elevados de qualidade ou simples bom gosto (estou a exagerar? peguem na revista e logo conversamos). Mas para as idiossincrasias de muita gente esta publicação pode apresentar um problema sério – é gratuita. Brincadeiras à parte sabemos bem que parte significativa da população tem aquele estranho hábito de valorizar produtos e serviços em função daquilo que lhes é cobrado por eles mas, verdade seja dita, não me lembro de alguém ter arriscado um dia comparações entre a qualidade da Colecção Berardo e aquilo que (não) lhe é cobrado à entrada… A Parq é boa. Ponto. E está aí. Na Av. de Roma, na Expo, no Saldanha, em Alcântara ou no Chiado. Em lojas, cafés ou nos mais variados espaços de lazer ou cultura. Bem como no Porto, Coimbra, Aveiro ou Évora. E o Francisco Vaz Fernandes e quem com ele colabora só pode estar de parabéns. E a propósito Francisco…não te cheguei a dizer, mas não fui só eu que fiquei fã, a minha mãe também
sexta-feira, 11 de junho de 2010
O Francisco e a Parq
Não adianta estar aqui com tretas. Comecei a reparar a sério na Parq no preciso momento em que a Parq me fez saber que já tinha reparado em mim. É aquele velho processo mental (e tão humano) que nos leva a tratar de volta quem melhor nos trata a nós. À semelhança da sobredosagem de simpatia que passamos a sentir por alguém que nos faz um elogio sincero ou demonstra disponibilidade para nos ajudar, foi também depois de o Francisco me ter sugerido uma entrevista que comecei a ter mais vontade de folhear aquelas páginas. E curiosamente é aí que tudo começa, no toque. O toque é bom, a paginação e o design também. Mas verdade seja dita, de qualquer publicação dedicada à “moda e cultura urbana” – que podia ser só uma forma mais completa de dizer “estilo” (porque em bom rigor o estilo não termina naquilo que vestimos, é uma atitude genérica colada a um pressuposto estético segundo o qual orientamos comportamentos e desejos) – outra coisa não seria de esperar. Mas não é apenas o invólucro que funciona bem. O conteúdo também. O mesmo que rasga moda, arquitectura, design, cinema, música ou (qualquer outra forma de) arte e que retorna invariavelmente, qual circuito de um bumerangue, ao mesmo ponto de onde a moda o havia arremessado inicialmente. E curiosamente, até a publicidade que lá aparece se parece reger por patamares mais elevados de qualidade ou simples bom gosto (estou a exagerar? peguem na revista e logo conversamos). Mas para as idiossincrasias de muita gente esta publicação pode apresentar um problema sério – é gratuita. Brincadeiras à parte sabemos bem que parte significativa da população tem aquele estranho hábito de valorizar produtos e serviços em função daquilo que lhes é cobrado por eles mas, verdade seja dita, não me lembro de alguém ter arriscado um dia comparações entre a qualidade da Colecção Berardo e aquilo que (não) lhe é cobrado à entrada… A Parq é boa. Ponto. E está aí. Na Av. de Roma, na Expo, no Saldanha, em Alcântara ou no Chiado. Em lojas, cafés ou nos mais variados espaços de lazer ou cultura. Bem como no Porto, Coimbra, Aveiro ou Évora. E o Francisco Vaz Fernandes e quem com ele colabora só pode estar de parabéns. E a propósito Francisco…não te cheguei a dizer, mas não fui só eu que fiquei fã, a minha mãe também
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13 comentários:
sim, costumo dar sempre uma vista de olhos em alguns espaços que frequento. Não parece portuguesa, é muito original, mas isso só indica o meu precoceito. Afinal de contas há publicações nacionais muito boas.
Estou a ver pela foto que andaste aqui pelas vizinhanças =)
"o estilo não termina naquilo que vestimos, é uma atitude genérica colada a um pressuposto estético segundo o qual orientamos comportamentos e desejos" - so very true! Gonga
nunca me deparei com ela no Chiado, mas talvez apenas porque tenha sempre chegado demasiado tarde e já não houvesse nenhuma para levar! ;-) mas ficarei mais atenta, obrigada pela refrência!
pois é, infelizmente ha pouca gente que faz o que faz por gosto e nao por dinheiro!!! mas ainda bem que os há, as csas feitas com gosto, saem sempre melhor =)
http://sapatosnoar.blogspot.com/
Na minha opinião, é das melhores revistas em Portugal, e ainda por cima gratuita...
Continuação de bom trabalho para a Parq e para o Alfaite Lisboeta! :)
Andreia
É verdade a Parq é sem duvida uma revista diferente, não só pelo design e pela qualidade, mas principalmente porque é uma pessoa feita por gente nova...
Quem colabora com a revista, como é o meu caso, sabe que o motor de tudo é o Francisco, dando sempre oportunidade às "caloiros" de mostrarem aquilo que valem e isso faz toda a diferença!
Muito obrigada por tudo.
Em Lisboa, sempre que vejo uma Parq trago-a comigo para casa, para folhear e ler os artigos com calma... Vê-se que é feita por uma equipa que trabalha por paixão, que é a melhor forma para se trabalhar! Parabéns pela entrevista :) bjs
Esta coisa de vivermos na província, além de nos ceder o ar um pouco mais puro e de conceder um sossego muito mais vasto, acaba por nos deixar um pouco a leste das coisas modernas que os homens vão inventando, e atravancava-nos um pouco o acesso à cultura inteligente que se vai fazendo aí pela cidade... Quiçá um dia tenhamos o prazer de desfolhar a Parq à sombra de um qualquer refúgio do Verão, ou no agasalho de um qualquer abrigo do Inverno.
Haja saúde e Cultura!
Continua com o bom trabalho Francisco!
Gosto e colecciono.
Parabéns pela audácia e por nos "educar" para o que de melhor é feito por aqui e por ali.
É bom poder ver e aprender.
Descobri o teu blog à umas semanas(três talvez), desde essa altura que passei a seguir todas as novidades. De facto adoro fotografia, mas confesso que tenho muito para aprender tecnicamente... adoro as tuas fotografias, a sensação que dá, é que estamos no local, a vive-las ... bonitas cores, contrastes.
gostava de conseguir isso nas minhas...
Se quizeres podes visitar o meu e sempre me dar uma opinião sobre os resultados que tenho obtido!
meu blog :
www.retratos-imagens.blogspot.com
bj
Sofia Francisco
é boa é. e o francisco tem uma visão e inteligência de se lhe tirar o chapéu.
beijinhos
Obrigado pelas palavras Francisco. Como colaborador da parq revejo-me nos elogios para a equipa e agradeço.
Abraço
Pedro Lima
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